"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

janeiro 31, 2012

Petrobrás fecha poço após acidente na Bacia de Santos

A Petrobrás fechou nesta terça-feira, 31, um poço na Bacia de Santos, no litoral de São Paulo, ao detectar às 8h30 um rompimento na coluna de produção do navio-plataforma FPWSO Dynamic Producer, localizado a uma profundidade de 2.140 metros. O poço realiza o Teste de Longa Duração (TLD) de Carioca Nordeste, no pré-sal da Bacia de Santos.

Em nota, a empresa disse que "uma estimativa preliminar aponta a possibilidade de terem vazado 160 barris de petróleo. Não há possibilidade do petróleo chegar à costa brasileira".

A Petrobrás acionou o Plano de Emergência e mobilizou todos os recursos necessários para o recolhimento do petróleo no mar e do petróleo residual da parte superior da coluna.

A Companhia já comunicou oficialmente a ocorrência à Marinha do Brasil, Ibama e Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A empresa disse que as causas da ocorrência estão sendo investigadas.

Estadão

SEGUE O BAILE! "firme como uma rocha", "indestrutível", "só saio abatido à bala", A DA VEZ É : "mais firme do que as pirâmides do Egito".

Terminado o primeiro mês do segundo ano de seu governo, a presidente Dilma Rousseff está às voltas com a demissão de seu oitavo ministro.

A rotina de escândalos e má gestão na administração petista não dá trégua e também se dissemina pelos escalões inferiores.


Mário Negromonte deve deixar o Ministério das Cidades nesta semana, depois de muito resistir no cargo. Se tinha alguma credencial para lá permanecer, há muito deixou de ter, depois que a pasta viu-se envolvida em falcatruas em série.

Primeiro foi o "mensalinho", supostamente pago aos correligionários de Negromonte no PP para apoiá-lo no ministério, onde sempre foi um titular enfraquecido e quase inoperante.

Depois vieram as suspeitas de que alterou projetos de obras vinculadas à Copa tornando-as muito mais caras. E, na sequência, a revelação de que recebia lobistas para combinar negócios nas Cidades.


Para completar, seu desempenho como gestor foi um fracasso total. No comando do maior orçamento do PAC, o Ministério das Cidades pagou apenas 8% das autorizações de gastos de 2011.

Também sob seu guarda-chuva, o Minha Casa Minha Vida gastou menos de 5% dos R$ 12,6 bilhões autorizados por lei no ano passado.


Com uma ficha corrida assim, o mais espantoso é que o ministro Negromonte - também notável pelo empenho em garantir verbas federais para a cidade baiana de Glória, governada pela mulher dele - tenha demorado tanto tempo para cair.

Recentemente, ele chegou a afirmar que estava "mais firme do que as pirâmides do Egito". Frase da mesma série do "firme como uma rocha" de Wagner Rossi, do "indestrutível" de Orlando Silva e do "só saio abatido à bala" de Carlos Lupi.

Todos devidamente demitidos na sequência.


O certo é que o baile para Negromonte também acabou. Os jornais noticiam que sua saída coincidirá com o retorno de Dilma de sua viagem de três dias a Cuba e Haiti. Ontem, mais um auxiliar de Negromonte foi afastado:
o chefe da Assessoria Parlamentar do ministério.

É a segunda exoneração em menos de uma semana; nenhuma delas "a pedido".


Mas a rotina de demissões de funcionários em maus lençóis não para aí. Ontem, o Diário Oficial da União publicou o desligamento de Luiz Felipe Denucci Martins da presidência da Casa da Moeda.

Segundo versão comprada por vários jornais, ele, ligado ao PTB, teria saído por "pressões políticas".


Mas, segundo a Folha de S.Paulo, o motivo é bem distinto: suspeita de receber propina de fornecedores do órgão por meio de duas empresas no exterior.

A Helmond Commercial LLC, registrada em nome do próprio Denucci, e a Rhodes INT Ventures, de Ana Gabriela, filha dele, são sediadas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.

Foram constituídas em 2010, quando ele já comandava a Casa da Moeda - órgão que faturou R$ 2,7 bilhões no ano passado.
As duas firmas teriam movimentado US$ 25 milhões em suas contas desde então.

"A WIT [companhia especializada em transferência de dinheiro com sede em Londres] aponta que os valores são oriundos de pagamento de comissão feito por dois fornecedores exclusivos da Casa da Moeda, equivalente a 2% dos contratos firmados", informa o jornal, que há duas semanas vinha preparando reportagem sobre o caso.


O primeiro mês deste 2012 foi recheado de demissões na República. Pela péssima atuação no combate a calamidades, caíram chefias no Dnocs e anunciam-se agora mudanças na Sudene e na Codevasf.

O ministro da Integração também balança. Quem sabe abra-se aí uma perspectiva de mudança no sofrível padrão de conduta e desempenho que marca a gestão Dilma até agora.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela

A "EVOLUÇÃO" do brasil COM O CACHACEIRO ASQUEROSO ABJETO, O FILHO... DO BRASIL : Os canalhas nos ensinam mais.O Brasil está evoluindo em marcha a ré!

Nunca vimos uma coisa assim.
Ao menos, eu nunca vi.

A herança maldita da política de sujas alianças que Lula nos deixou criou uma maré vermelha de horrores.
Qualquer gaveta que se abra, qualquer tampa de lata de lixo levantada faz saltar um novo escândalo da pesada.


Parece não haver mais inocentes em Brasília e nos currais do país todo.

As roubalheiras não são mais segredos de gabinetes ou de cafezinhos. As chantagens são abertas, na cara, na marra, chegando ao insulto machista contra a presidente, desafiada em público. Um diz que é forte como uma pirâmide, outro que só sai a tiro, outro diz que ela não tem coragem de demiti-lo, outro que a ama, outro que a odeia.

