"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 11, 2012

BOAS VINDAS NO LE MONDE... Corruption : l'un des condamnés du procès du "mensalao" implique CACHACEIRO

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQJyqKroD6tdU_CsxPDBQff2YnefFCt6_rGxnkVCa-7i-duwg22l-CN3RGcR16m5S_3DHASSlBve_wevuF8NIu2X56uBcXTs92pTQuc9NcGDP3zc4uKzq_5STRHZrqthWWYkZ1WI4PWHc/s1600/monde.png

 Marcos Valério, um publicitário condenado a 40 anos de prisão em conexão com o julgamento(mensalão) que começou no início de agosto, antes do Supremo Tribunal Federal, disse que transferiu US $ 50 000 para "despesas pessoais" Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, através da conta bancária de uma equipe de Lula.

O jornal francês cita Valério como um dos pivôs do escândalo

AS DIGITAIS DO CACHACEIRO PARLAPATÃO ASQUEROSO. O FILHO... do brasil


O julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal deveria terminar amanhã. Deveria, porque o principal responsável pela montagem do maior esquema de corrupção já conhecido na história do país não está entre os réus ora denunciados e condenados. Mas agora Luiz Inácio Lula da Silva poderá ter um julgamento todinho para ele. Se dúvidas havia, agora não há mais: o ex-presidente da República foi parte ativa do mensalão.

O dinheiro sujo do esquema de corrupção que o PT instalou dentro da máquina pública federal quando assumiu o poder foi usado para pagar contas pessoais de Lula, revela O Estado de S.Paulo em sua edição de hoje. A informação consta das 13 páginas de depoimento prestado pelo publicitário Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República em 24 de setembro passado. Foram três horas e meia de relato.

O esquema que drenou milhões de reais dos cofres públicos para bancar a compra de votos, e sabe-se lá mais o que, pelos partidários de Dilma Rousseff foi montado logo no iniciozinho da gestão petista. Os repasses de Valério para custear as despesas pessoais de Lula aconteceram já no começo de 2003, quando ele mal assumira a presidência da República.

O operador do mensalão afirmou que as operações para levantar o dinheiro que seria usado para pagar contas pessoais de Lula foram acertadas numa sala do segundo andar do Palácio do Planalto. Na reunião estavam ele, José Dirceu e Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT - todos os três já devidamente condenados pelo STF a passar anos em cana.

Na ocasião, foi definido que Valério tomaria empréstimos em bancos e amealharia dinheiro sujo de empresas para custear o mensalão. A primeira operação seria de R$ 10 milhões, logo somada a outra de R$ 12 milhões. O céu era o limite. Instantes depois da conversa, o grupo foi levado ao gabinete presidencial para narrar a Lula o que fora acertado: em resposta, Valério ouviu um "ok" do então presidente.

O dinheiro chegaria a Lula por meio de contas de uma empresa de segurança de um antigo colaborador do ex-presidente: Freud Godoy. Dois repasses teriam sido realizados. A CPI dos Correios identificou um deles, feito em 2005, no valor de R$ 98.500. Sobre o outro, ainda não há maiores detalhes, mas dinheiro não era problema para Godoy: ele também é um dos aloprados pegos pela Polícia Federal em 2006 por participação na compra de um falso dossiê contra tucanos, envolvendo R$ 1,75 milhão em cédulas.

Além da participação direta de Lula no esquema, o depoimento de Valério também reforça o total controle que José Dirceu detinha sobre o mensalão, não deixando sombra de dúvida sobre a condenação dele a dez anos e dez meses de cadeia, decidida pelos ministros do Supremo. "Ao longo dessa reunião, Dirceu teria afirmado que Delúbio, quando negociava com Valério, falava em seu nome e em nome de Lula", cita o Estadão.

Por tudo o que sabe, e pelo muito que ainda não revelou, Valério é um arquivo vivo na mira do alvo do PT. Não é figura de retórica: no depoimento de setembro, o publicitário afirmou ter sido ameaçado de morte pelos partidários de Lula, Dilma e José Dirceu. Ele teria ouvido de Paulo Okamotto, pessoa de estrita confiança do ex-presidente e hoje nada menos que o diretor-presidente do Instituto Lula, as seguintes frases: "Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você. Ou você se comporta, ou você morre". Na máfia também é assim.

