"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

fevereiro 15, 2012

INADIMPLÊNCIA : CAI O LUCRO DOS GRANDES BANCOS NO QUARTO TRIMESTRE

Os resultados dos cinco maiores bancos do país - Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander - mostram que o setor viveu um trimestre atípico, com queda de lucros, a primeira desde o início de 2009.

Os cinco maiores bancos do país - Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander - tiveram lucro líquido total de R$ 11,86 bilhões no quarto trimestre de 2011.


A queda em relação ao mesmo período de 2010 foi de 9,2%, a primeira nesse tipo de comparação desde o primeiro trimestre de 2009, logo após o estouro da crise financeira internacional.

Em relação ao terceiro trimestre, o recuo no lucro consolidado foi de 6,3%.


O aumento da inadimplência, especialmente das pessoa físicas, é um dos principais fatores que explica a piora nos resultados. Segundo dados do Banco Central sobre todo o sistema, os atrasos subiram de 5,7% em dezembro de 2010 para 7,3% no fim do ano passado.

Se entre outubro e dezembro de 2010 a despesa com provisão para devedores duvidosos consumiu 20,1% da margem financeira gerada pelos cinco bancos, no trimestre final de 2011 esse índice foi de 31,3%.

Considerando os créditos com atraso superior a 60 dias sobre o total da carteira de pessoas físicas e jurídicas, o Itaú foi o que registrou o maior indicador entre os cinco principais bancos.

O índice ficou em 5,9% no último trimestre, contra 5% no mesmo período de 2010. A segunda maior alta foi do Santander, de 4,7% para 5,5%.


A inadimplência já havia crescido nos trimestres anteriores, por causa do cenário de desaceleração da economia. E a expectativa dos bancos era que a escalada chegasse ao pico nos últimos três meses de 2011 e perdesse fôlego neste ano.

Entretanto, o que se desenhou nas divulgações de resultados é diferente. As provisões para devedores duvidosos, que visam proteger as carteiras de crédito de calotes futuros, continuam altas e os próprios bancos reconheceram que o aumento dos atrasos pode não estar no fim.

"As provisões adicionais dos bancos estão bem acima do total de créditos vencidos. Se por um lado isso mostra conservadorismo, por outro indica que as instituições estão prevendo um cenário ruim pela frente", diz Luís Miguel Santacreu, analista da Austin Rating.

O Itaú Unibanco estima que ao longo deste ano ainda vai ocorrer alguma deterioração nos empréstimos. "A inadimplência ainda deve escorregar um pouquinho (...) no primeiro semestre, mas deve recuar na segunda metade do ano", afirmou o presidente, Roberto Setubal, no anúncio dos dados.

Fora do grupo dos cinco maiores bancos, o PanAmericano também considera que a inadimplência será um desafio em 2012. "Janeiro é sazonalmente um mês difícil, em que as pessoas têm vários compromissos financeiros.

Ainda que o nível da inadimplência já tenha sido maior no passado, o atual não é bom, tem de baixar", disse José Luiz Acar Pedro, presidente do banco (ver mais na página C12).


A carteira de crédito dos cinco bancos avançou 21,3% na comparação com dezembro de 2010, movimento puxado pela Caixa, que elevou o saldo de empréstimos em 42%.

Sem o banco federal, a expansão dos demais teria sido de 17,9%, inferior à verificada pelo Banco Central no sistema financeiro todo, de 19%, como mostra da cautela em relação à economia e à deterioração da qualidade do crédito.


Para este ano, a expectativa de aumento das carteiras varia de 15% a 22%.

Mas não foi apenas a inadimplência que afetou os resultados no trimestre. Houve particularidades. No Bradesco, as despesas administrativas e de pessoal pesaram no resultado, em função da agressiva estratégia do banco de aberturas de agências, após a perda do contrato de administração do Banco Postal para o BB.

