"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 31, 2014

Governo gastador


Carta de Formulação e Mobilização Política - Sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Em 2013, o governo Dilma gastou como nunca, investiu uma ninharia e produziu o menor superávit em quatro anos. A gestão das finanças é um dos melhores indicadores da boa governança de um país. Tratar com zelo o dinheiro pago pelos contribuintes e dar-lhe a melhor aplicação é obrigação do administrador comprometido com o bem-estar da população. Quando isso não acontece, é sinal de que o governo de turno desdenha dos cidadãos.

Governo que gasta muito é como casa desarrumada. Governo que investe pouco é como família que não constrói seu futuro. O que na economia doméstica podem ser meros pecadilhos, na gestão de um país é falha grave. Mas assim tem sido na administração das contas públicas brasileiras pela gestão Dilma.

Ontem, o Tesouro Nacional divulgou os números finais da contabilidade oficial de 2013. Em linhas gerais, o governo federal gastou como nunca, investiu uma ninharia e produziu o menor saldo fiscal desde 2009, ano de crise econômica brava. Mesmo com tudo isso, porém, a equipe econômica petista se deu por satisfeita.

O superávit do governo central fechou em R$ 77 bilhões, levemente acima dos R$ 73 bilhões acordados – recorde-se que, no início do processo, quando da proposição da lei orçamentária de 2013, a meta fiscal havia sido definida em R$ 83 bilhões, valor depois substancialmente reduzido.

Parece incrível que, a despeito de toda a desconfiança, o governo Dilma tenha conseguido entregar o que, a duras penas, prometeu. E é incrível mesmo. Dos R$ 77 bilhões do superávit, a economia efetiva de despesas representou apenas 21% do resultado, conforme calculou O Estado de S.Paulo. Ou seja, o esforço fiscal real da gestão petista não passou de R$ 16 bilhões no ano.

Tudo o mais (equivalente a R$ 61 bilhões) veio de receitas extraordinárias e pagamentos de estatais: R$ 22 bilhões vieram de concessões (principalmente os bônus do campo de Libra), R$ 21,8 bilhões de débitos de empresas renegociados com o fisco e R$ 17 bilhões de dividendos pagos por estatais e, notadamente, pelo BNDES. Assim fica fácil...

O superávit de 2013 equivale a 1,6% do PIB. Foi o menor em quatro anos e quase 13% inferior ao de 2012. Não custa lembrar que, em 2011, primeiro ano da atual gestão, o saldo fiscal havia sido de 3,1% do PIB. Ou seja, economizamos cada vez menos, sem ver este dinheiro ser empregado em prol do desenvolvimento do país e da melhoria das condições de vida da população.

A coisa fica mais feia quando se decompõe o resultado. O governo torrou dinheiro como nunca no ano passado: o equivalente a 19% do PIB, patamar de gastança nunca antes atingido. No mesmo período, as despesas com investimento representaram mero 1,3% do PIB, mesmo assim anabolizadas pelos subsídios ao Minha Casa, Minha Vida.

No ano passado, as despesas do governo aumentaram R$ 109 bilhões, caminhando para atingir a casa do trilhão. Isso significa alta nominal de 13,6% na comparação com o resultado de 2012, enquanto as receitas aumentaram 11,2%. A pergunta que fica é: onde foi parar toda esta dinheirama, resultante dos tributos que pagamos todos os dias?

A maior parte serviu para bancar o aumento de despesas sociais, das quais o governo tem dificuldade de se desvencilhar. Mas uma parcela robusta – R$ 31,7 bilhões – foi torrada em despesas correntes. Mas, e os investimentos? Os investimentos ficaram com módicos R$ 3,8 bilhões deste bolo, com alta de magro 0,5% sobre 2012, descontada a inflação.

O governo petista, porém, não parece considerar que seu desempenho no manejo do dinheiro pago pelos contribuintes tem sido uma lástima completa. Só agora “parece convencido de que o rigor fiscal é um sinal importante para readquirir credibilidade junto aos agentes econômicos, melhorar as expectativas e desafogar a política monetária”, conforme escreve hoje Claudia Safatle no Valor Econômico, depois de entrevistar Guido Mantega.

A gestão das finanças é um dos melhores indicadores da boa governança de um país. Tratar com zelo o dinheiro que é arrecadado dos contribuintes e dar-lhe a melhor aplicação é obrigação do administrador comprometido com o bem-estar da população. Quando isso não acontece, é sinal de que o governo de turno preocupa-se apenas com seus pantagruélicos interesses e desdenha dos cidadãos.


Este e outros textos analíticos sobre a conjuntura política e econômica estão disponíveis na página do Instituto Teotônio Vilela

Maquiagem federal



Inflado por receitas extraordinárias, superavit primário atinge R$ 77 bilhões em 2013, mas não anima os investidores. Saldo é o pior desde 2009 e reforça a gastança desenfreada do governo. Despesas aumentaram 13,5% em relação a 2012

O governo bem que tentou dar um tom ufanista ao superavit primário de 2013, que atingiu R$ 77,1 bilhões ou 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas a economia para o pagamento de juros da dívida pública não animou ninguém. Além de o resultado ter sido o pior desde 2009, o número apresentado pelo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, cuja credibilidade está no chão, foi alcançado basicamente por causa de receitas extraordinárias. Pelos cálculos dos especialistas, R$ 62,6 bilhões, ou 80% do total, foram conseguidos por meio de verbas que não se repetirão.


O correto, disseram os analistas, seria obter o superavit por meio de corte de gastos. Mas o que se viu foi exatamente o contrário. As despesas, por causa do inchaço da máquina pública, avançaram 13,5% em relação a 2012, totalizando R$ 914 bilhões. O crescimento foi superior ao salto das receitas, de 12,5%, que bateram em R$ 991,1 bilhões, já incluídos os recursos extraordinários. “Diante desses números, não há como se falar em ajuste fiscal consistente”, disse José Matias-Pereira, professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB).

No entender do secretário do Tesouro, não há o que reclamar. O superavit, segundo ele, ficou R$ 2,1 bilhões acima dos R$ 75 bilhões antecipados no início do mês pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para acalmar “os nervosinhos” e R$ 4,1 bilhões além da meta oficial, de R$ 73 bilhões. “Esse resultado, para nós, é importante, pois auxilia no equilíbrio macroeconômico do país (o Banco Central está aumentando as taxas de juros) e reforça o esforço para a melhoria do indicador fiscal”, afirmou.

Augustin destacou ainda que o número foi alcançado “de forma positiva”, e o saldo de dezembro, de R$ 14,5 bilhões, foi o segundo melhor da série histórica. Para cutucar os pessimistas, ele adiantou que o resultado acumulado de novembro, dezembro e janeiro será o maior da história.


Descalabro
O superavit foi inflado, sobretudo, pelos R$ 15 bilhões oriundos da concessão do Campo de Libra e pelos mais de R$ 20 bilhões do Refis, programa de renegociação de dívidas atrasadas. Os dividendos pagos por estatais, mesmo 38% menores do que em 2012, também reforçaram o caixa do Tesouro e ajudaram na criatividade de Augustin. Segundo o professor Matias-Pereira, é preocupante a forma como o governo vem tratando um indicador tão importante para a confiança no país.

Ele lembrou que, inicialmente, a meta cheia de superavit, incluindo estados e municípios, era de 3,1% do PIB, conforme especificado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Depois, reduziu-se o objetivo para 2,2%. Agora, dificilmente, se chegará a 2%, mesmo com a contribuição de outras esferas da Federação. “Infelizmente, optou-se por uma série de abatimentos no superavit, como as desonerações da folha salarial e as despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, destacou o professor da UnB, ressaltando, que, pelas suas contas, a economia pura para o pagamento de juros da dívida foi de apenas 0,2% do PIB em 2013.

Repetindo o mantra de que tudo está na mais perfeita ordem, o secretário do Tesouro desdenhou dos que o acusam de ser o maquiador oficial da Esplanada dos Ministérios. “O critério (para o cálculo do superavit) primário é econômico. Não há outra consideração que não seja técnica e econômica”, assinalou. E disse mais: “As receitas com concessões serão contínuas nos próximos anos e poderão ser em volumes maiores”. O governo acredita que, neste ano, conseguirá avançar nas transferências de estradas para o setor privado e na privatização de portos e ferrovias.

Conforme Matias-Pereira, as falas de Augustin só contribuem para reduzir a confiança no país. “Esse tipo de declaração só piora a credibilidade do Brasil. Falta humildade ao governo para reconhecer que está recorrendo a expedientes que não condizem com as boas práticas contábeis”, disse. Na opinião do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, ninguém mais se surpreende com a criatividade do governo para mostrar uma saúde que as contas públicas não têm. “O Tesouro está sempre pronto para apresentar algo novo. Com certeza, os truques vão continuar em 2014. Disso, ninguém duvida”, frisou.

Não à toa, o país deverá ser rebaixado pela agências de classificação de risco nos próximos meses. Como a população será a grande prejudicada, o coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello de Castro, afirmou que a hora é de despertar em relação ao aumento e a péssima qualidade dos gastos públicos. “A sociedade produtiva que paga impostos está sem sangue, pregada na cruz e de cabeça para baixo. Enquanto isso, a gastança do governo se mantém desenfreada, coberta por receitas extraordinárias”, enfatizou.