Vale lembrar que Okamotto foi alvo de investigações do esquema do mensalão feitas pela CPI dos Bingos, em 2005. Na época, descobriu-se que ele pagara uma dívida de quase R$ 30 mil contraída por Lula. Aos parlamentares, o então presidente do Sebrae não explicou por que quitara o compromisso. Na época, a CPI aprovou a quebra de sigilo de Okamotto, mas liminar concedida por Nelson Jobim, então presidente do Supremo, impediu que seus dados bancários, fiscais e telefônicos fossem investigados. Valeria retomar a investida.

Até porque a teia de negócios e crimes do PT vai muito além do mensalão. No depoimento dado em setembro, Valério também relatou o envolvimento do então presidente da CUT e hoje prefeito de São Bernardo (SP), Luiz Marinho, na edição de uma medida provisória que fez o lucro do banco BMG, uma das caixas-fortes do mensalão, triplicar. No Estado do PT, tudo vira fonte de dinheiro.

O publicitário contou, ainda, que o então secretário-geral do PT, Silvio Pereira, também o procurou para pedir R$ 6 milhões para tentar sossegar um empresário que ameaçava envolver capas-prestas do partido, como José Dirceu e Gilberto Carvalho, hoje secretário-geral da Presidência, na morte de Celso Daniel, prefeito de Santo André (SP) executado em janeiro de 2002.

Ontem, Lula e a presidente Dilma Rousseff conversaram por duas horas e 40 minutos num encontro a portas fechadas em Paris em que a imprensa foi mantida a profilática distância. Supõe-se que tenham falado das falcatruas que Rosemary Noronha aprontou no gabinete da Presidência da República em São Paulo. Mas é possível que tenham tratado de muito mais escândalos, inclusive as novas revelações de Valério. Assunto para isso os dois têm de sobra...

Nestes quase oito anos desde que o mensalão foi revelado, o PT sempre tentou livrar a cara de Lula, que chegou a dizer que fora "traído" pelos seus companheiros de partido. Vê-se agora que, na função de presidente da República Federativa do Brasil, ele protagonizou uma farsa e avalizou pessoalmente um assalto ao patrimônio público. Por um Fiat Elba, um presidente foi apeado do cargo. Pelo conjunto de sua obra, Lula merecia ser banido da vida política brasileira.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
As digitais de Lula 

O humanista que amava Stálin

Oscar Niemeyer era quase uma unanimidade. A reação à sua morte comprova isso. Mas será que tanta reverência se deve somente às suas qualidades artísticas? Muitos consideram que Niemeyer foi um gênio. Não sou da área, não me cabe julgar. Ainda assim, não creio que tanta idolatria seja fruto apenas de suas curvas.

Tenho dificuldade de entender por que o responsável pelo caríssimo projeto da construção de Brasília, o oásis dos políticos corruptos afastados do escrutínio popular, mereceria um prêmio em vez de um castigo. 
Por acaso as pirâmides do Faraó eram boas para o povo?
 Mas divago.

Eis a questão: 
por que Niemeyer foi praticamente canonizado? 
Minha tese é que ele representava o ícone perfeito da CHEC (Comunistas Hipócritas da Esquerda Caviar). No Brasil, você pode ser podre de rico, viver no maior conforto de frente para o mar, mamar nas tetas do governo, desde que adote a retórica socialista.

Falar em “justiça social” enquanto enche o bolso de dinheiro público, isso merece aplausos por aqui. Já o empresário que defende o capitalismo, produz bens demandados pelo povo e não depende do governo é visto como o vilão. Os discursos sensacionalistas valem mais do que as ações concretas. Imagem é tudo!
As curvas traçadas pelo “poeta do concreto”, que considerava o dinheiro algo “sórdido”, custavam caro. Quase sempre eram pagas pelos nossos impostos. Foram dezenas de milhões de reais só do governo federal. Muito adequado o velório ter sido no Palácio do Planalto, o maior cliente do arquiteto. Licitação e concorrência? Isso é coisa de liberal chato.

Niemeyer virou um ícone contra o excesso de razão nas construções, mas acabou com extrema escassez de razão em suas ideias políticas. Sempre esteve do lado errado, alimentado por um antiamericanismo patológico. Defendeu os terroristas das Farc, os invasores do MST e o execrável regime comunista, mesmo depois de cem milhões de vidas inocentes sacrificadas no altar dessa ideologia.

