"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 21, 2012

DESCAMINHOS ! Armas erradas contra a crise

O governo petista está usando as armas erradas para fazer frente à crise que começa a se espalhar pela economia.

Acena com a possibilidade de apelar para um arsenal que mostrou algum resultado no passado recente, mas parece exaurido:
estímulo a crédito e concessão de novos benefícios a setores específicos.
Enquanto isso, o que realmente deveria ser executado não o é:
alavancar o investimento.


O ritmo de investimentos é cadente neste início de ano.
Não apenas o poder público tem fracassado em realizar as melhorias necessárias na infraestrutura, como também os empreendimentos privados estão sendo postos em ponto morto - muitas vezes em razão do desestímulo advindo de medidas oficiais.


Não por coincidência, à medida que os investimentos se reduzem, diminui também a força do crescimento do PIB, como ficou evidente com a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) na sexta-feira passada.

Em março, o índice caiu 0,35% em comparação com fevereiro. Foi o terceiro recuo consecutivo e a nona queda mensal do indicador - que funciona como prévia bastante realista do PIB oficial, calculado pelo IBGE - ao longo dos 15 primeiros meses do governo Dilma Rousseff.

No primeiro trimestre, a atividade econômica cresceu apenas 0,15% ante os três últimos meses do ano passado. A expectativa, mesmo já contaminada por frustrações neste início de ano, era de que tivesse havido avanço de 0,5%. Não deu.

Com a enxurrada de maus resultados, estão indo definitivamente por água abaixo as previsões mais otimistas quanto à evolução da atividade econômica neste ano, alimentadas pelo governo. Isolado, agora apenas o Ministério do Planejamento insiste em projetar 4,5%. Os prognósticos mais realistas nem chegam a 3%.

Diante deste cenário nada animador, o governo Dilma Rousseff parece meio atônito para lidar com a situação. Volta a falar em estimular crédito, reduzir juros e incentivar, novamente, setores como o automobilístico e o de construção, como informa hoje O Estado de S.Paulo.

Ocorre que tal modelo tem apresentado evidentes sinais de esgotamento.
Os níveis de inadimplência estão crescendo e o limite de endividamento das famílias está próximo, quando não ultrapassado.
Ou seja, o motor do consumo não aparenta a vitalidade necessária.


Enquanto envereda por estes descaminhos, o governo simplesmente descuida de fazer a sua parte:
pisar no acelerador dos investimentos.
Folha de S.Paulo mostra hoje que, no primeiro quadrimestre, a queda foi de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em moeda sonante, foram R$ 600 milhões menos:
de R$ 11,1 bilhões para R$ 10,5 bilhões.


No caso do PAC, segundo o jornal, a situação é ainda pior:
redução de 24% nos desembolsos até abril. Os investimentos no programa caíram de R$ 5,5 bilhões, no primeiro quadrimestre de 2011, para R$ 4,2 bilhões neste início de ano.


Há duas semanas, o Estadão havia revelado situação parecida. Dos 492 projetos do PAC com orçamento da União, apenas 84 receberam algum pagamento entre janeiro e abril. Além disso, como tem se repetido nos últimos anos, 96% dos desembolsos feitos no período são de restos a pagar - ainda há R$ 28 bilhões de exercícios anteriores esperando para serem quitados.

Para não ficar apenas nos grandes números, e fiascos de enorme proporção, vale citar alguns programas que ficaram paradões no quadrimestre. É o caso dos desembolsos do Fundo Nacional de Saúde para ampliação e construção de UBS e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento):
nada dos R$ 929 milhões previstos foi aplicado até abril, segundo a ONG
Contas Abertas.

Praticamente a mesma coisa aconteceu com o programa Mobilidade Urbana e Trânsito. Dos R$ 1,4 bilhão previstos para 2012, só R$ 11 mil haviam sido pagos até abril. O governo deve ter lá suas razões, afinal as cidades brasileiras não enfrentam problemas sérios de locomoção e o atendimento público de saúde é de Primeiro Mundo, não é mesmo?

A situação deve piorar.

Analistas mais acurados já preveem que os investimentos poderão até mesmo cair neste ano. Sem que o governo mostre disposição para remover entraves - como os que recaem, por exemplo, sobre o setor elétrico e os portos - o setor privado também está engavetando projetos de expansão.
Não se vê energia, nem saídas à vista.


Catapultar investimentos é receita mais que sabida para impulsionar a atividade econômica. No Brasil, especialmente, uma vez que o país, reconhecidamente, aplica muito pouco em proporção do seu PIB.

Não é aceitável que a gestão petista demonstre tanta dificuldade para fazer o óbvio, enquanto se perde realizando o desnecessário e o indesejável.