“É preciso impor limites a esse quadro assustador. Os gastos deveriam ser com investimentos produtivos, para melhorarem a condição de vida no país”, disse.

ROSANA HESSEL Correio Braziliense
 

UFA ! ENFIM, UM FREIO NA MILITÂNCIA E PROSELITISMO CAMUFLADOS NA TOGA : TJ(TJDFT) anula decisão sobre maconha recreativa

A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) revogou a sentença do juiz de direito substituto Frederico Ernesto Cardoso Maciel, da 4ª Vara de Entorpecentes do DF, que absolveu, em outubro do ano passado, o frentista Marcus Vinícius Pereira Borges por tráfico de drogas. Ontem, o colegiado entendeu que a decisão monocrática deveria ser reformada, a pedido do Ministério Público (MPDFT), para condenar o réu pelo transporte de 52 porções de maconha — 46,15 gramas — para dentro da Penitenciária da Papuda. Ele foi flagrado por agentes penitenciários, que receberam denúncia anônima, quando tentava entrar com a droga no presídio em um dia de visita.

De acordo com a turma, a conduta do réu se enquadra como tráfico de drogas, prevista nos artigos 33 e 40, ambos da Lei nº 11.343/2006. O frentista foi abordado quando tentava visitar um irmão e um amigo na Papuda. Ao ser entrevistado, admitiu o transporte da droga no estômago. Em seguida, encaminhado a uma sala na companhia de dois agentes, expeliu as porções de maconha. Marcus também admitiu em juízo que pretendia entregar o entorpecente ao amigo interno e que havia adquirido a droga por R$ 60. Segundo depoimento, ele mesmo separou as porções e as ingeriu por conta própria. Ele frequentava a Papuda havia pelo menos um ano para encontrar-se com o irmão detido. 
 
Argumentos
Ao julgar o caso em primeira instância, o juiz da Vara de Entorpecentes absolveu o réu com o argumento de que a Portaria nº 344/1998, do Ministério da Saúde, que inclui o tetraidrocanabinol (THC) na lista de substâncias ilícitas, é inconstitucional e ilegal por ausência de motivação. Entre os argumentos, o juiz também considerou o baixo potencial nocivo da maconha ao organismo humano, o número crescente de países que já regulamentaram o uso e a venda da substância derivada da Cannabis, a falência da política repressiva do tráfico e a discrepância na proibição de entorpecentes notoriamente reconhecidos como recreativos e medicinais, como o THC.

“Não é por outro motivo que os estados americanos da Califórnia, de Washington e do Colorado e os Países Baixos, dentre vários outros, permitem não só o uso recreativo e medicinal da droga como também a sua venda, devidamente regulamentada. Outros países permitem somente o uso, como Espanha, entre outros, e o Uruguai está praticamente a ponto de, a exemplo desses outros entes do direito internacional, regulamentar a venda e o uso do THC”, destacou o juiz de primeira instância.


Segundo o relator do recurso, desembargador Humberto Adjuto Ulhôa, “as substâncias constantes da lista da Anvisa independem de motivação expressa, em razão de terem sido avaliadas e selecionadas por órgão técnico-científico, com capacidade para analisar quais causam dependência ou são prejudiciais à saúde humana. Levando-se em conta a necessidade de conhecimento específico para essa análise, não há como sustentar a ilegalidade da Portaria nº 344/1998, sabendo-se que a relação nela constante foi elaborada por peritos com a capacidade técnica exigida para tal”.

Marcus foi condenado a 2 anos e 11 meses de detenção, em regime semiaberto, e a 291 dias multa à razão de 1/30 do salário mínimo. A pena restritiva de liberdade não poderá ser convertida em restritiva de direito, conforme determina a Lei Antidrogas. Da decisão, não cabe mais recurso no TJDFT.
ARTHUR PAGANINI Correio Braziliense 

E NO JEITO PETRALHA DE "GUVERNÁ" : O Tesouro paga mais caro para se endividar. Em geral, os indicadores pioraram, prazos de vencimento encurtaram; custos aumentaram; e do saldo da dívida total, inclusive em moeda estrangeira.


Em 2013, a Dívida Pública Federal em títulos foi afetada pela deterioração da política macroeconômica, como se constata pelo relatório mensal do Tesouro Nacional, divulgado ontem. Em geral, os indicadores pioraram, caso dos prazos de vencimento, que encurtaram; dos custos, que aumentaram; e do saldo da dívida total, inclusive em moeda estrangeira, que passou de R$ 1,916 bilhão, em dezembro de 2012, e de R$ 2,028 bilhões, em novembro de 2013, para R$ 2,122 bilhões, em dezembro de 2013.

Só entre novembro e dezembro o Tesouro aumentou a dívida em 2,58% para oferecer mais recursos às instituições federais e pagar os compromissos com as empresas de energia elétrica. Isoladamente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) necessitou da emissão de R$ 24 bilhões em papéis federais, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) precisou de R$ 1,5 bilhão e a companhia de energia CEEE exigiu mais de R$ 800 milhões.

Papéis com custo médio anualizado da ordem de 11,3% foram emitidos para que o BNDES ofereça crédito subsidiado e o governo arque com os benefícios mal calculados que propiciou aos consumidores de energia elétrica. Na margem, cresceu o custo da dívida - e tende a crescer mais, em decorrência da elevação da taxa de juros.

Para evitar a colocação de títulos corrigidos pela taxa Selic, o Tesouro aceitou pagar juros elevados pelos papéis prefixados. Entre os meses de dezembro de 2012 e de 2013, a participação desses títulos aumentou de 40% para 42%, suprindo o que não foi colocado em papéis indexados pela inflação. 
Os títulos corrigidos pela Selic ficaram levemente acima do máximo previsto no plano de financiamento da dívida (PAF).

Outros indicadores mostram com clareza o aumento das dificuldades do Tesouro para prever o que ocorrerá em 2014: o PAF admite que o estoque da dívida possa crescer em relação a 2013 entre o mínimo de 2,26% e o máximo de 9,33%. A diferença (R$ 150 bilhões ou 7% da dívida) é enorme. 
Bancos e não residentes financiaram a União em 2013.

A leniência fiscal de 2013 já cobra seu preço. 
Piorou o humor dos investidores com os emergentes, Brasil incluído. 
Como afirmou o fundador do Grupo Pimco, Bill Gross: 
"Turquia e África do Sul foram reprovadas no teste de câmbio. Não espere para ver quem será o próximo. Reduza riscos e fuja para os títulos do Tesouro dos EUA". O Tesouro Nacional terá de conviver com isso.

O Estado de São Paulo

ENQUANTO ISSO NO brasil maravilha DOS VELHACOS E DESAVERGONHADA 1,99 ... Superávit primário do governo central é o menor desde 2009

 
As contas do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) apresentaram em 2013 um superávit primário de R$ 77,072 bilhões, o que equivale a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Trata-se do menor valor desde 2009, quando o superávit primário foi de R$ 39,436 bilhões (1,2% do PIB).

O superávit primário é o saldo positivo entre as receitas e as despesas do governo central, excluindo os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.

O resultado fiscal de 2013 representa queda de 12,7% (R$ 11,2 bilhões) em relação a 2012, quando o superávit foi de R$ 88,262 bilhões (2,01% do PIB). O valor, no entanto, é maior que os R$ 75 bilhões anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início de janeiro.

No mês de dezembro, o superávit primário do governo central foi de R$ 14,532 bilhões. Os dados mostram que o Tesouro apresentou superávit de R$ 9,367 bilhões no mês passado, acumulando saldo positivo de R$ 128,246 bilhões no acumulado de 2013.

Por outro lado, a Previdência apresentou déficit primário de R$ 5,453 bilhões em dezembro e, no ano, resultado negativo de R$ 49,856 bilhões. As contas do Banco Central ficaram com déficit primário de R$ 288 milhões em dezembro. No acumulado do ano, o resultado é déficit de R$ 1,318 bilhão.
 
Despesas a frente das receitas. 
Os gastos do governo central em 2013 cresceram bem acima das receitas. Enquanto as despesas, em relação a 2012, avançaram 13,6%, as receitas subiram 11,2%.

Os recursos com concessões no ano passado somaram R$ 22,072 bilhões, 886,6% a mais que em 2012. A transferência de dividendos de empresas estatais para a União foi de R$ 17,141 bilhões, perfazendo queda de 38,8% em relação ao ano anterior. 


Renata Veríssimo e Adriana Fernandes, da Agência Estado 

janeiro 29, 2014

brasil maravilha DOS VELHACOS E DESAVERGONHADA EMBUSTEIRA 1,99 SEM O "MARQUETINGUE" DOS CANALHAS : Dívida Pública Federal aumenta 5,7% em 2013 e bate recorde

A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento externo e interno, teve aumento de R$ 114,823 bilhões em 2013. O total alcançado em dezembro foi recorde: R$ 2,122 trilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. O estoque no último ano subiu 5,72%. De novembro para dezembro, 2,58%

Apesar de a DPF do Brasil ter alcançado o maior patamar histórico, seu avanço foi menor em números absolutos do que a elevação de 2012. Naquele ano, a DPF subiu R$ 142 bilhões.