Ele admirava os tiranos assassinos Fidel Castro e Stalin, e chegou a justificar seus fuzilamentos. Até o fim de sua longa vida, usou sua fama para disseminar essa utopia perversa, envenenando a cabeça de jovens enquanto desfrutava do conforto capitalista.

No meu Aurélio, há uma palavra boa para definir pessoas assim, que curiosamente vem antes de “craque” e depois de “crânio”. 
Talvez Niemeyer fosse as três coisas ao mesmo tempo.

Roberto Campos certa vez disse:
 “No meu dicionário, ‘socialista’ é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros.” Bingo!

Para quem ainda não está convencido de que toda essa comoção tem ligação com sua pregação política, pergunto: 
seria a mesma coisa se ele defendesse com tanta paixão Pinochet em vez de Fidel Castro? A tolerância seria a mesma se, em vez de Stalin, fosse Hitler o seu guru?

E não me venham dizer que são coisas diferentes! Tanto Stalin como Hitler eram monstros, da mesma forma que o comunismo e o nacional-socialismo são igualmente nefastos. Que grande humanista foi esse homem que defendeu até seu último suspiro algo tão desumano assim?

Acho compreensível o respeito pela obra de Niemeyer, ainda que gosto seja algo subjetivo e que a simbiose com o governo mereça críticas. Entendo o complexo de vira-lata que faz o povo babar com os poucos brasileiros famosos mundialmente. Mas acho inaceitável misturarem as coisas e o colocarem como um ícone do humanismo. Não faz o menor sentido.

Seu brilhantismo como artista não lhe dá um salvo-conduto para a defesa de atrocidades. É preciso saber separar as coisas, o gênio artístico do homem e suas ideias. E tenho certeza de que não é apenas sua arquitetura que gera essa idolatria toda. Basta ver a reação quando questionamos a pessoa, não o arquiteto.

Sua neta Ana Lúcia deixou clara a confusão: 
“As ideias que ele tentou passar de humanismo, justiça social, isso é tão importante quanto as obras dele. Acho que a gente tem que preservar e difundir o pensamento dele.” Como assim?

Aproveito para avisar que sou sensível ao sofrimento das vítimas do comunismo, mas sou imune à patrulha ideológica da CHEC. A afetação seletiva da turma “humanista” não me sensibiliza. É até cômico ser rotulado de radical por stalinistas.

Por fim, espero que Niemeyer chame logo seu camarada Fidel Castro para um bate-papo onde ele estiver, e que lá seja tão “paradisíaco” como Cuba é para os cubanos comuns. 

Talvez isso o faça finalmente mudar de ideologia…

Rodrigo Constantino. 

Uma nota de três reais



A cada nova mani­festação oficial do PT a respeito da situação políti­ca nacional fica mais evidente seu desapreço à verdade e à coerência, das quais, desde sempre, o lulopetismo se autoproclama monopolista.

Não fu­giram à regra as declarações do presidente nacional da legenda após a reunião da Executiva na­cional, na semana passada. Rui Falcão repetiu basicamente as mesmas bravatas, as mesmas mistificações e as mesmas pro­messas que o PT. proclama há mais de 30 anos, sem mudar na­da de essencial num discurso que omite, é claro, o fato de que há pelo menos uma déca­da, desde que chegou ao gover­no da União, mudou essencial­mente sua prática política.

Em outras palavras, o partido "dos trabalhadores", que nasceu com o alardeado compromisso de reformular profundamente um sistema político armado pa­ra beneficiar as "elites", aliou-se ao que há de pior no coronelismo brasileiro.

Em nome da "governabilidade" loteou a ad­ministração federal e arquite­tou um atrevido plano de com­pra do apoio dos "300 picare­tas" do Congresso. Abriu espa­ço para seus próprios picaretas atuarem livremente na tarefa de colocar o governo a serviço de interesses privados. Em re­sumo: o PT prega uma coisa e faz outra.