Fonte: Instituto Teotônio Vilela
Armas erradas contra a crise

SEM CACHAÇA E "MARQUETINGUE" - "PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO" COM A FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA/GERENTONA DE NADA E COISA NENHUMA... CUMPRINDO PROMESSA :PIB/ INVESTIMENTO / INFRAESTRUTURA/MOBILIDADE URBANA

O mercado manteve a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, e reduziu a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012. De acordo com relatório Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, a previsão mediana ainda é que a Selic terminará 2012 em 8,00% ao ano.

Mas a projeção para o PIB diminuiu, para um crescimento de 3,09%, ante 3,20% esperados no relatório da semana passada.

O documento mostrou ainda que o mercado continua acreditando que o BC reduzirá a Selic dos atuais 9% ao ano para 8,50% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio.

Para 2013, os analistas passaram a esperar uma Selic de 9,50% no fim do ano, enquanto na semana passada esperavam 9,75%.

A redução na estimativa de crescimento econômico veio acompanhada de queda na projeção mediana para a inflação, medida pelo IPCA. No último boletim, economistas esperavam um IPCA de 5,21% neste ano, enquanto na semana anterior projetavam uma taxa de 5,22%.

Para 2013, a perspectiva é de aumento maior dos preços, com o IPCA fechando o ano em 5,60%.


Investimentos

Em um cenário de desaceleração econômica, o governo federal reduziu o ritmo dos seus investimentos e trava, por falta de decisão, obras que podem ser realizadas pelo setor privado.

O primeiro quadrimestre registrou queda de 5,5% nos gastos com novas obras públicas, compras de equipamentos e bens permanentes em relação ao mesmo período do ano passado, que já havia sido considerado fraco.

O valor caiu de R$ 11,1 bilhões em 2011 para R$ 10,5 bilhões

No governo, as previsões são pessimistas. Interlocutores da presidente Dilma Rousseff temem que as reduções de juros e as medidas para alavancar o crédito não deem conta, sozinhas, de impulsionar o crescimento.

A depender dos números até dezembro, Dilma chegará ao terceiro ano de mandato com taxa de crescimento semelhante à média do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), de 2,3%.

A performance do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) também segue aquém do desejado. Os investimentos caíram 24% no quadrimestre -R$ 5,5 bilhões contra R$ 4,2 bilhões em 2011.

Os principais responsáveis pela redução nos gastos federais são órgãos ligados ao Ministério dos Transportes, onde a queda nos pagamentos de obras chegou a 55%.

Obras de infraestrutura de mobilidade urbana

Em 2010, a previsão para este ano era ter R$ 43 bilhões em investimentos em transportes, sendo R$ 28 bilhões financiados pelo governo. No entanto, devido a atrasos de governos estaduais, municipais e do próprio governo federal, apenas R$ 400 milhões foram desembolsados até o mês passado pelos bancos financiadores.

O ritmo das obras também sofre efeito do atraso nos anúncios de marcos regulatórios e decisões prometidos pelo atual governo em praticamente todos os setores da infraestrutura concedidos à iniciativa privada.

Por isso, decisões de novos investimentos por concessionários do setor elétrico, portos, estradas, ferrovias e aeroportos estão engavetadas.


Em alguns casos, a falta de decisão já afeta o financiamento das empresas, que enfrentam dificuldades para conseguir empréstimos necessários a seus projetos.

Fontes:
O Globo e Folha

CARINHOSA(MENTE) ! AINDA SOBRE ENGANAÇÃO : Prometer é fácil - A dívida dos programas de creches


Ainda de madrugada, Ivonilde Pereira dos Santos atravessa algumas ruas para deixar Ezequiel, filho mais novo de uma prole de sete, na casa de uma conhecida. Pelos cuidados com o menino de três anos, a auxiliar de serviços gerais desembolsa R$ 130 por mês.

"Faz muita falta esse dinheiro no meu orçamento", diz a mulher, depois de um dia de trabalho que começa às 6h e termina às 15h.


A solução encontrada por Ingrid Araújo de Jesus foi largar o emprego em uma sorveteria no Plano Piloto quando Yasmin, de um ano, nasceu. "Não ia compensar. Teria que pagar R$ 150, no mínimo. O jeito é esperar que ela cresça mais um pouco", diz a mãe da bebê.

Tanto Ivonilde quanto Ingrid já perderam as esperanças de ter uma creche pública para atendê-las.


Não se encantam nem com a promessa requentada pela presidente Dilma Rousseff, que na última semana anunciou a construção de 6.247 unidades de educação infantil até 2014.

A meta é exatamente a mesma do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil, existente desde 2007 e conhecido pela sigla ProInfância, agora rebatizado de Brasil Carinhoso.

O Ministério da Educação, que gerencia o ProInfância, já repassou recursos a prefeituras para a construção de 4.050 creches em todo esse período, mas apenas 347 unidades estão em funcionamento — 5% das obras encomendadas.