A apropriação dos juros na DPF em 2013 somou R$ 218,021 bilhões. O impacto da correção dos juros no estoque da dívida só não foi maior porque o Tesouro fez um resgate líquido expressivo de títulos de R$ 103,197 bilhões. Essa retirada de papéis do mercado foi influenciada pelas dificuldades de venda de títulos ao longo do ano por conta das turbulências do mercado financeiro.

A parcela da DPF atrelada a papéis prefixados (que têm taxa de juros definida no leilão de venda) subiu de 40% no final de 2012 para 42,02% e a participação de títulos vinculados à variação da inflação passou de 33,87% para R$ 34,53%. Juntos esses dois tipos de papéis - que são considerados melhores para a gestão da dívida - passaram de 73,87% em 2012 para 76,5% do total da dívida no final de 2013.

Essa melhora é destacada pelo Tesouro. Esses dois tipos de papéis ficaram dentro da banda definida no Plano Anual de Financiamento (PAF), documento que traz as metas para a gestão da dívida. Já a participação de títulos vinculados à taxa Selic, as LFTs, que o governo quer diminuir do estoque para reduzir o risco de financiamento da dívida, caiu de 21,73% no fim de 2012 para 19,11% em 2013, ficando levemente acima da banda definida pelo PAF, que era de um intervalo de 14% (mínimo) a 19% (máximo).

Os papéis atrelados ao câmbio passaram de 4,4% para 4,35% ao final de 2013 e também permaneceram dentro da meta definida pelo PAF, de 3% a 5% do total da dívida. De acordo com os dados do Tesouro, a dívida interna fechou o ano passado em R$ 2,028 trilhões com alta de 2,83% ante novembro de 2013 e 5,55% acima de 2012.

A dívida externa teve queda de 2,61% em relação a novembro mas subiu 0,17% em relação a 2012, chegando a R$ 94,68 bilhões em dezembro. O prazo médio da DPF subiu de 3,97 anos no final de 2012 para 4,18 anos em 2013, ficando dentro da banda do PAF, de 4,1 anos e 4,3 anos. A parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 24,4% em 2012 para 24,82% no ano passado - também dentro da banda de 21% a 25%. O custo médio da DPF fechou o ano passado em 11,32% ao ano.


Adriana Fernandes, Renata Veríssimo e Lais Alegretti, da Agência Estado 

janeiro 28, 2014

Delícias do "PUDÊR"


Varandas privadas oferecem uma panorâmica com o casario à beira do Tejo, o Castelo de São Jorge, erguido por D. João I em homenagem ao padroeiro de cavaleiros e cruzadas, e a alameda relvada do parque Eduardo VII, imaginada na prancha de racionalismo do arquiteto Francisco Keil do Amaral durante a ditadura salazarista.

Mármore e mogno separam ambientes em duas centenas de metros quadrados, até o banheiro privado com hidromassagem. O elegante mobiliário da coleção Espírito Santo, as tapeçarias Portoalegre criadas por Calvet e António, e os cabides de seda acolchoados nos armários, entre outros detalhes, completam a sedução da suíte em que se abrigou Dilma Rousseff por uma noite em Lisboa, sábado passado.

Foi uma “escala técnica obrigatória”, justificou a Presidência. Na versão oficial, Dilma optou pelo majestoso Ritz, inaugurado há 54 anos pelo Rei Humberto de Itália e os príncipes de Saboia, porque o prédio do século XVII onde funciona a embaixada brasileira não podia receber a comitiva de três dezenas de assessores. A diária na tabela do hotel é de R$ 26 mil, anotou o repórter Jamil Chade. Equivale a 36 salários mínimos.

Talvez esse valor não seja excessivo, se comparado a algumas outras despesas da presidente. Em Paris, em dezembro de 2012, o governo gastou R$ 30 mil (41 salários mínimos) apenas com a instalação de linha telefônica na suíte de Dilma e no quarto do seu ajudante de ordens. Essa conta não inclui o serviço de telefonia.

Aparentemente, as escalas (“técnicas e obrigatórias”) mais caras foram as da viagem presidencial à China, em abril de 2011. Na ida, Dilma passou 24 horas em Atenas. Custou R$ 244 mil (344 salários mínimos) — ou seja, mais de R$ 9 mil por hora. Na volta, parou em Praga. Gastou R$ 75 mil (103 salários mínimos). Oito meses depois, em dezembro, ela esteve em Cannes para uma reunião de chefes de Estado do grupo dos 20 países mais desenvolvidos. Ao partir, um diplomata pediu recibo do pagamento de R$ 4.500 (mais de seis salários mínimos) em fotocópias.

Em março do ano passado Dilma foi à missa no Vaticano, a primeira celebrada pelo Papa Francisco. Preferiu hotel à estadia na embaixada brasileira, instalada no Palácio Pamphili, de 363 anos. Pagou-se R$ 204 mil (282 salários mínimos) pelo aluguel de 30 veículos da Rome Vip Limousine. O conta total da viagem beirou meio milhão de reais. Em seguida ela foi a Caracas, para o cerimonial fúnebre de Hugo Chávez. A volta a Brasília no jato presidencial teve um bufê Meliá faturado em R$ 7 mil (9,6 salários mínimos).

A Presidência mantém um contrato de R$ 1,9 milhão (2.600 salários mínimos) para serviço de bordo dos seus aviões, informa a ONG Contas Abertas. Neste mês recebeu aditivo de R$ 160 mil (220 salários mínimos). O cardápio da RA Catering inclui canapês de camarão e caviar, coelho assado, rã e pato, entre outros itens.

Diante dos gastos de R$ 11 milhões (15 mil salários mínimos) em 35 viagens entre 2011 e 2012, o Itamaraty recebeu ordens para resguardar como confidenciais todas as despesas de Dilma e assessores, como registrou o repórter Vitor Sorano. Duas semanas atrás, a Presidência reafirmou a classificação.
E, assim, o 29º ano da redemocratização começou com as delícias do poder encobertas pelo manto do sigilo. Como sempre, em nome da “segurança nacional”.

Delícias do poder
O Globo

janeiro 27, 2014

ENQUANTO ISSO... NOS MAIS DE 10 ANOS DE FARRA/ESBÓRNIA/MARACUTAIA/CORRUPÇÃO/MENTIRA/ATRASO : Deficit da indústria que produz bens tecnológicos chega a US$ 93,4 bilhões

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizaXtYJfwvMG8ZaQQDg6OULqtDZlDbJnZFH9NEWPyXJImiLTy1K4wWkivTys1bo4yWsbbiOutfEO3Rle3xyV5Z7uUJPGN86K2NLoJJ3Y6lak5sdFBAMjWlwaN_RcUscvZkrUbT-4a7-XU/s640/sponholz1941.jpg

A indústria que produz bens com mais tecnologia agregada - 
remédios, 
máquinas, 
veículos, 
químicos, 
entre outros - 
registrou um deficit de impressionantes US$ 93,4 bilhões em suas trocas com o exterior, revela estudo feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). 

O valor cresceu mais de 10 vezes na última década, já que o saldo negativo era de US$ 8,6 bilhões em 2003, o primeiro ano do governo Lula. O rombo atual já representa o dobro de tudo que esses setores exportaram no ano passado: US$ 49,6 bilhões.

O levantamento do Iedi utiliza parâmetros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para agregar a indústria por intensidade tecnológica: alta tecnologia, média alta tecnologia, média baixa tecnologia e baixa tecnologia.

O número acima engloba alta e média alta tecnologia. Ao incluir os demais segmentos, o déficit total da indústria da transformação cai para US$ 59,7 bilhões - ainda assim, um número expressivo.

SETORES
Setores como alimentos e siderurgia ajudam a melhorar o resultado total. A metodologia da OCDE é mais "generosa" com a indústria que a tradicional classificação de produtos  manufaturados, porque também considera como bens industriais produtos como carne ou celulose. 

"Com a crise, os países ricos adotaram medidas para incentivar as exportações industriais. As importações do Brasil cresceram de forma avassaladora. As exportações seguiram crescendo, mas foram perdendo o fôlego", diz Rogério Cesar Souza, economista do Iedi.

Ele também ressalta a importância da desvalorização do real nesse processo.
As importações de produtos industriais saltaram de US$ 40 bilhões para US$ 206 bilhões na última década. As exportações também avançaram, saindo de US$ 57 bilhões para US$ 146 bilhões no mesmo período - mas desde de 2008, quando a crise global explodiu, estão oscilando perto do patamar alcançado no ano passado.
 

Em produtos de alta tecnologia, como remédios ou materiais de informática, o Brasil é tradicionalmente deficitário, mas o rombo nunca foi tão grande. Nesses segmentos, o déficit saltou de US$ 5,3 bilhões em 2003 para US$ 31,9 bilhões no ano passado.

O grande campo de "batalha" do comércio global, no entanto, foi a indústria considerada de média alta tecnologia. Nesses setores, que incluem veículos, equipamentos elétricos e máquinas, o Brasil ensaiou se tornar superavitário, conquistando um resultado positivo em US$ 446 milhões em suas trocas com o exterior em 2005.