Canalhas se escandalizam se um técnico for indicado para um cargo técnico. Chego a ver nos corruptos um leve sorriso de prazer, a volúpia do mal assumido, uma ponta de orgulho por seus crimes seculares, como se zelassem por uma tradição brasileira.

Temos a impressão de que está em marcha uma clara "revolução dentro da corrupção", um deslavado processo com o fito explícito de nos acostumar ao horror, como um fato inevitável. Parece que querem nos convencer de que nosso destino histórico é a maçaroca informe de um grande maranhão eterno.

A mentira virou verdade?
Diante dos vídeos e telefonemas gravados os acusados batem no peito e berram:
"É mentira!"

Mas, o que é a mentira?
A verdade são os crimes evidentes que a PF e a mídia descobrem ou os desmentidos dos que os cometeram?
Não há mais respeito não digo pela verdade; não há respeito nem mesmo pela mentira.

Mas, pensando bem, pode ser que esta grande onda de assaltos à República seja o primeiro sinal de saúde, pode ser que esta pletora de vícios seja o início de uma maior consciência crítica.

E isso é bom. Estamos descobrindo que temos de pensar a partir da insânia brasileira e não de um sonho de Razão, de um desejo de harmonia que nunca chega.

Avante, racionalistas em pânico, honestos humilhados, esperançosos ofendidos! Esta depressão pode ser boa para nos despertar da letargia de 400 anos.

O que há de bom nessa bosta toda?


Nunca nossos vícios ficaram tão explícitos! Aprendemos a dura verdade neste rio sem foz, onde as fezes se acumulam sem escoamento. Finalmente, nossa crise endêmica está em cima da mesa de dissecação, aberta ao meio como uma galinha.

Vemos que o país progride de lado, como um caranguejo mole das praias nordestinas. Meu Deus, que prodigiosa fartura de novidades sórdidas estamos conhecendo, fecundas como um adubo sagrado, tão belas quanto nossas matas, cachoeiras e flores.

É um esplendoroso universo de fatos, de gestos, de caras. Como mentem arrogantemente mal! Que ostentações de pureza, candor, para encobrir a impudicícia, o despudor, a mão grande nas cumbucas, os esgotos da alma.

Ai, Jesus, que emocionantes os súbitos aumentos de patrimônio, declarações de renda falsas, carrões, iates, piscinas em forma de vaginas, açougues fantasmas, cheques podres, recibos-laranjas de analfabetos desdentados em fazendas imaginárias.

Que delícia, que doutorado sobre nós mesmos!...
Assistimos em suspense ao dia a dia dos ladrões na caça.

Como é emocionante a vida das quadrilhas políticas, seus altos e baixos - ou o triunfo da grana enfiada nas meias e cuecas ou o medo dos flagrantes que fazem o uísque cair mal no Piantella diante das evidências de crime, o medo que provoca barrigas murmurantes, diarreias secretas, flatulências fétidas no Senado, vômitos nos bigodes, galinhas mortas na encruzilhada, as broxadas em motéis, tudo compondo o panorama das obras públicas:
pontes para o nada, viadutos banguelas, estradas leprosas, hospitais cancerosos, orgasmos entre empreiteiras e políticos.

Parecem existir dois "brasis": um Brasil roído por ratos políticos e um outro Brasil povoado de anjos e "puros". E o fascinante é que são os mesmos homens. O povo está diante de um milenar problema fisiológico (ups!) - isto é, filosófico: o que é a verdade?

Se a verdade aparecesse em sua plenitude, nossas instituições cairiam ao chão. Mas, tudo está ficando tão claro, tão insuportável que temos de correr esse risco, temos de contemplar a mecânica da escrotidão, na esperança de mudar o país.

Já sabemos que a corrupção não é um "desvio" da norma, não é um pecado ou crime - é a norma mesmo, entranhada nos códigos, nas línguas, nas almas. Vivemos nossa diplomação na cultura da sacanagem.

Já sabemos muito, já nos entrou na cabeça que o Estado patrimonialista, inchado, burocrático é que nos devora a vida. Durante quatro séculos, fomos carcomidos por capitanias, labirintos, autarquias.

Já sabemos que, enquanto não desatracarmos os corpos públicos e privados, que, enquanto não acabarem as emendas ao orçamento, as regras eleitorais vigentes, nada vai se resolver.

Enquanto houver 25 mil cargos de confiança, haverá canalhas, enquanto houver estatais com caixa preta, haverá canalhas, enquanto houver subsídios a fundo perdido, haverá canalhas. Com este código penal, com esta estrutura judiciária, nunca haverá progresso.

Já sabemos que mais de 5 bilhões por ano são pilhados das escolas, hospitais, estradas. Não adianta punir meia-dúzia. A cada punição, outros nascerão mais fortes, como bactérias resistentes a antigas penicilinas. Temos de desinfetar seus ninhos, suas chocadeiras.

Descobrimos que os canalhas são mais didáticos que os honestos. O canalha ensina mais. Os canalhas são a base da nacionalidade! Eles nos ensinam que a esperança tem de ser extirpada como um furúnculo maligno e que, pelo escracho, entenderemos a beleza do que poderíamos ser!

Temos tido uma psicanálise para o povo, um show de verdades pelo chorrilho de negaças, de "nuncas", de "jamais", de cínicos sorrisos e lágrimas de crocodilo.

Nunca aprendemos tanto de cabeça para baixo.
Céus, por isso é que sou otimista!
Ânimo, meu povo!

O Brasil está evoluindo em marcha a ré!

Arnaldo Jabor