"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 20, 2013

VERSO/REVERSO ! brasil maravilha DOS FARSANTES II : País tem a menor criação de empregos com carteira assinada em 10 anos

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No acumulado do ano até novembro, o País criou 1,5 milhão de empregos com carteira assinada, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira, 20, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O saldo líquido das demissões e contratações de janeiro a novembro deste ano é o menor dos últimos dez anos. O resultado só foi maior do que o verificado entre janeiro e novembro de 2003, quando foram gerados 1,1 milhão de empregos.

De janeiro a novembro do ano passado, o saldo de empregos foi de 1,7 milhão. No mesmo período de 2011, foram 2,3 milhões de vagas. De janeiro a novembro de 2010, o saldo foi positivo em 2,9 milhões, o melhor resultado da série, iniciada em 2002.

Novembro. 
O saldo líquido de empregos formais gerados em novembro foi de 47.486 vagas. O saldo do mês passado é resultado de 1.618.426 admissões e de 1.570.940 demissões.

O resultado ficou dentro do intervalo das previsões obtidas pelo AE Projeções, que iam de 35.464 a 75.000, sem ajuste sazonal, e abaixo da mediana de 51.500 postos, coletada com 12 instituições do mercado financeiro.

A geração de empregos em novembro foi 37,65% menor do que em novembro do ano passado, quando ficou em 76.157 pela série ajustada. Já pela série sem ajuste, a alta foi de 3,02% na comparação com igual mês do ano passado, quando o volume de vagas criadas foi de 46.095.


Na comparação com o mês de outubro, na série sem ajuste, a queda foi de 50%.

A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE e é a preferida do Ministério do Trabalho e Emprego. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.

No mês passado, o setor de serviços foi responsável pela geração de 44.825 vagas. A indústria de transformação registrou um saldo negativo de 34.266 vagas. E a agricultura teve um saldo negativo de 33.183 vagas.


Previsão para dezembro. 
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse acreditar que a quantidade de demissões em dezembro no País deve ser inferior ao registrado em dezembro do ano passado. Em dezembro de 2012, o saldo líquido de geração de empregos formais do Caged ficou negativo em 503.081, com ajuste sazonal. "Dezembro deve ser negativo, sempre é, mas esperamos que não tanto quanto no ano passado", afirmou.
Segundo ele, o resultado do Caged nos últimos meses têm sido melhor que os verificados em igual período do ano passado. "O mercado tem sido melhor do que no ano passado, e a expectativa de investimento também é melhor para 2014." Dias não divulgou números preliminares relacionados ao mês de dezembro. Segundo ele, as empresas enviam os dados que abastecem o Caged ao Ministério do Trabalho entre os dias 1.º e 7 do mês seguinte.

Em 2014. 
Dias disse que a expectativa do governo é que o saldo líquido de geração de empregos formais em 2014 seja superior ao deste ano. De janeiro a novembro deste ano, foram gerados 1.546.999 empregos, número que deve cair devido às demissões que ocorrem em dezembro. "Nossa expectativa é gerar mais empregos em 2014. Seguramente", afirmou. O ministro, no entanto, evitou dar alguma previsão para o saldo do Caged deste ano e de 2014.

 ANNE WARTH - Agencia Estado

brasil maravilha DOS FARSANTES : IPCA-15 dispara

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Apesar de o governo dizer que o pior da inflação já passou, o bolso dos consumidores continua tomando uma sova. O IPCA-15, a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,75% em dezembro, encerrando o ano em 5,85%, acima dos 5,78% de 2012. O resultado superou todas as estimativas do mercado, que apontavam para taxa máxima de 0,70%, e esquentou o debate em torno do indicador final do ano, que será conhecido no início de janeiro.

Há uma clara convicção do Banco Central de que o IPCA ficará abaixo dos 5,84% do ano passado. Mas alguns analistas alertam que ainda não há uma garantia de que isso aconteça. Pelas contas de Flávio Combat, economista-chefe da Concórdia Corretora, o índice final de 2013 será de 5,90%. Nos cálculos do economista Elson Teles, do Itaú Unibanco, como a inflação oficial de dezembro será de 0,85%, o BC terá de se contentar com a repetição dos 5,84%. Mais otimista, a economia Mariana Hauer, do Banco ABC Brasil, aposta que a autoridade monetária vai comemorar um IPCA menor que o de 2012.

Os consumidores, porém, continuarão sob pressão. Segundo Mariana, quando se abre o IPCA-15, o que se vê é um índice de qualidade ruim. Os 5,85% acumulados no ano só foram possíveis devido às manobras do governo para conter os preços dos combustíveis e as tarifas de energia elétrica.

Gastos pessoais

O IPCA-15 de dezembro foi pressionado, principalmente, pelo grupo de despesas pessoais, com aumento de 1,18%, contra 0,68% de novembro. O salto decorreu da elevação dos custos com excursão, empregado doméstico, cigarro, manicure e cabeleireiro. No ano, essa classe de preços também liderou, com alta de 9,19%, muito acima da taxa geral, de 5,85%. Na contramão, os alimentos deram um importante alívio, com a elevação cedendo de 0,84% para 0,59% no mês.

Alta da gasolina


O grupo transportes também contribuiu para que a prévia da inflação oficial tivesse, em dezembro, elevação superior à projetada pelo mercado. O aumento médio foi de 1,17%, quase o dobro do 0,39% computado no mês anterior. Além das passagens aéreas, com reajuste de 20,15%, a gasolina, com correção de 2,15%, ajudou a fazer estrago no bolso dos consumidores. Juntos, esses dois itens responderam por um quarto de todo o IPCA-15 do dezembro.

"Na bomba está havendo um reajuste maior do que a tradicional conta de transmissão da refinaria para o varejo", disse o economista da LGA Consultores Fábio Romão.

"O IPCA-15 veio muito mais alto do que o esperado e todo mundo já está revendo as projeções para o IPCA. A tendência é muito ruim, de inflação no teto da meta no próximo ano", disse o sócio da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. Segundo ele, quem apostava em uma alta de 0,25 ponto da-Selic em janeiro vai ter de rever suas posições.

VICENTE NUNES Correio Braziliense