Desde então, no entanto, o saldo voltou a ser negativo e cresceu exponencialmente, atingindo US$ 61,4 bilhões no ano passado. "O Brasil se tornou um país muito caro para produzir. Hoje todo setor que não é protegido acaba invadido pelos importados", diz José Velloso, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos)

COMPETITIVIDADE
Em 2013, a situação global mudou. Os países ricos voltaram a crescer, aumentando a sua demanda por produtos importados, e o real se desvalorizou, acompanhando as demais moedas dos países emergentes. Mas isso não foi suficiente para melhorar o resultado da indústria.

Apesar do câmbio mais favorável, o déficit da indústria da transformação cresceu 17,8% no ano passado. Em 2012, o resultado estava negativo em US$ 50 bilhões. Para os economistas, isso é resultado da perda de competitividade da indústria brasileira e um sinal de que a reação pode demorar a chegar. 
 RAQUEL LANDIM/ DE SÃO PAULO 
Folha

É ISSO AÍ ! CURTO E GROSSO : "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu"

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxH21TgjE4KXou_mxD9_ck2G85UbPRqsFuYWZ9XM2LZjQ4qkKWboLkb5jg9JHFZT2arRgCfUZeo1Uj_asLAlLasYoKcrvO1BLxaNAPZyWbzOeVcNm0w7mVQ4MTLwEBH9YKS0qLiR_4tp8/s1600/IMAGEM_NOTICIA_5.jpg
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, reagiu nesta segunda-feira (27) à crítica do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), publicada ontem na Folha, de que tem feito "pirotecnia" em relação a seu mandado de prisão no esquema do mensalão.

"Esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu", disse Barbosa, ao chegar a Londres. "Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu", ressaltou.

 
O ministro criticou a imprensa brasileira por dar espaço a declarações de condenados no esquema do mensalão. As críticas de João Paulo Cunha foram publicadas ontem em entrevista à Folha.

"Eu tenho algo a dizer: eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena", afirmou o presidente do Supremo.
Ministro Joaquim Barbosa
Folha

O alegre rolezinho dos hipócritas. EU DIRIA : DOS(as) CANALHAS E SALAFRÁRIOS(as)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZQYSPpBrOooHndMg1wldxc1atZHd9105c0a0cletMHoiW4UyVlPM6qjHH4HPZbJBa7PRzM8gQb5ozlSNjIoXwdvFbiTSK1MHlk9lQlRthaKrPyNyJdznOhXo_Pfn6MIgLS_hgsehnKTSK/s1600/imaria+do+rosario.jpg

Os brasileiros, esses crédulos, achavam que o governo popular parasitário do PT jamais alcançaria os padrões de cara de pau do chavismo. Quando o governo venezuelano explicou que estava faltando papel higiênico no país porque o povo estava comendo mais, os brasileiros pensaram: não, a esse nível de ofensa à inteligência nacional os petistas não vão chegar. Mas o Brasil subestimou a capacidade de empulhação do consórcio Lula-Dilma. E o fenômeno dos rolezinhos veio mostrar que o céu é o limite para a demagogia dos oprimidos profissionais.

A parte não anestesiada do Brasil está brincando de achar que o populismo vampiresco do PT não faz tão mal assim. E dessa forma permite que a presidente da República passe o ano inteiro convocando cadeia obrigatória de rádio e TV. Como no mais tosco chavismo, Dilma governa lendo teleprompter. Fala diretamente ao povo, recitando os contos de fadas que o Estado-Maior do marketing petista redige para ela. Propaganda populista na veia, e gratuita, sem precisar incomodar Marcos Valério nenhum para pagar a conta. 

Só mesmo numa república de bananas inteiramente subjugada é possível um escárnio desses. O recurso dos pronunciamentos oficiais do chefe da nação existe para situações especiais, nas quais haja uma comunicação de Estado de alta relevância (ou urgência) a fazer. Dilma aparece na televisão até para se despedir do ano velho e saudar o ano novo – ou melhor, usa esse pretexto para desovar as verdades de laboratório de seus tutores. Mas agora, com a epidemia dos rolezinhos, o canal oficial da demagogia está ligado 24 horas.

Eles não se importam de proclamar na telinha que a economia está indo de vento em popa, com os números da inflação de 2013 estourando a previsão e gargalhando por trás da TV. Mas a carona nos rolezinhos é muito mais simples. Basta escalar meia dúzia de plantonistas da bondade para dizer que as minorias têm direito à inclusão no mundo capitalista – e correr para o abraço. Não se pode esquecer que o esquema petista vive das fábulas dos coitados. Delúbio Soares, hoje condenado e preso por corrupção, disse que o mensalão era "uma conspiração da direita contra o governo popular".

O rolezinho é um ato de justiça social, assim como o papel higiênico acabou porque os venezuelanos comeram muito. E a desenvoltura dos hipócritas do governo popular no caso das invasões de shoppings está blindada, porque a burguesia covarde e culpada é presa fácil para o sofisma politicamente correto. Os comerciantes dos shoppings, lesados pela queda do consumo e até por furtos dos jovens justiceiros sociais, estão falando fininho. Estão sendo aviltados por uma brutalidade em pele de cordeiro, por uma arruaça fantasiada de expressão democrática, e têm medo de fazer cumprir a lei.

A ministra dos Direitos Humanos, como sempre, apareceu como destaque no desfile da demagogia petista. Maria do Rosário defendeu os rolezinhos nos shoppings e "o direito de ir e vir dessa juventude".

A ministra está convidada a passear num shopping onde esteja acontecendo o ir e vir de 3 mil integrantes dessa juventude. Para provar que suas convicções não são oportunismo ideológico, Maria do Rosário deverá marcar sua próxima sessão de cinema ou seu próximo lanche com a família num shopping center invadido por milhares de revolucionários do Facebook, protegidos seus. Se precisar trocar as lentes de seus óculos, Maria do Rosário está convidada a se dirigir à ótica num shopping que esteja socialmente ocupado por um rolezinho.

Se a multidão não permitir que a ministra chegue até a ótica, ou se a ótica estiver fechada por causa do risco de assalto, depredação ou pela falta de clientes, a ministra deverá voltar para casa com as lentes velhas mesmo. E feliz da vida, por não ter de enxergar seu próprio cinismo socialista.


Shoppings fechados em São Paulo e no Rio por causa dos rolezinhos são a apoteose da igualdade (na versão dos companheiros): todos igualmente privados do lazer, todos juntos impedidos de consumir cultura, bens e serviços num espaço destinado a isso. É a maravilhosa utopia do nivelamento por baixo. O jeito será importar shoppings cubanos – que vêm sem nada dentro, portanto são perfeitos para rolezinhos.
 Guilherme Fiuza

COPA DAS COPAS DOS DESAVERGONHADOS E VELHACOS : Custo dos estádios da Copa do Mundo já chega a R$ 8,9 bilhões/Valor atual supera em mais de três vezes a estimativa inicial, feita em outubro de 2007


O custo dos estádios para a Copa do Mundo já supera em mais de três vezes o valor informado pela CBF à Fifa quando o Brasil apresentou seu projeto para sediar o Mundial. Cópia do primeiro levantamento técnico da Fifa sobre o País, fechado em 30 de outubro de 2007 e obtido pelo Estado, informava que as arenas custariam US$ 1,1 bilhão, cerca de R$ 2,6 bilhões. A última estimativa oficial, porém, dá conta de que o valor chegará a R$ 8,9 bilhões.

O informe foi produzido e assinado por Hugo Salcedo, que coordenou a primeira inspeção no País entre agosto e setembro de 2007. Na época, a Fifa considerou que o orçamento havia sido "bem preparado’’ e que "não havia dúvidas" sobre o compromisso do Brasil de atender às exigências da entidade.

"A CBF atualmente estima que os investimentos relacionados com a construção e reformas de estádios estão em US$ 1,1 bilhão", escreveu a Fifa em seu informe. Curiosamente, a entidade esteve em apenas cinco das 18 cidades que naquele momento brigavam para receber a Copa. Das que acabariam escolhidas, não foram visitadas Fortaleza, Recife, Salvador, Natal, Curitiba, Cuiabá e Manaus.

A Fifa, já na época, não disfarçava que o trabalho de reforma e construção dos estádios seria um desafio. "Os padrões e exigências da Fifa vão superar em muito qualquer outro evento realizado na história do Brasil em termos de magnitude e complexidade. Nenhum dos estádios no Brasil estaria em condições de receber um jogo da Copa nos atuais estados", alertou em 2007. "A Fifa deve prestar uma especial atenção nos projetos."

O time de inspeção ainda fez um alerta sobre o Maracanã. "Não atende às exigências. Um projeto de renovação mais amplo teria de ser avaliado."
  AEROPORTOS
O relatório elaborado antes de o Brasil ganhar o direito de sediar a Copa é, hoje, verdadeira coleção de promessas quebradas e avaliações duvidosas. "A infraestrutura de transporte aéreo e urbano poderia atender de forma confortável as demandas da Copa", indicou. "O time de inspeção pode confirmar com confiança que a infraestrutura de aeroportos poderia atender a um grande número de passageiros indo a jogos em viagens de ida e volta no mesmo dia."