Outras 86 unidades que já foram levantadas, e por isso constam nos registros do governo federal como "concluídas", embora não tenham aberto as portas, padecem de todo tipo de problema, desde demora nas licitações até falta de dinheiro para equipar os espaços e contratar profissionais.

Diante do quadro, não é difícil compreender por que no Brasil apenas 12,4% das crianças de até 3 estão matriculadas em unidades educacionais.
Até os 5 anos, o índice sobe para 18%.


O cientista político Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, observa que, embora a creche seja a etapa escolar que demanda mais dinheiro, cerca de R$ 7,4 mil por mês para cada aluno, é a que menos recebe investimentos.

"A média dos recursos repassados pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) para as prefeituras é de R$ 2 mil.

E sabemos que 85% dos municípios não têm arrecadação, então dependem apenas desses repasses", afirma o especialista. Para fins de comparação, o custo de um aluno no ensino fundamental ou no ensino médio não ultrapassa R$ 3 mil.

Os dados foram calculados pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, no estudo Educação pública de qualidade:

quanto custa esse direito?

Outra meta longe de ser atingida, quando o assunto é creche no Brasil, está no Plano Nacional de Educação, que previa 50% das crianças de até três anos matriculadas em 2010. "A evolução tem sido tão ruim, que o novo plano, prevendo as metas para 2020, repete esse índice", afirma o conselheiro do Movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos.

Segundo ele, a dificuldade na construção das unidades de educação infantil começa pela especificidade da obra. "Não dá para ampliar, reformar, como no ensino regular.
É uma modalidade completamente diferente, em que o aluno precisa mais de cuidado do que de educação no sentido estrito", afirma.

RENATA MARIZ » PAULA FILIZOLA Correio Braziliense

A LUTA DOS VINGADORES CONTRA A REPÚBLICA DOS "ENGANADORES" ! A CONTINUAR NESTA TOADA, O BRASIL REAL ASSENHOREADO, SÓ SE SALVARÁ NA FICÇÃO.


Os fragmentos de narrativa e de conversas que vão vazando das escutas feitas pela PF nas operações Vegas e Monte Carlo vão nos fazendo perder a noção do todo. Aos poucos, os vários pedaços da verdade vão contribuindo para construir o que tem tudo para ser uma grande mentira e um elogio à impunidade. Pensemos.

”Será que Fernando Cavendish, o dono da Delta, está envolvido com jogo do bicho, caça-níqueis, essas coisas?” Não há, até agora, nenhum sinal, certo?
Não existem evidências, pois, de que Cavendish seja sócio de Cachoeira na contravenção, mas há indícios de sobra de que este era parceiro daquele em alguns empreendimentos.
Estão acompanhando?

Outra questão relevante. Ainda que não existisse uma Delta, Cachoeira seria quem é no mundo da contravenção. Essa sua atividade específica independe de contratos com o governo, licitações, obras públicas etc. Assim, ele tem de ser investigado e, dado o que já se sabe, punido por suas ações no jogo.

Atenção para isto:
o contraventor já existia antes de a Delta ser o que é.
Haveria a obrigação de investigá-lo ainda que ele não tivesse contato com construtora nenhuma.

O que estou querendo dizer é que a investigação tem de ser dividida em dois grupos: num deles, encontramos Cachoeira, os caça-níqueis, a exploração do jogo etc.
É coisa séria, que merece atenção? É, sim!
Afinal, ele contava até com parlamentares que atuavam como despachantes de seus interesses, a exemplo do que se depreende de seus diálogos com o senador Demóstenes Torres.

Restringir, no entanto, a investigação a Cachoeira, como quer o PT — defendeu essa posição até numa resolução nacional —, corresponde a fraudar de forma espetacular a verdade.

Quem é Cachoeira mesmo?

Cachoeira é um contraventor que tem de ser punido na forma da lei, independentemente de seus vínculos com Cavendish. MAS ELE TAMBÉM ERA O HOMEM DA DELTA NA REGIÃO CENTRO-OESTE. E agora chegamos ao ponto:
Cavendish não aparece nas conversas de Cachoeira sobre jogo porque, de fato, não tem nada com isso! O bicheiro era o seu operador e intermediário em assuntos no Centro-Oeste.

Seu raio de ação não ia muito além dessa região, especialmente Goiás e o Distrito Federal.

Assim, insisto:
duas investigações precisam ser feitas:
a) a que envolve as ações ilegais do bicheiro como bicheiro;
b) a que envolve as ações do bicheiro como parceiro da Delta.

E é nesse ponto que a coisa fica interessante:
Cachoeira era apenas um dos, digamos, “escritórios” que cuidavam do interesse da empresa. Cavendish, que já declarou ser possível comprar um senador por R$ 6 milhões, ESTABELECEU UMA PARCERIA COM ELE EM ASSUNTOS LOCAIS.
Mas certamente não era o bicheiro que atuava como procurador da Delta no Rio, por exemplo.