Encontra, porém, uma justifi­cativa para malfeitos, como a corrupção de parlamentares condenada pelo STF: tudo é parte da "missão histórica" de lutar pelos oprimidos. Assim, por se colocar do lado do Bem, o PT tem moral para cometer atos que só parecem condená­veis aos olhos do verdadeiro Mal: as elites opressoras e a burguesia egoísta.

Aí vem Rui Falcão e protesta:
querem des­truir o PT numa campanha que "estimula o preconceito contra a política". Como se o PT já não se tivesse encarregado de estimular vivamente o precon­ceito contra a política, primei­ro, ao descrevê-la como domi­nada por "picaretas"; depois, já no poder, em vez de tentar aca­bar com os "picaretas", ao esco­lher o caminho mais fácil de pu­ra e simplesmente suborná-los.

É claro que as falácias lulope-tistas só prosperam porque plantadas no campo fértil da ig­norância e da desinformação. Assim, uma vez denunciadas, parece mais impressionante do que elas o sentimento de pro­gresso material de um impor­tante contingente de brasilei­ros antes mantidos à margem do consumo. É inegável essa conquista social dos governos petistas e impõem-se, a todos, o dever de lutar para ampliá-la.

O que não se pode admitir é que o mérito dessa e outras rea­lizações seja usado como pre­texto para elidir o enorme de­mérito que significa atrelar o projeto de poder do PT à depre­ciação de valores democráticos e verdadeiramente republica­nos, como a independência da representação popular (que não pode ser comprada); o res­peito às prerrogativas constitu­cionais dos poderes (que não podem ser contestadas confor­me as conveniências); e a im­pessoalidade da administração pública (que não pode ser transformada em repasto de companheiros e companheiras e mero instrumento de poder).

No exercício do poder, o lulo-petismo aproveita-se cinica­mente do fato de a massa popu­lar estar mais preocupada com o próprio bolso do que com questões republicanas. E so­mente a partir de níveis míni­mos de educação, de informa­ção e da consequente conscien­tização política que o simples consumidor se transforma em cidadão capaz de ter o domínio de seu próprio destino. Se a educação não encontra nos go­vernos o nível mínimo de prio­ridade que a verdadeira cons­ciência democrática exige, pelo menos a informação precisa continuar circulando.

E é exata­mente por essa razão - por te­mer os efeitos que, mais cedo ou mais tarde, a informação so­bre suas falácias e mistifica­ções cale na consciência dos brasileiros - que os petistas odeiam a imprensa livre e, mais uma vez, proclamam a ne­cessidade de "regulamentá-la". De novo, dissimulam sua verda­deira intenção: aplicar aqui, em maior ou menor grau, a censu­ra praticada pelo decrépito regi­me cubano, pelos regimes "bolivarianos" da Venezuela, Equa­dor e Bolívia e pelo regime sui generis da Argentina. Em resu­mo, o discurso petista é falso como uma nóta de três reais.

O Estado de São Paulo 

Joaquim Barbosa diz que denúncias de Valério devem ser investigadas


O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, disse nesta terça-feira acreditar que as novas denúncias de Marcos Valério devem ser investigadas. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o publicitário afirmou em depoimento à PGR em setembro que repassou dinheiro do mensalão para despesas pessoais de Lula. Ainda segundo o depoimento, o ex-presidente deu ok para os empréstimos feitos para o pagamento de parlamentares em troca de apoio político.

Lacônico, Barbosa não quis comentar o assunto, mas respondeu rápido sobre o tema quando foi perguntado sobre a necessidade de investigação.

- Creio que sim - disse sobre a necessidade de apurar o caso, após sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que Joaquim também preside.

A oposição cobrou, nesta terça-feira, investigação do envolvimento de Lula com o mensalão. O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), e o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR), pediram a abertura imediata, pelo Ministério Público Federal, de inquérito sobre as novas denúncias do publicitário. O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que também defende a investigação, deve apresentar um requerimento para ouvir Valério no Senado.

Em Paris, onde participa de evento com a presidente Dilma, Lula informou que não vai se pronunciar sobre o caso.

Valério foi condenado a 40 anos, um mês e seis dias de prisão pelo envolvimento no mensalão, além de multa de R$ 2.783.800. Ele procurou espontaneamente o Ministério Público na tentativa de conseguir, com as novas revelações, uma redução na pena, por meio da delação premiada.

