"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 24, 2014

NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAÍS HOUVE TANTA GENTE ABJETA E ASQUEROSA NO "PUDÊ" : Governo viu 'ingratidão' nas manifestações de junho, diz ministro de EMBUSTEIRA 1,99


O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse que integrantes do governo ficaram "perplexos" com a eclosão dos protestos de junho e sentiram "ingratidão" da população naquele momento.

A declaração foi dada nesta sexta-feira (24) em um evento do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, em que Carvalho discursou para movimentos sociais. Ele fez um balanço dos dez anos de governo petista e disse que "a direita fez festa" com os protestos do meio do ano passado.
"Quando acontecem as manifestações de junho, da nossa parte houve um susto. Ficamos perplexos. Quando falo nós, é o governo e também todos os nossos movimentos tradicionais. [Houve] uma certa dor, uma incompreensão, e quase um sentimento de ingratidão. [Foi como] dizer: fizemos tanta por essa gente e agora eles se levantam contra nós."

Neste momento, uma pessoa da plateia gritou: "Ah, sai daí".

Adiante, o ministro falou que há uma nova "cultura" na internet de rapidez que influenciou o fenômeno.

"O moleque que rapidamente no computador faz acontecer um monte de realidades virtuais tende a imaginar que também a realidade tem que ser mudada com muito mais velocidade."

Ontem, um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Porto Alegre teve atos de vandalismo no centro da cidade.

No início do discurso, o ministro fez ainda referência ao processo do mensalão.

"Trataram de criminalizar toda a nossa conduta, nos transformando quase em inventores da corrupção, enquanto nós sabemos que o problema nosso foi reeditar, infelizmente, em parte aquilo que eram os usos e costumes da política. Falo sobretudo do financiamento privado das campanhas eleitorais."
 'ROLEZINHO'
A jornalistas o ministro do Palácio do Planalto também comentou a reunião agendada com a associação de shoppings para os próximos dias na qual irá tratar dos "rolezinhos".

Ele disse que pretende mostrar a "necessidade da convivência" aos lojistas. "Se tivermos capacidade de compreensão, de oferecer alternativas aos jovens e abrirmos o diálogo, não vai haver tanta tensão, nem tanta massificação."

O ministro afirmou que os adolescentes que promovem esses encontros são consumidores dos próprios estabelecimentos que agora tentam barrar o fenômeno. Para ele, os shoppings "saíram do centro" das cidades e foram para as periferias. Sobre as liminares obtidas por shoppings pelo país, disse que não há como diferenciar na porta do centro comercial quem é o consumidor e quem é "o menino que vai fazer o rolezinho". "Acho que o Judiciário já percebeu que não é por aí."

FELIPE BÄCHTOLD/DE PORTO ALEGRE - Folha
Governo viu 'ingratidão' nas manifestações de junho, diz ministro de Dilma

 

ENQUANTO A DESAVERGONHADA "VENDE" UM brasil maravilha NO Forum économique mondial de Davos PRA "INGRÊIS VÊ"... BRASIL REAL : Rombo nas contas externas cresce 50% e fecha 2013 com recorde


O resultado das contas externas de 2013 teve um déficit recorde, de 81,374 bilhões de dólares. Segundo anúncio do Banco Central (BC) nesta sexta-feira, o déficit ficou acima da projeção da instituição, de 79 bilhões de dólares. O resultado de 2013 é recorde para a série histórica do BC, iniciada em 1947, e também é 50% maior do que o verificado em 2012, quando o saldo negativo atingiu 54,249 bilhões de dólares. 


O déficit em conta corrente ficou em 3,66% do Produto Interno Bruto (PIB). O pior porcentual tinha sido visto em 2001, de 4,19%. No ano de 2013, a balança comercial registrou um superávit de 2,558 bilhões de dólares, enquanto a conta de serviços ficou negativa em 47,523 bilhões de dólares. A conta de renda também ficou deficitária em 39,772 bilhões de dólares.

Em relação ao mês de dezembro, o resultado das transações correntes ficou negativo em 8,678 bilhões de dólares. A balança comercial registrou um superávit de 2,654 bilhões de dólares, enquanto a conta de serviços ficou negativa em 4,248 bilhões de dólares. A conta de renda também ficou deficitária em 7,484 bilhões de dólares.

Investimentos estrangeiros
Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram 6,490 bilhões de dólares em dezembro e 64,045 bilhões de dólares em todo o ano de 2013, informou o BC. No acumulado do ano, foi o resultado mais fraco dos últimos três anos (66,7 bilhões de dólares em 2011 e 65,3 bilhões de dólares em 2012).

Lucros e dividendos
O saldo de remessas de lucros e dividendos no ano passado ficou negativo em 26,045 bilhões de dólares. O resultado é maior do que os 24,112 bilhões de dólares de 2012. No último mês de 2013, esse saldo ficou no vermelho em 4,829 bilhões de dólares, um saldo negativo maior do que os 4,383 bilhões de dólares, também negativos, registrados em dezembro de 2012.