O transporte urbano também seria "suficiente" e a Fifa garantia, em 2007, que um "serviço de trem de alta velocidade vai ligar Rio e São Paulo". Considerava a infraestrutura hoteleira "suficiente’’ e, ao avaliar o sistema de saúde do País, fez elogios aos hospitais, apontados como "referência internacional". A referência, porém, não foram os hospitais públicos.

Jami Chade - Correspondente - O Estado de S. Paulo

janeiro 24, 2014

NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAÍS HOUVE TANTA GENTE ABJETA E ASQUEROSA NO "PUDÊ" : Governo viu 'ingratidão' nas manifestações de junho, diz ministro de EMBUSTEIRA 1,99


O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse que integrantes do governo ficaram "perplexos" com a eclosão dos protestos de junho e sentiram "ingratidão" da população naquele momento.

A declaração foi dada nesta sexta-feira (24) em um evento do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, em que Carvalho discursou para movimentos sociais. Ele fez um balanço dos dez anos de governo petista e disse que "a direita fez festa" com os protestos do meio do ano passado.
"Quando acontecem as manifestações de junho, da nossa parte houve um susto. Ficamos perplexos. Quando falo nós, é o governo e também todos os nossos movimentos tradicionais. [Houve] uma certa dor, uma incompreensão, e quase um sentimento de ingratidão. [Foi como] dizer: fizemos tanta por essa gente e agora eles se levantam contra nós."

Neste momento, uma pessoa da plateia gritou: "Ah, sai daí".

Adiante, o ministro falou que há uma nova "cultura" na internet de rapidez que influenciou o fenômeno.

"O moleque que rapidamente no computador faz acontecer um monte de realidades virtuais tende a imaginar que também a realidade tem que ser mudada com muito mais velocidade."

Ontem, um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Porto Alegre teve atos de vandalismo no centro da cidade.

No início do discurso, o ministro fez ainda referência ao processo do mensalão.

"Trataram de criminalizar toda a nossa conduta, nos transformando quase em inventores da corrupção, enquanto nós sabemos que o problema nosso foi reeditar, infelizmente, em parte aquilo que eram os usos e costumes da política. Falo sobretudo do financiamento privado das campanhas eleitorais."
 'ROLEZINHO'
A jornalistas o ministro do Palácio do Planalto também comentou a reunião agendada com a associação de shoppings para os próximos dias na qual irá tratar dos "rolezinhos".

Ele disse que pretende mostrar a "necessidade da convivência" aos lojistas. "Se tivermos capacidade de compreensão, de oferecer alternativas aos jovens e abrirmos o diálogo, não vai haver tanta tensão, nem tanta massificação."

O ministro afirmou que os adolescentes que promovem esses encontros são consumidores dos próprios estabelecimentos que agora tentam barrar o fenômeno. Para ele, os shoppings "saíram do centro" das cidades e foram para as periferias. Sobre as liminares obtidas por shoppings pelo país, disse que não há como diferenciar na porta do centro comercial quem é o consumidor e quem é "o menino que vai fazer o rolezinho". "Acho que o Judiciário já percebeu que não é por aí."

FELIPE BÄCHTOLD/DE PORTO ALEGRE - Folha
Governo viu 'ingratidão' nas manifestações de junho, diz ministro de Dilma

 

ENQUANTO A DESAVERGONHADA "VENDE" UM brasil maravilha NO Forum économique mondial de Davos PRA "INGRÊIS VÊ"... BRASIL REAL : Rombo nas contas externas cresce 50% e fecha 2013 com recorde


O resultado das contas externas de 2013 teve um déficit recorde, de 81,374 bilhões de dólares. Segundo anúncio do Banco Central (BC) nesta sexta-feira, o déficit ficou acima da projeção da instituição, de 79 bilhões de dólares. O resultado de 2013 é recorde para a série histórica do BC, iniciada em 1947, e também é 50% maior do que o verificado em 2012, quando o saldo negativo atingiu 54,249 bilhões de dólares. 


O déficit em conta corrente ficou em 3,66% do Produto Interno Bruto (PIB). O pior porcentual tinha sido visto em 2001, de 4,19%. No ano de 2013, a balança comercial registrou um superávit de 2,558 bilhões de dólares, enquanto a conta de serviços ficou negativa em 47,523 bilhões de dólares. A conta de renda também ficou deficitária em 39,772 bilhões de dólares.

Em relação ao mês de dezembro, o resultado das transações correntes ficou negativo em 8,678 bilhões de dólares. A balança comercial registrou um superávit de 2,654 bilhões de dólares, enquanto a conta de serviços ficou negativa em 4,248 bilhões de dólares. A conta de renda também ficou deficitária em 7,484 bilhões de dólares.

Investimentos estrangeiros
Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) somaram 6,490 bilhões de dólares em dezembro e 64,045 bilhões de dólares em todo o ano de 2013, informou o BC. No acumulado do ano, foi o resultado mais fraco dos últimos três anos (66,7 bilhões de dólares em 2011 e 65,3 bilhões de dólares em 2012).

Lucros e dividendos
O saldo de remessas de lucros e dividendos no ano passado ficou negativo em 26,045 bilhões de dólares. O resultado é maior do que os 24,112 bilhões de dólares de 2012. No último mês de 2013, esse saldo ficou no vermelho em 4,829 bilhões de dólares, um saldo negativo maior do que os 4,383 bilhões de dólares, também negativos, registrados em dezembro de 2012.

O BC informou também que as despesas com juros externos(A DÍVIDA EXTERNA QUE CACHACEIRO PARLAPATÃO DISSE QUE PAGOU) somaram 14,244 bilhões de dólares em 2013 ante 11,847 bilhões de dólares de 2012. Só em dezembro, o resultado negativo foi de 2,711 bilhões de dólares – de – 2,205 bilhões de dólares no mesmo mês de 2012

Veja 

( A DÍVIDA EXTERNA QUE CACHACEIRO PARLAPATÃO DISSE QUE PAGOU) = Camuflados

O "campo de distorção da realidade". O bordão e o jeitinho. OU : DESAVERGONHADA

A visita da presidente da República, Dilma Rousseff, ao presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, em Zurique, já estava programada.

O que a presidente não contava era com Curitiba.
 Atrasada na entrega de um dos 12 estádios do Mundial, a Arena da Baixada, a capital do Paraná levou a organização da Copa do Mundo a uma situação insustentável: pela primeira vez, desde que as arenas começaram a ser erguidas, a Fifa deu ultimato a uma das cidades sedes, ameaçando Curitiba de exclusão do torneio.

Dilma não contava com o passo em falso e, assim, permaneceu: 
como se nada estivesse acontecendo. Na visita a Blatter, na sede da entidade máxima do futebol, a presidente ignorou os problemas de organização da Copa. Em seu breve pronunciamento, Dilma não mencionou a Arena da Baixada e repetiu o bordão publicitário "Copa das copas" cinco vezes num discurso de 12 parágrafos. "Vocês serão recebidos de braços abertos. Estamos preparados. O governo terá todo o empenho para que essa seja a Copa das copas", insistiu.

Antes de encerrar, disse ainda que "estádios são obras relativamente simples" e que o governo está se empenhando também em "aeroportos, portos e todas as obras necessárias".

Tanta suavidade parece ter contagiado o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Ao contrário das últimas vezes, quando demonstrou preocupação com o ritmo dos estádios, Blatter rendeu-se ao "jeitinho brasileiro": "Não haverá problemas. No fim, tudo se resolve, principalmente no Brasil". A ironia da coisa está no comportamento de Blatter. Em entrevista recente, o presidente da Fifa chegou a dizer que o Brasil é o mais atrasado para um Mundial desde que ele assumiu a entidade.

Encerrada a reunião entre o presidente da Fifa e a do Brasil, muito provavelmente como parte do "pacote Copa do Mundo", Dilma — ou sua assessoria — interagiu com três figuras conhecidas do futebol brasileiro por meio de uma rede social, os jogadores Neymar e Kaká, e o ex-atacante Ronaldo Fenômeno.

Mas a estratégia de promover a Copa nas redes sociais não funcionou. 
Com frases mecânicas por parte da presidente e respostas quase robotizadas dos craques brasileiros, o que se viu foi: 
"Agora, quero saber do @KAKA, a espera pela #CopaDasCopas agita o mundo todo, não?" e "Sim, @dilmabr, nunca uma Copa vendeu tantos ingressos antecipadamente". Os diálogos acabaram irritando os internautas, que ironizaram o slogan "Copa das copas", questionando quando o Brasil será "o país dos países", e perguntaram se a presidente estava convocando Kaká, por enquanto fora dos planos do técnico Luiz Felipe Scolari.
"Os estádios são obras relativamente simples. (O governo) fará todo o empenho para ser a Copa das copas. Isso inclui estádios, aeroportos, portos e todas as obras necessárias para que a gente seja o país que bem recebe todos que vão nos visitar"
Dilma Rousseff


Análise da notícia
Em campo, a distorção
ALEXANDRE BOTÃO


Cunhado no início dos anos 1980, dentro de uma Apple ainda microcósmica, o termo "campo de distorção da realidade" nasceu como piada interna. Steve Jobs, em sua pirotecnia — carisma, vá lá —, adornava uma história ou um produto de tal modo que criava um "campo de distorção" em torno dela/dele. Assim, Jobs conseguia fazer com que empregados e, de carona, consumidores acreditassem nos superpoderes da companhia. Mesmo quando não havia bulhufas.

