"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

dezembro 06, 2011

CAPTAÇÃO DA POUPANÇA: 67% menos do que em 2010 até novembro. Resultado foi o pior para o mês desde 2002

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Os depósitos em caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 30,657 milhões, em novembro, segundo os dados divulgados hoje (6) pelo Banco Central (BC), de acordo com informações da Agência Brasil.

No mesmo mês do ano passado, a captação líquida foi de R$ 4,016 bilhões.


Nos dados deste ano, além dos meses com resultado positivo, foram registradas também retiradas líquidas, ou seja, mais saques que depósitos, nos meses de maio (R$ 1,302 bilhão), abril (R$ 1,762 bilhão) e fevereiro (R$ 745,273 milhões).

Com isso, de janeiro a novembro, a captação líquida ficou em R$ 10,566 bilhões, resultado 67,3% menor do que o total registrado em igual período de 2010 (R$ 32,323 bilhões).


Se forem considerados somente os resultados positivos, ou seja, os meses em que houve captação líquida, esse foi o menor resultado desde abril de 1997 (R$ 22,210 milhões).

Levando em consideração os períodos em que houve mais saque do que depósitos ( tanto captação líquida positiva quanto retiradas líquidas) para meses de novembro, o resultado do mês passado foi o pior desde 2002.

Em novembro daquele ano, houve retirada líquida de R$ 227,075 milhões.


No mês passado, os depósitos ficaram em R$ 107,969 bilhões e as retiradas chegaram a R$ 107,938 bilhões. Os rendimentos creditados foram de R$ 2,260 bilhões e o saldo ficou em R$ 414,168 bilhões.

O relatório do BC se baseia em dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - que destina 65% dos recursos para financiamento imobiliário - e da poupança rural.

No caso do SBPE, houve retirada líquida de R$ 21,992 milhões, com depósitos de R$ 90,211 bilhões e saques de R$ 90,233 bilhões.
Já a poupança rural apresentou captação líquida positiva de R$ 52,649 milhões, com depósitos de R$ 17,758 bilhões e saques de R$ 17,706 bilhões.

Os valores depositados em poupança são remunerados pela taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês.
O dinheiro depositado por menos de um mês não recebe remuneração

Mais sobre a "putência" do brasil maravilha "deles". BUFÃO: PIB de 3,8% em 2011 'não é mais alcançável'. EM CRISE ZONA DO EURO CRESCE MAIS DO QUE BRASIL

O baque sentido pela economia brasileira no terceiro trimestre foi tão forte que o Brasil teve desempenho semelhante à Espanha, um dos piores da zona do euro.

O Produto Interno Bruto (PIB, total de bens e serviços produzidos no país) do Brasil e da Espanha tiveram variação nula (0,0%) no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre deste ano.
Foto: Arte/O GLOBO / Arte/O GLOBO
No mesmo período, os 17 países-membros da zona do euro tiveram crescimento médio de 0,2%.

Levantamento atualizado até dezembro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com dados de 27 países, mostra que o desempenho brasileiro só foi superior ao de Portugal, Holanda e Dinamarca. Não foram considerados dados de Itália e Grécia.

A riqueza gerada por Portugal recuou 0,4% no terceiro trimestre. Na mesma base de comparação, o PIB da Holanda caiu 0,3% e o da Dinamarca, 0,8%.

Dos grandes países da América Latina, o Brasil foi o país que sofreu o maior impacto da crise. Precisaria de uma recuperação visível para crescer 3% neste ano diz Alberto Ramos, co-diretor de pesquisa econômica em países emergentes do banco americano Goldman Sachs.

Ele diz que a inflação alta, o real valorizado e contenção de crédito do início do ano só agravaram os efeitos da contração na demanda internacional.

Confira a variação do PIB no 3º trimestre, comparada ao 2º trimestre de 2011:
Suécia:1,6%
Japão:1,5%
Noruega:1,4%
México:1,3%
Indonésia:1,3%
Polônia:1,0%
Canadá:0,9%
Finlândia:0,9%
Israel:0,8%
Estônia:0,8%
Eslováquia:0,7%
Coréia do Sul:0,7%
Chile:0,6%
Estados Unidos:0,5%
Alemanha:0,5%
Reino Unido:0,5%
Hungria:0,5%
África do Sul:0,4%
França:0,4%
Áustria:0,3%
Suiça:0,2%
União Europeia:0,2%
Zona do Euro:0,2%
Brasil:0,0%
Bélgica:0,0%
República Checa:0,0%
Espanha:0,0%
Holanda:-0,3%
Portugal:-0,4%
Dinamarca:-0,8%

Mais:
BUFÃO :

"Meta do governo de alta do PIB de 3,8% em 2011 'não é mais alcançável'

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta terça-feira que a estagnação da economia no terceiro trimestre de 2011 vai tornar impossível que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça os 3,8% que estavam sendo esperados pelo governo para esse ano.

Ele lembrou que os dados do IBGE mostram que o atual ritmo de crescimento da economia é de 3,2%, percentual que deve se confirmar para 2011.
- O crescimento que nós temos agora é de 3,2%. Isso pode dar alguma pista do que poderá ser este ano. Uma taxa de 3,8% não é mais alcançável - afirmou Mantega.

O ministro disse que a estagnação em relação ao segundo trimestre de 2011 foi uma combinação do agravamento da crise internacional com as medidas de contenção do crédito que foram adotadas pelo governo para segurar pressões inflacionárias no início do ano.