O BC informou também que as despesas com juros externos(A DÍVIDA EXTERNA QUE CACHACEIRO PARLAPATÃO DISSE QUE PAGOU) somaram 14,244 bilhões de dólares em 2013 ante 11,847 bilhões de dólares de 2012. Só em dezembro, o resultado negativo foi de 2,711 bilhões de dólares – de – 2,205 bilhões de dólares no mesmo mês de 2012

Veja 

( A DÍVIDA EXTERNA QUE CACHACEIRO PARLAPATÃO DISSE QUE PAGOU) = Camuflados

O "campo de distorção da realidade". O bordão e o jeitinho. OU : DESAVERGONHADA

A visita da presidente da República, Dilma Rousseff, ao presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, em Zurique, já estava programada.

O que a presidente não contava era com Curitiba.
 Atrasada na entrega de um dos 12 estádios do Mundial, a Arena da Baixada, a capital do Paraná levou a organização da Copa do Mundo a uma situação insustentável: pela primeira vez, desde que as arenas começaram a ser erguidas, a Fifa deu ultimato a uma das cidades sedes, ameaçando Curitiba de exclusão do torneio.

Dilma não contava com o passo em falso e, assim, permaneceu: 
como se nada estivesse acontecendo. Na visita a Blatter, na sede da entidade máxima do futebol, a presidente ignorou os problemas de organização da Copa. Em seu breve pronunciamento, Dilma não mencionou a Arena da Baixada e repetiu o bordão publicitário "Copa das copas" cinco vezes num discurso de 12 parágrafos. "Vocês serão recebidos de braços abertos. Estamos preparados. O governo terá todo o empenho para que essa seja a Copa das copas", insistiu.

Antes de encerrar, disse ainda que "estádios são obras relativamente simples" e que o governo está se empenhando também em "aeroportos, portos e todas as obras necessárias".

Tanta suavidade parece ter contagiado o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Ao contrário das últimas vezes, quando demonstrou preocupação com o ritmo dos estádios, Blatter rendeu-se ao "jeitinho brasileiro": "Não haverá problemas. No fim, tudo se resolve, principalmente no Brasil". A ironia da coisa está no comportamento de Blatter. Em entrevista recente, o presidente da Fifa chegou a dizer que o Brasil é o mais atrasado para um Mundial desde que ele assumiu a entidade.

Encerrada a reunião entre o presidente da Fifa e a do Brasil, muito provavelmente como parte do "pacote Copa do Mundo", Dilma — ou sua assessoria — interagiu com três figuras conhecidas do futebol brasileiro por meio de uma rede social, os jogadores Neymar e Kaká, e o ex-atacante Ronaldo Fenômeno.

Mas a estratégia de promover a Copa nas redes sociais não funcionou. 
Com frases mecânicas por parte da presidente e respostas quase robotizadas dos craques brasileiros, o que se viu foi: 
"Agora, quero saber do @KAKA, a espera pela #CopaDasCopas agita o mundo todo, não?" e "Sim, @dilmabr, nunca uma Copa vendeu tantos ingressos antecipadamente". Os diálogos acabaram irritando os internautas, que ironizaram o slogan "Copa das copas", questionando quando o Brasil será "o país dos países", e perguntaram se a presidente estava convocando Kaká, por enquanto fora dos planos do técnico Luiz Felipe Scolari.
"Os estádios são obras relativamente simples. (O governo) fará todo o empenho para ser a Copa das copas. Isso inclui estádios, aeroportos, portos e todas as obras necessárias para que a gente seja o país que bem recebe todos que vão nos visitar"
Dilma Rousseff


Análise da notícia
Em campo, a distorção
ALEXANDRE BOTÃO


Cunhado no início dos anos 1980, dentro de uma Apple ainda microcósmica, o termo "campo de distorção da realidade" nasceu como piada interna. Steve Jobs, em sua pirotecnia — carisma, vá lá —, adornava uma história ou um produto de tal modo que criava um "campo de distorção" em torno dela/dele. Assim, Jobs conseguia fazer com que empregados e, de carona, consumidores acreditassem nos superpoderes da companhia. Mesmo quando não havia bulhufas.

Aplicada à Apple, a percepção é engraçadinha. Fora dali, soa ingênua. 
Ou assustadora, a depender do grau de consciência do Jobs da vez. Na terça-feira, a Fifa desembarcou no campo de futevôlei da Arena da Baixada e foi embora sacodindo poeira e deixando ultimato real — o primeiro a uma das sedes da Copa. No dia seguinte, manifestantes protestaram do lado de fora do estádio, na inauguração da Arena das Dunas, enquanto Dilma distribuía pontapé inicial lá dentro.

Quem, no Planalto, insistiu em fazer do discurso de ontem da presidente da República uma hashtag anêmica e ainda acreditou que chegara a ideia brilhante ao orquestrar um Twitter-marionete com Neymar e Kaká prestou desserviço à chefe de Estado (e à própria chefe, claro).

Como resultado, nem a estreia da presidente em outra rede social, essa dedicada à publicação de vídeos, escapou da revolta dos usuários, que bradaram, ainda que protocolarmente, por "escolas, hospitais, segurança...".
No fim das contas, o erro de quem vendeu agenda positiva na web resume-se a uma ironia. O "campo de distorção da realidade" original só funcionou (e funciona até hoje) porque tem torcida literalmente fanática, os fanboys. Já a torcida da Copa do Mundo, quem diria, não é dada a um fanatismo tão cego assim...
Correio Braziliense