O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal vão decidir como serão investigadas as novas denúncias feitas pelo operador do mensalão. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já disse, em outubro, que as revelações não terão efeito prático no processo em julgamento no STF, mas podem ser inseridas em novo inquérito judicial ou ser apuradas inicialmente pelo MP.

DESESPERO NA HORDA ! Em Paris, CAHACEIRO PARLAPATÃO diz que não há nenhum comentário a fazer

Em Paris, onde participa de evento com a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou na manhã desta terça-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há nenhum comentário a fazer sobre as acusações do publicitário Marcos Valério, de que teria pagado despesas pessoais do petista em 2003. A revelação foi publicada nesta terça-feira pelo jornal Estado de S. Paulo, que teve acesso a depoimento de Marcos Valério à Procuradoria Geral da República.

O diretor do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que, segundo Marcos Valério, teria ameaçado o publicitário de morte caso denunciasse o esquema do mensalão, negou que o tenha pressionado. Ele duvidou ainda de que Marcos Valério tenha feita tais afirmações em depoimento à Procuradoria Geral da República.

Não sei se ele falou isso. Estou fora do Brasil. Eu nunca ameacei ele de morte, ele sabe disso. Eu acho que isso é uma confusão. Ele nunca me emprestou dinheiro, nunca fez nada para mim, não tem por que ameaçá-lo. Eu vou me posicionar quando retornar ao Brasil e ler o depoimento afirmou Paulo Okamoto, que acompanha o ex-presidente petista em Paris.

O prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho, acusado por Marcos Valério de ter sido intermediário de edição de medida provisória que beneficiou o BMG, negou, por meio de nota, que tenha favorecido alguma instituição financeira. Os empréstimos do banco, que nega ter sido beneficiado, foram considerados fradulentos pela Suprema Corte no julgamento do escândalo do mensalão.

Como então presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho levou ao governo federal a proposta de instituição do crédito consignado em folha, medida que reduziria o risco de inadimplência, acabando com o argumento dos bancos para cobrarem as taxas exorbitantes que cobravam. Após aprovada a legislação, Luiz Marinho reuniu-se com a direção de um conjunto de instituições financeiras entre elas Banco do Brasil, Bradesco, Santander, BMG para que as melhores taxas fossem oferecidas aos trabalhadores, afirmou.


Desespero
Em face das denúncias, as lideranças do PT saíram nesta terça-feira em defesa do ex-presidente petista. Na avaliação delas, as revelações não implicam o líder do PT no escândalo do mensalão e demonstram desespero de Marcos Valério, condenado a uma pena de 40 anos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), se houvesse realmente uma denúncia contra o ex-presidente petista, Marcos Valério deveria tê-la feito antes, e não após a sua condenação.

Se ele tivesse realmente uma denúncia, teria feito antes. Não há nada que implica o Lula, é uma conversa de uma pessoa desesperada. Não tem base material. Todos nós sabemos que não é verdade afirmou.

O deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), amigo do ex-presidente petista, avalia que as denúncias não procedem e não atingem Luiz Inácio Lula da Silva.

Por que ele falou apenas agora? Por que ele não falou na época? Isso não procede e não nos atinge em nada. É desespero disse.

Segundo o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), é mais uma tentativa de Marcos Valério para diminuir a pena dele, envolvendo o ex-presidente petista:

É mais uma grande jogada do Marco Valério. Em troca da diminuição da pena dele, fornece elementos para abertura de inquérito envolvendo Lula na história. O objetivo dele e dos que estão apoiando ele é criar constrangimento e atingir o PT afirmou.

O deputado petista disse que é preciso aguardar para avaliar o impacto das declarações de Marcos Valério.

Não sabemos do impacto que isso vai ter. Temos que esperar. 
Eu não acredito ( que o Lula soubesse e esteja envolvido) disse.

Rui Falcão

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, negou, na manhã desta terça-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que o partido tenha pago honorários aos advogados de Marcos Valério.

Às 12h15m, ele divulgou uma nota. Leia abaixo, na íntegra:

A Direção Nacional do PT lamenta o espaço dado pela imprensa para as supostas denúncias assacadas pelo empresário Marcos Valério contra o partido e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso essas declarações efetivamente tenham sito feitas em uma tentativa de delação premiada, deveriam ser tratadas com a cautela que se exige nesse tipo de caso. Infelizmente, isso não aconteceu.