Quando Cândido Vaccarezza mandou aquele torpedo amoroso para o governador Sérgio Cabral (PMDB), já sabia que o nome do governador do Rio não frequenta as conversas do bicheiro com sua turma. ORA, NEM PODERIA! Tanto no jogo ilegal como no assalto ao erário, a região de Cachoeira, insisto, é o Centro-Oeste.

O leitor esperto já se tocou, não?

Cumpre perguntar:
quem é o braço operativo de Cavendish no Rio, por exemplo?
O bicheiro pode ser hábil, poderoso e tal, mas aquela não era uma área que ele dominasse.
Podem virar do avesso os contratos de R$ 1,1 bilhão do estado do Rio com a Delta, e duvido que se encontre por ali o dedo de Cachoeira.

A construtora, está claro como a luz do dia, tinha operadores regionais. No Cetro-Oeste, ficamos todos sabendo, parece difícil fazer um negócio sem se molhar na fonte do contraventor, mas não fora dali. Tendo a achar que isso explica aquele rasgo vaccarezzo-shakespeariano.
O petista dirceuzista estava dando garantias a Cabral de que a CPI vai se limitar ao Centro-Oeste e não quer saber dos outros “Cachoeiras” espalhados Brasil afora.

Quem não se lembra?

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) acusaram maracutaias da Delta no Ceará, em 2010!!! A operação Mão Dupla identificou de tudo por lá: propina, fraudes em licitações, desvio de verbas, superfaturamento, pagamentos irregulares e emprego de material de qualidade inferior ao contratado em obras comandadas pelo Dnit.

Um diretor local da Delta, Aluizio Alves de Souza, e o superintendente no Dnit no Estado, Joaquim Guedes Martins de Neto, foram presos. Mesmo assim, o governo celebrou com a construtora outros 31 contratos, no valor de quase R$ 800 milhões. Pergunto: o Ceará estava sob a jurisdição de Cachoeira??? Não! O “homem” da construtora no Estado era outro.

Pergunto outra vez:
“Quem será, hein, o ‘Cachoeira’ de Cavendish no Rio?
Assim como, no Centro-Oeste, foi preciso recorrer ao estado paralelo cachoeirístico para viabilizar negócios, quem terá, nas terras fluminenses, feito pela Delta o que fazia Cachoeira na região central do Brasil? Entenderam o busílis?

Uma coisa é apurar a infiltração da contravenção no estado etc. e tal…
É grave? É grave!
Mas isso, convenham, para os cofres públicos, beira a irrelevância quando se pensa, só para ficar nas obras do PAC, em R$ 4 bilhões! A INVESTIGAÇÃO QUE MAIS INTERESSA É OUTRA:
QUAIS SÃO OS BRAÇOS QUE OPERAM O ESQUEMA DELTA NO BRASIL?
Esse é o ovo de Colombo.
E parece que é isso o que a CPI quer esconder.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que deixou por um tempos a militância em favor da descriminação da maconha para cuidar de outros baratos na CPI, chama a possibilidade de investigar a Delta em escala nacional de “devassa”!!!
Esse é um dos que preferem perseguir a imprensa a ficar no encalço de larápios, que roubam os cofres públicos.

Agora, sim!

Agora, sim!, as coisas parecem mais claras.
Misturar no mesmo imbróglio a jogatina — que tem de ser investigada e punida! — e o esquema Delta corresponde a mentir de forma asquerosa para os brasileiros. No Centro-Oeste, em razão das atividades preexistentes de Cachoeira, essas duas coisas se cruzaram.

Cachoeira ainda é um contraventor local, com aspirações de estender nacionalmente a sua influência. A Delta, nesse sentido, lhe era um canal e tanto.
A teia verdadeiramente nacional é outra:
chama-se Delta.
E é preciso saber o nome dos outros “cachoeiras”.
PARA QUE TODOS SEJAM PUNIDOS POR SEUS EVENTUAIS CRIMES.

Punir apenas Carlinhos Cachoeira, Demóstenes e mais um, dois ou três não é injusto, não, no que diz respeito à turma e às suas ações. Punir apenas essa gente é injusto com o Brasil!
E se trata de mais uma aposta na impunidade, que está na raiz de toda essa lambança.

Se a CPI não investigar para valer a Delta no Brasil inteiro, estará mandando um recado aos demais “Cachoeiras” do esquema:
“Vocês são nossos, nós somos seus, e o Brasil e os brasileiros que se danem”.

Transcrito do Original :
Chega de conversa mole! Matando a charada: “Carlinhos” é só um dos “Cachoeiras” da Delta. Pergunto: “Quem é o ‘Cachoeira’ do Rio, por exemplo?
Texto publicado originalmente às 4h27 desta segunda
Por Reinaldo Azevedo