A banco abriu, de julho a dezembro, 1.009 agências. Foram contratados, ao longo de 2011, 9,5 mil funcionários. "Mas o maior impacto [dos gastos com expansão da rede de agências] já ocorreu", disse o vice-presidente, Domingos Abreu.

O BB sofreu impacto do prejuízo do Banco Votorantim, no qual possui participação de 50%, e do resultado do fundo de pensão dos funcionários, a Previ. A perda do Votorantim no trimestre foi de R$ 656 milhões (ver mais nesta página).

O Santander realizou provisões extraordinárias de quase R$ 1 bilhão para processos trabalhistas em decorrência de sua integração com o Real.

Já o Itaú teve um resultado mais forte no quarto trimestre de 2010, por causa de uma reversão de provisão para crédito, o que prejudicou a comparação.

Valor Econômico

SOB O JUGO DA TORPEZA E DUBIEDADE : O TOMBO DA PETROBRAS


O mercado reagiu aos resultados financeiros da Petrobrás, relativos ao quarto trimestre de 2011, derrubando, na sexta-feira, em 8,28% suas ações nominativas e em 7,84% as preferenciais.

O balanço foi muito aquém das expectativas mais pessimistas.

A queda do lucro decorreu da defasagem entre os preços dos derivados de petróleo praticados nos mercados externo e interno, afirmou, em entrevista ao Estado (12/2), José Sérgio Gabrielli, que presidiu a empresa até segunda-feira, quando transferiu o posto para Maria das Graças Foster, ex-diretora de Gás e Energia da estatal.

A política de preços da Petrobrás é determinada pelo acionista controlador - o governo federal -, já havia afirmado Gabrielli, em outra entrevista. E a preocupação do governo federal é segurar a inflação, ainda que à custa da Petrobrás e de seus acionistas minoritários.

O lucro da Petrobrás no último trimestre foi de R$ 5,049 bilhões, menos de metade dos R$ 10,602 bilhões do mesmo período de 2010. A maior parte da queda se deveu ao prejuízo de R$ 4,4 bilhões na área de abastecimento.

Em 2011, a defasagem de preços internos e externos foi estimada pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) em 16%, no diesel, e em 15%, na gasolina. O prejuízo da empresa com derivados alcançou R$ 7,9 bilhões, calcula Adriano Pires, do Cbie.

Um conjunto de problemas afetou a Petrobrás, entre os quais a desvalorização do real, que aumentou as dívidas em dólar da empresa.

E cresceu a demanda de combustíveis, sem que houvesse oferta satisfatória de álcool, devido às quebras de safra da cana-de-açúcar, com as refinarias de petróleo produzindo no limite de sua capacidade.

Assim, as importações de gasolina, que foram de 9 mil barris/dia, em média, em 2010, passaram para 45 mil barris/dia, em 2011, e atingiram 80 mil barris/dia, neste início de ano.

Só em 2013 entrará em operação a Refinaria Abreu Lima. "Sem nova refinaria, nós sairíamos de uma situação em que importamos mais ou menos 10% a 15% das necessidades do mercado brasileiro, para importar 45%, daqui a dez anos", disse Gabrielli.

Segundo relatório do banco Credit Suisse, os prejuízos da Petrobrás crescem com o aumento das vendas da gasolina e do diesel. O aumento desses preços em 10% e 2%, respectivamente, em novembro de 2011, não foi suficiente para cobrir custos.

Para Gabrielli, "se a Petrobrás continuar com essa política de preços, e o preço internacional continuar nesse patamar atual, vai haver um processo completamente irracional e ilógico de alguns distribuidores comprarem derivados na Petrobrás para exportar".

Essa política de preços produz uma distorção mais grave ainda. Ela impede que a Petrobrás, que está comprometida com enormes investimentos para explorar, pesquisar e produzir petróleo nas áreas do pós-sal e do pré-sal, acumule capitais próprios.

E, sem eles, será difícil cumprir as metas fixadas por seu acionista majoritário - o governo central.