As supostas afirmações desse senhor ao Ministério Público Federal, vazadas de modo inexplicável por quem teria a responsabilidade legal de resguardá-las, refletem apenas uma tentativa desesperada de tentar diminuir a pena de prisão que Valério recebeu do STF.

Trata-se de uma sucessão de mentiras envelhecidas, todas elas já claramente desmentidas. É lamentável que denúncias sem nenhuma base na realidade sejam tratadas com seriedade. Valério ataca pessoas honradas e cria situações que nunca existiram, pondo-se a serviço do processo de criminalização movido por setores da mídia e do Ministério Público contra o PT e seus dirigentes.

Prestes a completar 10 anos à frente do Governo Federal, período em que o Brasil viveu um processo de desenvolvimento histórico e em que as classes populares passaram pela primeira vez a ter protagonismo no nosso país, o PT é alvo constante de setores da sociedade que perderam privilégios.

A campanha difamatória que estamos sofrendo nos últimos meses não impediu nossa vitória nas eleições de outubro e nem conseguirá manchar o trabalho que nosso partido tem realizado em defesa do país, da democracia e, principalmente, da população mais pobre.

Rui Falcão
Presidente Nacional do P T(PARTIDO TORPE)

E NO PAÍS DOS CANALHAS ... Roberto Jefferson chama Marcos Valério de canalha

Em duas publicações em seu blog, o presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, chamou Marcos Valério de canalha e disse que a credibilidade do operador do mensalão é zero. Condenado a sete anos e 14 dias por ter recebido dinheiro do esquema do mensalão, Jefferson comentou o depoimento de Valério ao Ministério Público, revelado pelo Estado de S. Paulo.

Leia as duas notas de Jefferson:

Com as luzes do julgamento do mensalão prestes a apagar, pelo menos por ora, o depoimento sigiloso, prestado a título de delação por Marcos Valério, é vazado ao "Estadão". Valério foi ouvido por duas procuradoras da República depois de ter sido condenado a 40 anos de prisão pelo STF. Magoado, ele envolve Lula diretamente no esquema de seus empréstimos, inclui o caso do prefeito Celso Daniel na história e tempera tudo com uma ameaça de morte que teria recebido do PT. A credibilidade do carequinha, no entanto, já transitou em julgado, é zero.

A história contada por Marcos Valério às procuradoras não me pareceu crível. Ele pode provar o que disse? Além do mais, delação premiada para salvar o próprio coro é coisa de canalha.

CAMUFLADOS COMPARTILHANDO : A NÁUSEA OU : ("Questões conflitantes rondam minha cabeça/ devo pedir cianureto ou champanha?")


O grande Cole Porter tem uma letra de música que diz: "Conflicting questions rise around my brain/ Should I order cyanide or order champagne?" ("Questões conflitantes rondam minha cabeça/ devo pedir cianureto ou champanha?").

 Sinto-me assim, como articulista. 
Para que escrever? 
Nada adianta, nada. 
E como meu trabalho é ver o mal do mundo, um dia a depressão bate. 

A náusea - não a do Sartre, mas a minha. Não aguento mais ver a cara do Lula, o homem que não sabe de nada, talvez nem conheça a Rosemary, não aguento mais ver o Sarney mandando no País, transformando-nos num grande "Maranhão", com o PT no bolso do jaquetão de teflon, enquanto comunistas e fascistas discutem para ver quem é mais de "esquerda" ou de "direita".

Com o Estado loteado por pelegos sem emprego, não suporto a dúvida impotente dos tucanos sem projeto; não dá mais para ouvir quantos, campos de futebol foram destruídos por mês nas queimadas da Amazônia, enquanto ecochatos correm nus na Europa, fazendo ridículos protestos contra o efeito estufa; não aguento mais contar quantos foram assassinados por dia, com secretários de segurança falando em "forças-tarefas" diante de presídios que nem conseguem bloquear celulares.