Aplicada à Apple, a percepção é engraçadinha. Fora dali, soa ingênua. 
Ou assustadora, a depender do grau de consciência do Jobs da vez. Na terça-feira, a Fifa desembarcou no campo de futevôlei da Arena da Baixada e foi embora sacodindo poeira e deixando ultimato real — o primeiro a uma das sedes da Copa. No dia seguinte, manifestantes protestaram do lado de fora do estádio, na inauguração da Arena das Dunas, enquanto Dilma distribuía pontapé inicial lá dentro.

Quem, no Planalto, insistiu em fazer do discurso de ontem da presidente da República uma hashtag anêmica e ainda acreditou que chegara a ideia brilhante ao orquestrar um Twitter-marionete com Neymar e Kaká prestou desserviço à chefe de Estado (e à própria chefe, claro).

Como resultado, nem a estreia da presidente em outra rede social, essa dedicada à publicação de vídeos, escapou da revolta dos usuários, que bradaram, ainda que protocolarmente, por "escolas, hospitais, segurança...".
No fim das contas, o erro de quem vendeu agenda positiva na web resume-se a uma ironia. O "campo de distorção da realidade" original só funcionou (e funciona até hoje) porque tem torcida literalmente fanática, os fanboys. Já a torcida da Copa do Mundo, quem diria, não é dada a um fanatismo tão cego assim...
Correio Braziliense

janeiro 23, 2014

ONDE TEM P artido T orpe TEM... TRAPAÇA/TRAMBIQUE/TRAMÓIA/CONLUIO E OBSCURIDADE : Contar poupança como receita faz Caixa ganhar duas vezes


A decisão de contabilizar como receita R$ 719 milhões das contas encerradas por irregularidades no cadastro, em 2012, permitiu à Caixa Econômica Federal ganhar duas vezes com os mesmos recursos.

A maior parte do valor, cerca de 97% segundo o banco, estava em contas de poupança, aplicação que serve como fonte de recursos para financiamentos habitacionais. Os bancos captam o dinheiro dos poupadores com a obrigação de pagar mensalmente a remuneração prevista juros de 6,17% ao ano mais a variação da TR (Taxa Referencial) e usam para conceder empréstimos imobiliários, cobrando mais caro dos mutuários.

A diferença é uma receita financeira da instituição, que serve para cobrir custos e ainda gera lucro para o banco. No caso específico das contas de poupança que tinham irregularidade no cadastro, em 2012, a Caixa decidiu que o mesmo dinheiro que lhe garantiu receita financeira também fosse contabilizado como receita operacionalno balanço. 


O procedimento, segundo a Folha apurou, não é permitido pelas normas do Banco Central. Técnicos do próprio governo consultados pela reportagem afirmaram que isso é irregular, a mesma avaliação de analistas especializados em contabilidade bancária.

Após questionamentos feitos pela CGU (Controladoria-Geral da União), o banco estatal anunciou que a operação será desfeita na divulgação do balanço de 2013, prevista para fevereiro.

Para registrar como receita própria os R$ 719 milhões, a Caixa argumenta que "não havia uma norma específica sobre a forma de contabilização desses valores".

O banco ainda respondeu que as chances de os correntistas irem pegar o dinheiro de volta eram baixas. Assim, a instituição precisou reconhecer, em seu balanço, os recursos como receita. 

RESSALVA
Segundo o analista da Austin Rating Luís Miguel Sa
ntacreu, se era considerada correta, a operação deveria ter sido detalhada em nota explicativa na divulgação da contabilidade daquele ano. Se não era, o balanço deveria ter sido publicado com ressalva dos auditores independentes.

Procurada, a PwC (PricewaterhouseCoopers), que auditou o balanço de 2012 da Caixa, alegou que, por questões de contrato, só poderia falar se tivesse autorização do banco estatal.

Questionado, o Ibracon (Instituto dos auditores independentes do Brasil) também não se manifestou. Perguntado se adotou ou adotará alguma punição à Caixa pelo procedimento considerado irregular, o Banco Central respondeu que não se posiciona sobre casos específicos.
SHEILA D'AMORIM/DE BRASÍLIA  
Folha

Saídas de dólares superam entradas em US$ 1,89 bilhão em três semanas


As saídas de dólares do país superaram as entradas, em janeiro, até a última sexta-feira (17). De acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (22), o saldo negativo está em US$ 1,894 bilhão.

A maior parte do saldo negativo vem do fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com US$ 1,782 bilhão. Já o fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) registrou saldo negativo de US$ 112 milhões.

No ano passado, o fluxo cambial fechou negativo em US$ 12,261 bilhões, contra o resultado positivo de US$ 16,753 bilhões, em 2012.

Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil

BRASIL REAL II ! Segunda fase do 'Minha Casa' registra piora do desempenho na baixa renda


Programa vitrine do governo do PT, o Minha Casa Minha Vida, em sua segunda fase, vem entregando em ritmo mais lento as moradias destinadas à população de baixa renda, onde se concentra o déficit habitacional do País.

De acordo com dados do Ministério das Cidades, a segunda etapa do programa (2011-2014) conseguiu entregar até o fim do ano passado 75% de todas as moradias contratadas às famílias enquadradas na faixa 2, com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil mensais. Já para as famílias da faixa 1, com renda familiar de até R$ 1,6 mil, foram concluídas até agora apenas 15% de todas as moradias contratadas.

Na primeira etapa do programa, em 2009 e 2010, a discrepância nos resultados existe, mas é menor. Foram entregues 96% de todas as unidades contratadas pelos clientes da faixa 2. Para a faixa 1, o número de moradias entregues é de 82%. Na faixa 3 (renda de até R$ 5 mil), 81% das unidades habitacionais da primeira fase do programa foram concluídas. Na segunda fase, o número é de 30%.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado à Presidência da República, constatou que, embora tenha havido uma redução no déficit habitacional do País entre 2007 e 2012, na faixa de até 3 salários mínimos ocorreu o inverso: o índice subiu de 70,7% para 73,6% nesses cinco anos.

O Minha Casa Minha Vida foi criado em 2009 justamente para combater o déficit habitacional do Brasil. No entanto, a presidente Dilma Rousseff reconheceu, em novembro do ano passado, que o problema não foi superado e defendeu a prorrogação do programa, que subsidia a compra de imóveis.

Custo. 
A lentidão para a entrega dos imóveis aos mais pobres se deve, segundo o governo, às exigências para a construção e a aquisição dos empreendimentos da faixa 1, cujo subsídio pode chegar a 95% do imóvel.

De 2009 a 2013, o governo federal desembolsou R$ 73,2 bilhões em subsídios para os empreendimentos da faixa 1 e R$ 6,3 bilhões para os da faixa 2.

As unidades habitacionais destinadas aos mais pobres precisam seguir um rito: o governo federal, por meio dos bancos oficiais, contrata uma empresa para a construção do empreendimento, que, depois de pronto, é entregue aos beneficiários selecionados pelas prefeituras.

Cada etapa desse processo, que, em média, segundo o Ministério das Cidades, leva dois anos para ser concluído, é acompanhada pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil.

Nos imóveis destinados às outras faixas, há mais de uma alternativa para a construção e aquisição dos imóveis. Por exemplo, as empresas podem construir com recursos próprios ou outros tipos de financiamentos, respeitando as características e preços do programa. Em seguida, vendem os apartamentos ou as casas a clientes que se enquadrem nas regras do programa.

"Os ritmos têm curvas de comportamento diferentes quando observadas as faixas 2 e 3 e a faixa 1", reconheceram, em nota, o Ministério das Cidades e a Caixa. "Entretanto, a tendência natural é que, nos próximos três anos, a partir deste, a quantidade de unidades entregues na faixa 1 supere as demais."

Segundo os órgãos, quase 1 milhão de unidades habitacionais da faixa 1 foram contratadas depois de 2012, ou seja, ainda estão em processo de construção para serem entregues às famílias selecionadas pelos governos municipais. Somando as duas etapas do programa, foram entregues 537.600 unidades habitacionais, de 1.430.916 contratadas nessa faixa. 

Murilo Rodrigues Alves - O Estado de S.Paulo

BRASIL REAL ! Menos dinheiro em caixa


Chamada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “a mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, principal pacote de investimentos do governo federal, Dilma Rousseff terá menos recursos do Orçamento da União para tocar obras em pleno ano eleitoral. De acordo a proposta orçamentária de 2014 aprovada no Congresso no fim do ano passado, os ministérios e as autarquias terão R$ 81,4 bilhões para a construção de estradas, metrô, universidades, hospitais e presídios, entre outros empreendimentos.