Antes de a defasagem de preços de derivados tornar-se aguda, a Petrobrás já mostrava dificuldades para cumprir suas metas - entre 2003 e 2011, os investimentos aumentaram 280% e a produção de óleo e gás natural no Brasil cresceu pouco mais de 30%, de 1,5 milhão de barris/dia para 2 milhões de barris/dia.

Só em 2011, os custos e despesas operacionais avançaram 27,1%.

Tudo isso leva a dúvidas sobre a capacidade da empresa de investir o necessário no pré-sal, participando de todos os consórcios de exploração. Tampouco a entrega das sondas necessárias para perfurar a profundidades superiores a 2,5 mil metros está assegurada.

A Petrobrás teve até de fazer, explicou Gabrielli, um programa de longo prazo para viabilizar a instalação de estaleiros no País, encomendando a eles 26 sondas para o pré-sal.

Em resumo, os prazos para extrair o óleo do pré-sal poderão ser bem maiores do que os imaginados.

Nos seis anos em que presidiu a Petrobrás, Gabrielli defendeu publicamente a política do governo para os derivados. Ao passar o cargo, mudou o tom. "Vai ter que haver um reajuste, em algum momento", disse ele.

Aliás, na entrevista ao Estado fez críticas mais duras que essa à interferência do governo na programação da empresa.

O Estado de S. Paulo

E NO brasil ASSENHOREADO POR CANALHAS: O "memorial" DA VAGABUNDAGEM, HIPOCRISIA, TORPEZA A MITIFICAÇÃO DE UM RELES ADORADOR DE BEBIDA FORTE, UM TRAPACEIRO.

(...)
Tenho algumas perguntas a fazer a Lula, a Kassab e aos vereadores que estão doidos para cair de joelhos.

1: Constituição -
A negativa dos petistas em participar da sessão homologatória da Constituição de 1988, uma das atitudes mais indignas tomadas até hoje por esse partido, fará parte do “Memorial da Democracia”, ou esse trecho será aspirado da historia, mais ou menos como a ministra da Mulher diz que aspirava úteros na Colômbia?

2: Expulsões -
A expulsão dos três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, pondo fim à ditadura - Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes - fará parte do “Memorial da Democracia”, ou isso também será aspirado da história, como a Universidade Federal de Santa Catarina aspirou a entrevista da agora ministra da Mulher? Em tempo: vi dia desses Soares negar na TV Cultura que tivesse sido expulso. Diga o que quiser, agora que fez as pazes com a legenda. Foi expulso, sim!

3: Governo Itamar -
A expulsão de Luíza Erundina do partido porque aceitou ser ministra da Administração do governo Itamar, cuja estabilidade era fundamental par a democracia brasileira, entra no Memorial da Democracia, ou esse fato será eliminado da história junto com os fatos, os fetos, as fotos e os homens que não são do agrado do petismo?

4: Voto contra o Real -
A mobilização do partido contra a aprovação do Plano Real integrará o acervo do Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que sempre apostaram na estabilidade do país?

5: Guerra contra as privatizações -
As guerras bucéfalas contra as privatizações — o tema anda mais atual do que nunca — e todas as indignidades ditas contra a correta e necessária entrada do capital estrangeiro em setores ditos “estratégicos” merecerá uma leitura isenta, ou o Memorial da Democracia se atreverá a reunir como virtudes todas as imposturas do partido?

6: Luta contra a reestruturação dos bancos -
A guerra insana do petismo contra a reestruturação dos bancos públicos e privados ganhará uma área especial no Memorial da Democracia, ou os petistas farão de conta que aquilo nunca aconteceu? Terão a coragem, já que são quem são, de insistir na mentira e de tratar, de novo, um dos pilares da salvação do país como um malefício, a exemplo do que fizeram no passado?

7: Ataque à Lei de Responsabilidade Fiscal -
Os petistas exporão os documentos que evidenciam que o partido recorreu à Justiça contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, tornada depois cláusula pétrea da gestão de Antônio Palocci no Ministério da Fazenda?