Não suporto a polêmica nacionalismo-pelego x liberalismo tucano, 
tenho enjoo de vagabundos inúteis falando em "utopias", 
bispos dizendo bobagens sobre economia, 
acadêmicos decepcionados com os "cumpanheiros" sindicalistas, 
mas secretamente fiéis à velha esquerda, 
que só pensa em acabar tom a mídia livre, tremo ao ver a República tratada no passado, nostalgias masoquistas de tortura, 
indenizações para moleques, 
heranças malditas, 
ossadas do Araguaia e nenhuma reforma no Estado paralítico e patrimonialista.

Não tolero mais a falta de imaginação ideológica dos homens de bem, comparada com a imaginação dos canalhas, o que nos leva a retórica de impossibilidades como nosso destino fatal e vejo que a única coisa que acontece é que não acontece nada, apesar dos bilhões em propaganda para acharmos que algo acontece. Odeio a dúvida de Dilma, querendo fazer uma política modernizante, mas batendo cabeça para o PT, esse partido peronista de direita.

Não aturo a dúvida ridícula que assola a reflexão política: 
paralisia x voluntarismo, 
processo x solução, 
continuidade x ruptura; 
deprimo quando vejo a militância dos ignorantes, 
a burrice com fome de sentido, 
balas perdidas sempre acertando em crianças, 
imagens do Rio São Francisco com obras paradas e secas sem fim, 
o trem-bala de bilhões atropelando escolas e hospitais falidos, 
filas de doentes no SUS, 
caixas de banco abertas à dinamite, 
declarações de pobres conformados com sua desgraça na TV.

Tenho engulhos ao ver a mísera liberdade como produto de mercado, êxtases volúveis de "descolados" dentro de um chiqueirinho de irrelevâncias, 
buscando ideais como a bunda perfeita, 
bundas ambiciosas querendo subir na vida, 
bundas com vida própria, mais importantes que suas donas, 
odeio recordes sexuais, 
próteses de silicone, 
pênis voadores, 
sucesso sem trabalho, 
a troca do mérito pela fama, 
não suporto mais anúncio de cerveja com louras burras, 
abomino mulheres divididas entre a "piranhagem" e a "peruice", 
repugnam-me os sorrisos luminosos de celebridades bregas, 
passos de ganso de manequim, 
notícias sobre quem come quem, 
horroriza-me sermos um bando de patetas de consumo, 
rebolando em shoppings assaltados. 
(...)
Políticos se defendendo de roubalheira falando em "honra ilibada", conselhos de ética formado por ladrões, suplentes cabeludos e suplentes carecas ocultando os crimes, anúncios de celulares que fazem de tudo, até "boquete"; dá-me repulsa ver mulheres-bomba tirando foto com os filhinhos antes de explodir e subir aos céus dos imbecis, odeio o prazer suicida com que falamos sem agir sobre o derretimento das calotas polares.

Polêmicas sobre casamento gay, racismo pedindo leis contra o racismo, odeio a pedofilia perdoada na Igreja, vomito ao ver aquele rato do Irã falando que não houve Holocausto, cercados pelas caras barbudas da boçal sabedoria de aiatolás, repugnam-me as bochechas da Cristina Kirchner destruindo a Argentina, a barriga fascista do Chávez, Maluf negando nossa existência, eternamente impune.

Confrange-me o papa rezando contra a violência com seus olhinhos violentos, não suporto Cúpulas do G20 lamentando a miséria para nada, tenho medo de tudo, inclusive da minha renitente depressão, estou de saco cheio de mim mesmo, desta minha esperançazinha démodé e iluminista de articulista do "bem", impotente diante do cinismo vencedor de criminosos políticos.

Daí, faço minha a dúvida de Cole Porter:
devo pedir ao garçom uma pílula de cianureto ou uma "flute" de champagne rosé?

ArnaldoJabor Original/Íntegra : A náusea

MENSALÃO - BASTIDORES : Ministério Público e STF veem acusações com cautela

Centrado no ex-presidente Lula, o depoimento do empresário Marcos Valério foi recebido com cautela pelo Ministério Público e pelo Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, optou por não tocar no assunto até o fim do julgamento do mensalão. Por isso, escalou sua mulher, a subprocuradora da República Cláudia Sampaio, para cuidar do assunto. No Supremo, ministros afirmam que versão contada por Valério poderia enfraquecer a tese consagrada pela Corte de que o ex-ministro José Dirceu tinha o controle do esquema.