O valor é R$ 5,1 bilhões inferior ao montante estimado para desembolso em 2013. Mas ter dinheiro em caixa também não significa, necessariamente, mais volume de recursos aplicados. A gestão da petista deixou de desembolsar quase R$ 43 bilhões em obras e compra de equipamentos, incluindo projetos do PAC, no ano passado. Os ministérios usaram apenas 52% do total previsto para uso nos 12 meses.

O governo federal investe, principalmente, no transporte rodoviário, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); na Política Nacional de Defesa, com o aparelhamento das Três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica); e com o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

A equipe econômica do governo até que tentou destinar um valor maior para investimentos este ano, quando mandou a proposta ao Congresso. Mas os parlamentares, por meio das emendas, adicionaram menos recursos do que em 2013. Isso ocorreu, entre outros motivos, porque deputados e senadores destinaram metade do que têm direito em emendas individuais à área de saúde, seguindo as novas regras da proposta do orçamento impositivo, que ainda tramita no Legislativo, mas já serviu como parâmetro. O dinheiro serve, principalmente, para o custeio do setor, e não para obras.

Inaugurações
Dilma ainda terá de correr para lançar as obras e sair na foto oficial até o começo de julho. Isso porque a legislação eleitoral impede os candidatos que disputam cargos majoritários de participar de cerimônias de inauguração de empreendimentos três meses antes do pleito. O mesmo ocorrerá com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato à Presidência, e com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que deve deixar o posto até abril para concorrer ao Planalto.

Além das obras do PAC, as principais bandeiras da gestão de Dilma estão na área da saúde, com o programa Mais Médicos, e no setor de habitação, com o Minha Casa, Minha Vida. As duas iniciativas não entram no cálculo do orçamento de investimentos da União. No primeiro, o dinheiro é consumido com os salários dos profissionais de medicina, e não com a execução de obras na área de saúde. O segundo trata de empréstimos de bancos governamentais.

O Ministério do Planejamento afirmou ao Correio que “a base de comparação está errada”. Segundo a pasta, “os valores previstos de investimentos na Lei Orçamentária Anual de 2014 são comparáveis aos valores de investimento empenhados em 2013”. “Cabe lembrar que o orçamento (investimentos) não inclui os recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida”, disse a pasta.

R$ 81,4 Bilhões
Valor aprovado para obras, como estradas, hospitais e universidades


LEANDRO KLEBER Correio Braziliense

63% DE ENDIVIDADOS


As famílias brasileiras estão penduradas no cartão de crédito. Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelam que 75,9% delas têm dívidas com as operadoras do segmento. Comparado a janeiro do ano passado, houve um aumento de quase 2 pontos percentuais.

A modalidade é a que mais causa endividamento no país; em segundo lugar, estão os carnês de lojas do varejo, que respondem por 16% das contas dos consumidores.

O financiamento imobiliário, considerado por especialistas como investimento por ajudar a construir um patrimônio, está no fim da lista dos gastos que mais dominam o orçamento: apenas 7% estão comprometidos com esse tipo de pagamento. O aumento dos juros de operações de crédito, segundo a CNC, fez crescer o número de famílias com débitos.

Em janeiro, 63,4% estavam comprometidas com algum parcelamento. No mês anterior, o número era menor: 62,2%. Ainda assim, a inadimplência (dívida com mais de 90 dias de atraso) permaneceu em baixa. Entre os entrevistados pela entidade, 6,5% declararam não ter condições de honrar os compromissos — comparado a dezembro de 2013, houve um ligeiro recuou de 0,1 ponto percentual.

As expectativas para o primeiro trimestre do ano, no entanto, são de piora no número de calotes. “Durante o ano passado, houve um aumento expressivo de lares endividados, e esse número permanece em um nível elevado”, observou Marianne Hanson, economista da CNC.

VICTOR MARTINS Correio Braziliense

janeiro 21, 2014

SEM MARQUETINGUE ! NO brasil maravilha dos VELHACOS E GERENTONA DE NADA E COISA NENUMA EMBUSTEIRA 1,99 : Criação de emprego em 2013 é a menor em 10 anos


O Brasil criou 1.117.171 empregos formais em 2013, o menor desempenho dos últimos dez anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho. O resultado só foi melhor que o verificado no ano de 2003, quando foram gerados 821.704 vagas no mercado de trabalho.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, contudo, espera um desempenho melhor do mercado de trabalho neste ano. Segundo ele, a estimativa é que o Brasil gere entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de empregos em 2014. "Se fizermos análise dos últimos 3 meses, vemos que há indicativo de aquecimento do emprego", afirmou.

O saldo de empregos em 2013 caiu 18,61% ante 2012, de acordo com a série ajustada, cujo resultado de 2012 é de 1.372.594. Pela série sem ajuste, em que 2012 teve saldo de 868.241, a alta em 2013 foi de 28,67%.

A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do Ministério do Trabalho e Emprego. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.

O setor de serviços foi o que mais gerou empregos em 2013. 
O saldo líquido de geração de vagas em serviços foi de 546.917 vagas no ano passado. O setor de comércio gerou 301.095 vagas; a indústria de transformação, 126.359 vagas; a construção civil, 107.024 vagas; a administração pública, 22.841 vagas; a indústria extrativa mineral, 2.680 vagas; e a agricultura, 1.872 vagas.

Demissões de fim de ano. 
Em dezembro, o Caged registrou um saldo negativo de 449,4 mil empregos - nesse período do ano é normal ocorrer mais demissões que contratações. A saldo de empregos em dezembro, apesar de negativo, foi 10,65% melhor do que o visto em dezembro de 2012, quando houve fechamento de 503.041 vagas pela série ajustada. Já pela série sem ajuste, a melhora foi de 9,56% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o volume de vagas fechadas foi de 496.944.
Use o mouse para explorar o gráfico
O ritmo do emprego | Create infographics

Laís Alegretti e Anne Warth, da Agência Estado

janeiro 20, 2014

A VERDADEIRA HERANÇA MALDITA ! COM O JEITO PETRALHA DE "GUVERNÁ" O BRASIL REAL É UMA CAIXA DE PANDORA : Fundos de pensão terão de reavaliar as reservas


Informou-se, na semana passada, que em 2013 as entidades abertas de previdência privada enfrentaram graves dificuldades para gerir o patrimônio dos participantes dos seus planos. Na última sexta-feira, um balanço dos fundos de pensão - ou seja, das entidades fechadas de previdência privada, patrocinadas, em geral, pelas grandes empresas instaladas no Brasil - mostrou situação bastante semelhante.

Entre dezembro de 2012 e junho de 2013, segundo a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), de uma mostra de 233 fundos de pensão, quase triplicou (de 33 para 98) o número dos que registraram déficit atuarial.

E, segundo a Secretaria de Previdência Complementar (Previc), em setembro o saldo negativo dos fundos, nos primeiros nove meses de 2013, já atingia R$ 24 bilhões, 167% mais do que o apurado em dezembro de 2012, de R$ 9 bilhões.

Como o desequilíbrio representa 3,6% do patrimônio dos fundos, da ordem de R$ 670 bilhões, segundo o jornal Valor, os dirigentes das fundações entendem que a situação não é alarmante. Mas exige providências. 

Os fundos de pensão administram recursos de mais de 3 milhões de famílias. Pouco mais de 20% dos participantes já recebem benefícios. Os administradores dos fundos têm metas atuariais a cumprir - as carteiras devem ter rentabilidade mínima suficiente para que o fundo possa pagar todos os compromissos assumidos com todos os participantes. Em 2010 e 2012, a meta atuarial foi, em média, atingida, mas em 2011 isso não ocorreu e, em 2013, até junho, a rentabilidade foi negativa. 
Motivo: 
títulos públicos e ações perderam valor, provocando redução do patrimônio dos fundos. O prejuízo provocado pelos títulos públicos nos fundos foi da ordem de R$ 62 bilhões, calcula a Abrapp. É um valor contábil, mas se torna efetivo se o participante de um fundo de contribuição definida se aposentar. 

As regras determinam que, se as reservas atuariais forem negativas em 10%, a empresa e os participantes têm de colocar mais dinheiro para equilibrar o patrimônio. Isso é essencial. Em fundos de estatais, as responsabilidades podem recair sobre o Estado - e, em tese, sobre a população. No maior dos fundos (Previ, do Banco do Brasil), as regras mudaram, há sete anos, e novamente agora. A rentabilidade permitiu, então, que os funcionários nada recolhessem entre 2007 e 2013. Neste mês, eles voltaram a recolher.

O Estado de S.Paulo

A paralisia da PETEBRAS


Submetida pelo governo do PT a uma política de preços que a asfixia financeiramente e a uma estratégia que a força a investir maciçamente na área do pré-sal sem ter recursos suficientes para isso, a Petrobrás não está conseguindo acompanhar as rápidas transformações pelas quais passa o mercado mundial de energia. Está perdendo grandes oportunidades e pode estar comprometendo sua capacidade de manter-se, a médio prazo, entre as principais empresas mundiais do setor.

O fato de, em 2013, os Estados Unidos terem deixado de ser seu principal comprador de petróleo, que passou a ser a China, é para ela o sinal mais eloquente das mudanças no mundo da energia.