8: Mensalão -
O Memorial da Democracia vai expor, enfim, a conspiração dos vigaristas, que tiveram a desplante de usar dinheiro sujo para tentar criar uma espécie de Congresso paralelo, alimentado por escroques de dentro e de fora do governo? O prédio vai reunir os documentos da movimentação ilegal de dinheiro?

9: Duda Mendonça na CPI -
Haverá no Memorial da Democracia o filme do depoimento de Duda Mendonça na CPI do Mensalão, quando confessou ter recebido numa empresa no exterior o pagamento da campanha eleitoral de Lula em 2002? O museu de Lula terá a coragem de evidenciar que ali estava motivo o bastante para o impeachment do presidente?

10: Dossiê dos aloprados -
O Memorial da Democracia que tanto entusiasma Lula e Kassab trará a foto da montanha de dinheiro flagrada com os ditos aloprados, que tentavam fraudar as eleições — para não variar —, buscando imputar a José Serra um crime que não cometera? Exibirá a foto do assessor de Aloizio Mercadante, que disputava com Serra, carregando a mala preta?

11: Dossiê da Casa Civil -
Esse magnífico Memorial da Democracia trará os documentos sobre o dossiê de indignidades elaborado na Casa Civil contra FHC e contra, pasmem!, Ruth Cardoso, quando a titular da pasta era ninguém menos do que Dilma Rousseff, e sua lugar-tenente, ninguém menos do que Erenice Guerra?

12: Censura à imprensa -
Kassab, que quer doar o terreno, se comprometeria a pedir a Lula que o Memorial da Democracia reunisse as evidências das muitas vezes em que o PT tentou censurar a imprensa, seja tentando criar o Conselho Federal de Jornalismo, seja introduzindo no Plano Nacional de Direitos Humanos mecanismos de censura prévia?

13: Imprensa comprada e vendida -
Teremos a chance de ver os contratos de publicidade do governo e das estatais com pistoleiros disfarçados de jornalistas, que usam o dinheiro público para atacar a imprensa séria e aqueles que o governo considera adversários nos governos dos Estados, no Legislativo e no Judiciário?

14 - Novo dossiê contra adversário -
O Museu da Democracia do Instituto Lula reunirá as evidências todas das novas conspiratas do petismo contra o candidato da oposição em 2010, com a criação de bunker para fazer dossiês com acusações falsas e a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato e de dirigentes tucanos?

15 - Uso da máquina contra governos de adversários -
A mobilização da máquina federal contra o governo de São Paulo em episódios como o da retomada da Cracolândia e da desocupação do Pinheirinho entrará ou não no Memorial da Democracia como ato indigno do governo federal?

16 - Apoio a ditaduras -
O sistemático apoio que os petistas empenham a ditaduras mundo afora estará devidamente retratado no Memorial da Democracia? Veremos Lula a comparar presos de consciência em Cuba a presos comuns no Brasil? Veremos Dilma Rousseff a comparar os dissidentes da ilha a terroristas de Guantánamo?

Fiz acima perguntas sobre 16 temas.
Poderia passar aqui a noite listando as vigarices, imposturas, falcatruas e tentativas de fraudar a democracia protagonizadas por petistas e por governos do PT. As que se lêem são apenas as mais notórias e conhecidas.

NÃO! ERRAM AQUELES QUE ACHAM QUE QUERO IMPEDIR LULA — E O PT — DE CONTAR A HISTÓRIA COMO LHE DER NA TELHA. QUEM GOSTA DE CENSURA SÃO OS PETISTAS, NÃO EU!

O Apedeuta que conte o mundo desde o fim e rivalize, se quiser, com Adão, Noé, Moisés ou o próprio Deus, para citar alguém que ele deve julgar quase à sua altura.

MAS NÃO HÁ DE SER COM O NOSSO DINHEIRO.

Original/Íntegra - Reinaldo Azevedo