Valério tentava, com as novas declarações, obter os benefícios de uma delação premiada. Mas o Ministério Público não aceitou as declarações como uma delação. Por cautela, Gurgel encaminhou a íntegra do depoimento ao Supremo. As 13 páginas chegaram ao presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, e ao relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa. Mas não ficaram nos autos da ação penal do mensalão por razões técnicas.

Gurgel e Joaquim Barbosa preferiram não misturar os novos fatos no julgamento já em curso no Supremo. Um ministro da Corte que teve acesso ao depoimento afirmou que levar para o julgamento essas declarações poderia enfraquecer as provas obtidas pelo Ministério Público e derrubaria a versão de que Dirceu tinha o domínio completo dos fatos. Conforme esse ministro, Dirceu permaneceria com o domínio operacional do esquema. Mas, pela versão contada por Valério, o ex-presidente Lula teria o domínio dos fatos, já que deu seu "ok" para os empréstimos bancários, por exemplo.

Nos bastidores do STF, ministros admitem que o processo poderia parar se o nome do ainda presidente da República fosse denunciado. De acordo com um dos mais experientes integrantes da Corte, o julgamento talvez nunca ocorresse se Lula fosse réu. No Ministério Público, permanece a dúvida sobre o que fazer com as declarações de Valério. A instituição estuda remeter para a primeira instância os trechos envolvendo o ex-presidente, que não tem mais foro privilegiado. Mas integrantes do MPF, afirmam que o depoimento centrado no ex-presidente Lula dificulta a apuração das denúncias.


Felipe Recondo e Alana Rizzo O Estado de S. Paulo 

A HORA E A VEZ DO APRENDIZ DE DÉSPOTA FRUSTRADO, CACHACEIRO ASQUEROSO E PARALAPATÃO, O FILHO... DO brasil : PPS cobra abertura imediata de inquérito contra o CACHACEIRO. Líder tucano quer a convocação de Marcos Valério no Senado


O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), e o líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR), cobraram nesta terça-feira a abertura imediata, pelo Ministério Público Federal, de inquérito para investigar a atuação do ex-presidente Lula como verdadeiro chefe da quadrilha do mensalão. Freire destacou que o partido já apresentou, no início de novembro, o pedido à Procuradoria-Geral da República.

Diante das declarações dadas ao Ministério Público não resta outro caminho. É abertura imediata de inquérito, afirmou Freire em nota.

Na Câmara, o líder do PPS na Casa, Rubens Bueno, disse que a divulgação do teor do depoimento de Marcos Valério agrava ainda mais a situação do ex-presidente.

- Lula já estava complicado com o caso da ex-chefe de gabinete da Presidência da República, Rosemary Nóvoa Noronha, sua amiga íntima que foi indiciada pela Polícia Federal por formação de quadrilha num esquema de tráfico de influência e corrupção. Agora vem à tona a confirmação do que já sabíamos: ele era o verdadeiro chefe do mensalão. O lamentável é que, em vez de se explicar à Nação, Lula se esconde no exterior - criticou.

Tucano quer convovação de Valério

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), deve apresentar um requerimento para ouvir o operador do mensalão, Marcos Valério, em uma das comissões da Casa. Ele quer informações sobre o depoimento prestado pelo publicitário ao Ministério Público, no qual afirmou, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, que o ex-presidente Lula sabia do esquema de corrupção. O tucano também defende que seu partido entre com uma representação pedindo investigação da Procuradoria-Geral da República.

Dias afirmou que o convite para Marcos Valério ir ao Senado seria mais um gesto político, já que a oposição é minoria e teria dificuldade para aprovar um requerimento:
- Não podemos gerar falsas expectativas, mas se não apresentamos, parece que não estamos cumprindo nosso dever. E se apresentamos, parece que estamos gerando falsas expectativas - ponderou o líder do PSDB.

Ele negou que um depoimento de Valério no Senado possa gerar constrangimentos ao PSDB, já que o publicitário também é acusado de ser o operador do mensalão mineiro, que envolveria tucanos como o ex-governador de Minas e atual deputado federal, Eduardo Azeredo.

- Nenhum constrangimento, 1998 está cada vez mais distante - disse o senador tucano, referindo-se ao ano em que teria ocorrido o suposto esquema de corrupção envolvendo o PSDB de Minas.