Nos últimos anos os EUA haviam se tornado fortemente dependentes de países dos quais importavam petróleo maciçamente, como a Arábia Saudita. Mas, com o aumento rápido de sua produção interna de gás e de óleo de xisto, essa dependência vem se reduzindo rapidamente, o que poderá ter consequências políticas.

Relatórios internacionais indicam que já em 2015 os EUA poderão tornar-se o principal produtor mundial de gás natural, à frente da Rússia. Em 2017, poderão superar a Arábia Saudita na produção de petróleo (deverão continuar atrás da Rússia nesse caso). E é possível que, de grandes importadores, se tornem exportadores líquidos de combustível em meados da próxima década.

Em algum momento, a rápida mudança do papel dos EUA na produção mundial de gás e óleo alterará também - para o bem ou para o mal dos diferentes agentes do mercado - as cotações desses produtos. Há o risco de as novas cotações tornarem inviáveis projetos em andamento de exploração de petróleo cujos custos baseiam-se no preço atual do óleo, de US$ 90 a US$ 120 o barril.

Estudos combinando o aumento da produção em áreas novas, como a do pré-sal, com a eventual redução da demanda de petróleo convencional, em razão do aumento da produção a partir do xisto, não afastam a possibilidade de o preço do barril cair para US$ 50.

Tudo isso poderá ocorrer em intervalo relativamente curto. Basta ver que a fatia do gás de xisto na produção de gás natural dos EUA pulou de 4% a 5% do total em meados da década passada para 34% em 2012. A projeção da agência oficial americana de estudos de energia é de que, em 2040, o gás de xisto responda pela metade da produção do país. O impacto do aumento da produção de gás de xisto sobre os preços foi notável.

Em 2008, a cotação do gás natural estava em cerca de US$ 13 por milhão de BTU (British Thermal Unit, tradicional medida de energia) e atualmente está em cerca de US$ 4.

No caso do petróleo, a fatia do xisto já está perto de 30% do total produzido nos Estados Unidos. É possível que, mesmo com o aumento do óleo de xisto, os EUA continuem sendo importadores líquidos de óleo pelo menos até 2040, mas em proporção bem menor do que a atual. A redução das importações, já em curso, teve como resultado mais visível para o Brasil a queda das exportações da Petrobrás para os EUA.

Nenhuma dessas mudanças foi levada em conta pelos integrantes do governo do PT que - desde o primeiro mandato de Lula, iniciado em 2003, até agora - impuseram o atual modelo de gestão à Petrobrás. Ela hoje arca com as consequências técnicas, financeiras e operacionais desse modelo.

Usada para a acomodação de interesses partidários, a empresa perdeu parte de sua capacidade gerencial em razão de nomeações de natureza política. Transformada em instrumento de combate à inflação, foi submetida a uma política de severo controle dos preços dos derivados de petróleo, que lhe impôs perdas substanciais, porque teve de produzir e importar - pois não ampliou sua capacidade de refino para atender à demanda crescente - a um custo maior do que o valor dos produtos que vende.

A política de exploração do petróleo do pré-sal impôs obrigações técnicas e financeiras a que ela não consegue responder com a eficiência e a presteza necessárias. Nesse quadro, dificilmente poderia acompanhar as rápidas mudanças que ocorrem em todo o mundo.

O Estado de S.Paulo 
A paralisia da Petrobrás

brasil maravilha E A DEPENDÊNCIA DA ETERNA EXPECTATIVA X REALIDADE E A INSUSTENTÁVEL NÃO LEVEZA DO CRESCIMENTO : O fiasco dos incentivos

Mais um dado negativo - uma nova redução da atividade medida pelo Banco Central (BC) - reforça as apostas em um mau resultado em 2013. Em mais um ano de baixo desempenho, a economia brasileira deve ter crescido entre 1,9% e 2,3%, segundo as melhores projeções conhecidas até agora. Nada, por enquanto, permite uma avaliação mais otimista. As últimas informações cobrem o período até novembro e reforçam as apostas em um número final pífio.

Em novembro, o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) foi 0,31% menor que em outubro e 1,94% maior que um ano antes, nas séries com desconto dos fatores sazonais. O crescimento acumulado em 12 meses chegou a 2,61%. O IBC-Br é considerado uma prévia, embora imperfeita, do Produto Interno Bruto (PIB). As contas nacionais de 2013, com os dados finais do PIB, só serão publicadas em 27 de fevereiro, segundo a pauta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O recuo da atividade apontado pelo BC combina com os últimos números da indústria divulgados neste mês. O setor industrial - em outros tempos o mais dinâmico da economia brasileira - perdeu vigor nos últimos anos, ficou estagnado nos três anos deste governo e perdeu espaço tanto no exterior quanto no mercado interno. Os dados mais novos confirmam as dificuldades de recuperação do setor. A produção industrial diminuiu 0,2% de outubro para novembro, ficou 0,4% acima da observada um ano antes e cresceu 1,1% em 12 meses.

A pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) proporciona uma perspectiva a mais para o exame do fraco desempenho do setor. O faturamento real, isto é, descontada a inflação, caiu 7,2% de outubro para novembro. As horas de trabalho diminuíram 5,3% e o emprego encolheu 0,4%, mas a massa de salários reais aumentou 5,9% e o rendimento médio real dos trabalhadores, 6,3%. A combinação dos dados pode parecer estranha, à primeira vista, mas a maior parte do mistério logo se dissipa.

Apesar do recuo em novembro, o faturamento real de janeiro a novembro foi 4% maior que o do período correspondente de 2012. A explicação deve ser dada principalmente por um aumento de preços bem superior à média observada nos demais setores. A segunda prévia do IGPM de janeiro, publicada sexta-feira, apontou uma alta de 8,09% para os produtos industriais no atacado. No mesmo período, a alta geral dos preços por atacado ficou em 5,38%, e os preços dos produtos agropecuários diminuíram 1,32%.

O mistério parece resolvido, embora os últimos dados do IGPM e da pesquisa mensal da CNI cubram períodos com diferença de um mês e meio.

Há um evidente descompasso entre a evolução do faturamento e a de outros indicadores de atividade. Enquanto a receita aumentou 4%, o número de horas de trabalho na produção ficou estagnado, com variação de apenas 0,1% quando se comparam os períodos janeiro-novembro de 2013 e 2012. Além disso, o uso da capacidade instalada, embora tenha aumentado 0,5% durante o ano, oscilou ao longo de 2013 e caiu 0,2% de outubro para novembro. Neste mês ficou em 82%, descontados os fatores sazonais. Um ano antes estava em 82,4%.

A massa real de salários entre janeiro e novembro foi 2% maior que a de um ano antes. O salário médio real, 1,2% superior ao de igual período de 2012. Os ganhos salariais continuaram, portanto, com a média inflada pelos grandes aumentos concentrados em alguns setores, como o da indústria de derivados de petróleo e biocombustíveis (19,9%) e de produtos químicos (23,2%). Em 11 dos 21 segmentos cobertos pela pesquisa o salário médio real encolheu.

Em outros 3 o aumento real foi inferior a 1%.
Esse quadro é explicável em parte pela inflação e em parte pelo crescimento moderado do emprego. Em 8 dos 21 segmentos houve redução do pessoal empregado.

Os dados da CNI referem-se apenas à indústria de transformação. Na indústria geral, segundo o IBGE, entre janeiro e novembro o pessoal ocupado foi 1,1% menor que em igual período de um ano antes. É evidente o fracasso da política de estímulos à indústria e à recuperação econômica.
O Estado de S.Paulo

ENQUANTO ISSO NO brasil marvilha DA GERENTONA 1,99 "INCOMPETENTA" : Déficit comercial do País é de US$ 2 bi nas três primeiras semanas do ano


A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,475 bilhão na terceira semana de janeiro, resultado de exportações de US$ 3,772 bilhões e importações de US$ 5,247 bilhões. No acumulado do mês, as vendas externas somaram US$ 8,841 bilhões e as importações, U 10,890 bilhões, com saldo negativo de US$ 2,049 bilhões.

Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, 20, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações registraram média diária de US$ 736,8 milhões este mês, alta de 1,5% em relação à média de janeiro de 2013 (US$ 725,8 milhões). Os embarques de produtos básicos subiram 12% por conta, principalmente, de soja em grão, petróleo em bruto, minério de alumínio, farelo de soja e arroz em grãos.

Por outro lado, as exportações de manufaturados caíram 8,5%, puxadas por de açúcar refinado, autopeças, etanol, automóveis de passageiros, suco de laranja congelado e óxidos e hidróxidos de alumínio. As vendas externas de semimanufaturados tiveram queda 3,9% em função da redução dos embarques de alumínio em bruto, semimanufaturados de ferro ou aço, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada e açúcar em bruto.

Nas importações, a média diária até a terceira semana de janeiro de 2014 foi de US$ 907,5 milhões, 0,2% abaixo da média de janeiro de 2013 (US$ 909,4 milhões). As principais quedas nas compras no exterior foram registradas em combustíveis e lubrificantes (-41,7%), farmacêuticos (-10,2%), instrumentos de ótica e precisão (-4,4%) e borracha e obras (-0,8%).
Renata Veríssimo, da Agência Estado