"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 10, 2013

"A mágica dos batedores de carteira acabou. A farsa mostra os dentes"

 
Havia uma herança, qualificada de maldita pelos asseclas dos corruptos que transformaram um país real em uma ilusão de circo.

Esta herança permitiu que embriagados governantes e mentirosas coléricas assumissem o comando do Brasil, 
E fossem mitificados. 
Como se tivessem participado de construções que sequer os admitiriam como auxiliares de pedreiro. Como vulgares batedores de carteira, proclamaram-se donos do que roubaram. 

E tentaram mais: 
roubar a história.

Distribuiram cargos a incompetentes. 
Bastava que fossem fiéis ao comando da quadrilha. 
Ressuscitaram cadáveres que sepultamos em cova rasa. 
Uniram-se à podridão, a tal ponto que não conseguimos mais distinguir a lama do esgoto. São uma coisa só.

É caso de festejar o que está por vir? 
O retorno da inflação, o perverso imposto que sufoca a todos?

Não creio. 
Não quero. 
Não desejo.

Mas parece-me inevitável. 
Nada do que se disse, expôs e cobrou foi levado em conta. 
Os ignorantes orgulhosos preferiram debitar as críticas na conta de sempre: 
só discordam do governo iluminado os que sempre são do contra.

Reclamar do inchaço da máquina administrativa? 
Da ineficiência derivada da falta de planejamento? 
Da corrupção que multiplica por dois o valor de qualquer obra? 
Dos companheiros que nunca souberam administrar sequer uma loja de R$ 1,99? 
Da ingerência absurda do Estado na economia, só chamando a odiada (por eles) iniciativa privada quando não há mais conserto nem recurso?

Valeu trocar “privatização” por “desestatização”, como agora se lê?
A fórmula de FHC não era poção mágica. 
Era caminho, direção. 
Eles nunca entenderam isto. 
Os ignorantes que nada sabem fingem saber de tudo.

A Petrobras arrasada por Gabrielli e Lula. 
O BNDES reduzido a agência de socorro para amigos do governo. 
Fundos de pensões estatais aplicam mal e porcamente o dinheiro dos associados.

E assim se cria uma ilusão. 
Guido Mantega, como Cristina Kirchner, já é uma piada internacional. 
A credibilidade que o Brasil conseguiu ─ a duras penas ─ no governo FHC e foi mantida por Henrique Meireles (tucano, nunca aceito pelos geniais economistas do PT!) está perdida.

A nós resta a certeza de que virão dias difíceis. 
A mágica acabou. 
A farsa mostra os dentes.
Restará uma herança. 
Esta sim, maldita.

Na era da mediocridade, perdemos o que ganhamos.
A dignidade, 

a ética, 
a supremacia da verdade, 
o respeito ao estado de direito e à diversidade de ideias, 
isso já estava perdido.

Perderemos a última construção de governos anteriores.
Eles não se importam. Nunca se importaram com nada que não fosse elogio ou histérica idolatria.

O que vai sobrar?
Sem oposição, sem crítica e sem quem nos represente, resta observar o covil dos lulopetistas destruindo com as patas sujas o que nunca conseguiram entender.

E que nós, mais uma vez, teremos que reconstruir.
Resta saber com quem.
  REYNALDO ROCHA

PARA VELHACOS, VELHACO E MEIO ! Os novos (enrolados) donos do "CONGREÇU" TORPE E DE NULIDADES ASSENHOREADO PELA CANALHA.

Eleitos para presidir o Senado e a Câ
ara mesmo cercados por denúncias, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) dividirão o comando do Legislativo brasileiro com parlamentares que também enfrentam problemas na Justiça. A dupla do PMDB terá a companhia nas Mesas Diretoras de sete congressistas - cinco senadores e dois deputados - que respondem a ações ou inquéritos judiciais.

Além disso, as reuniões de líderes dos partidos no Congresso também passarão a ter a presença de uma nova elite, que chega ao poder com vistoso currículo de denúncias.

A lista de acusações contra os novos "donos do Congresso" é ampla: compra de votos, formação de quadrilha, fraude em licitações, corrupção e improbidade administrativa. Nada, entretanto, que impeça os principais partidos políticos do país de escolhê-los para cargos de comando na esfera federal.

No Senado, cinco parlamentares que ocuparão cargos na Mesa Diretor enfrentam processos e investigações na Justiça. A começar pelo primeiro na linha sucessória de Renan Calheiros, o vice-presidente da Casa, Jorge Viana (AC), do PT. Ele é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por compra de votos, declaração falsa em documento eleitoral e recebimento de doação proibida pela Lei Eleitoral.

Na sequência da hierarquia da Casa, o próximo da lista é Romero Jucá (PMDB-RR), que também tem o nome relacionado a inquéritos no Supremo. Em um deles, o peemedebista figura como integrante de um esquema de desvio de verbas federais em obras municipais em Roraima. Em outro, as investigações do Ministério Público são de desvio de contribuições previdenciárias e crimes contra a ordem tributária.

Recentemente, Jucá passou também a responder a inquérito que apura a origem e o destino de 100 000 reais jogados pela janela de um carro pelo empresário Amarildo Freitas. Às vésperas das eleições de 2010, o empresário, ligado a Jucá, se desfez do pacote de dinheiro após uma perseguição da Polícia Federal.

Na Mesa Diretora, completam a lista dos enrolados com a Justiça Ciro Nogueira (PP-PI) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). No caso do tucano, que ocupa uma espécie de “prefeitura do Senado”, a acusação é que a empresa Engeplan, que pertenceu ao parlamentar e era contratada do governo do Pará, desviou recursos públicos para pagar despesas de campanha de candidatos do PSDB nas eleições de 2002.

Contra Ciro Nogueira, as suspeitas são de lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de quadrilha. De acordo com a investigação policial, o parlamentar utilizava o Ministério das Cidades e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), feudos do PP, para direcionar criminosamente para suas empresas contratos publicidade e de prestação de serviços. 
O primeiro suplente, Magno Malta (PR-ES), responde a processo por crime eleitoral, e o segundo suplente, Jayme Campos (DEM-MT), é formalmente réu por transferir irregularmente terras do estado por meio de certidões falsas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Na lista de pendências judiciais contra Campos, ex-governador de Mato Grosso e ex-prefeito de Várzea Grande, também aparecem processos por desvio de recursos públicos, fraude em licitações e crime de responsabilidade.