Mesmo assim, Mantega disse que não acredita que as ações da equipe econômica tenham sido exageradas:
- Não acho que o governo pisou demais no freio. O que foi inesperado foi o agravamento da crise internacional, que não existia quando começamos a desacelerar a economia. Isso teve alguma repercussão. Embora a crise não tenha um efeito direto na população, você fica lendo as notícias todo dia de que a coisa está feia, de que as pessoas estão perdendo os empregos e isso afeta as expectativas.

O Globo

SEM "MARQUETINGUE"! NO "brasil maravilha" DO GOVERNO MAMBEMBE DOS BUFÕES E TORPES : O Brasil teve o pior resultado entre os Brics.

O Brasil teve o pior resultado entre os Brics, incluindo a África do Sul, para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2011, ante o mesmo período de 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto a economia brasileira registrou expansão de 2,1% no período,
a China teve alta de 9,1%,
a Índia teve aumento de 6,9%,
a Rússia se expandiu 4,8%,
e a África do Sul registrou crescimento de 3,1%.

Na comparação com o trimestre anterior, o comportamento do PIB do Brasil, que teve expansão nula no período (0,0%), ficou atrás de Japão (1,5%),
Noruega (1,4%),
México (1,3%),
Coreia do Sul (0,7%),
Chile (0,6%),
Alemanha (0,5%),
Estados Unidos (0,5%),
Reino Unido (0,5%),
França (0,4%) e União Europeia (0,2%).

Também tiveram expansão nula (0,0%) a Espanha e a Bélgica.
Já a Holanda apresentou retração de 0,3% no PIB no período. Nem todos os países divulgam a variação do PIB neste tipo de comparação, em relação ao trimestre imediatamente anterior, o que explica a ausência de outros Brics na lista.

A economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre de 2011 na comparação com o período anterior, sobretudo pela queda da atividade na indústria e em serviços.

Alessandra Saraiva e Daniela Amorim, da Agência Estado

GERENTONA 1,99/FRENÉTICA/EXTRAORDINÁRIA/"PRESIDENTA?" MAMULENGA/FAXINEIRA DE NADA E COISA NENHUMA : PIB paradão.


A economia brasileira ficou paradona no terceiro trimestre do ano: o crescimento foi de 0% sobre o trimestre anterior. 

Os números do PIB do período foram divulgados há pouco pelo IBGE e indicam que a indústria - tantas vezes relegada pelo governo petista - está puxando o setor produtivo nacional como um todo para baixo.

O consumo das famílias, que vinha impulsionando a economia, e há um ano crescia à exuberante taxa de 2,4%, agora também ficou negativo (-0,1%). O mesmo aconteceu com a chamada "formação bruta de capital fixo", que representa os investimentos em construção, máquinas e equipamentos:
passou de alta de 3,6% há um ano para queda de 0,2% agora - sempre na comparação com o trimestre imediatamente anterior.


O país começou o ano crescendo a um ritmo de 7,5% e caminha para terminá-lo com avanço equivalente a menos da metade disso. O acumulado nos quatro últimos trimestres ficou em 3,7%. O desempenho esperado para o período outubro-dezembro deve contribuir para diminuir ainda mais a média de 2011.

Atividades importantes da economia já sinalizam que estão com o freio de mão totalmente puxado. É o caso da indústria automotiva, com queda de 0,4% na produção no terceiro trimestre, e, principalmente, do aço, insumo básico da economia, cuja produção despencou 15% no período.

Entre os setores que compõem o cálculo do PIB, só a agropecuária teve evolução positiva na comparação com o segundo trimestre:
cresceu 3,2%.

A indústria caiu 0,9%, com o pior desempenho - o segmento da indústria da transformação amargou 1,4% de queda, a maior de todas. Serviços também recuaram: -0,3%.


Um índice privado que mede o desempenho do setor industrial no Brasil e em vários outros países - calculado pelo banco HSBC em parceria com a consultoria Markit - mostra que a indústria brasileira foi a primeira do mundo emergente a começar a se contrair, em junho deste ano, mostrou a Folha de S.Paulo ontem.

Mas o problema da indústria não é meramente conjuntural; é estrutural. A produção nacional vem perdendo espaço para produtos importados. Uma obsoleta e cara estrutura de impostos e uma infraestrutura caquética também lhe pesam nos ombros.

A retomada do setor industrial passa obrigatoriamente por um aumento de competitividade, problema que os remendos anunciados ao longo do ano pelo governo Dilma Rousseff, incluindo o insípido programa Brasil Maior, não atacaram.

O governo poderia ajudar de duas formas.
A primeira, adotando medidas que melhorassem a economia de forma sistêmica e não de maneira pontual e aleatória como tem feito.

Ao longo do ano, ora buscou-se esfriar a demanda para conter a inflação e ora reativar o consumo, como foi feito na semana passada. Já a tal política industrial anunciada em agosto até agora não mostrou a que veio.


A segunda maneira de colaborar para que os motores não arrefeçam seria impulsionar o investimento público. Mas a execução orçamentária deste ano indica que isso é tudo o que a gestão petista definitivamente não sabe fazer.

O Valor Econômico mostra hoje que, dos R$ 108 bilhões em obras previstos para este ano, apenas 58% foram executados até outubro.


Os atrasos são generalizados e abrangem grandes obras da Petrobras [que apresenta o menor nível de execução dos últimos três anos], hidrelétricas e linhas de transmissão tocadas pelas 15 empresas do grupo Eletrobrás, aeroportos e os portos públicos mais movimentados do país", informa o jornal, em manchete.

Diante deste cenário, é bastante improvável que o país consiga crescer 5% em 2012, como previu Guido Mantega na semana passada, ao anunciar mais uma colcha de retalhos de ações para incentivar a economia brasileira.

Ninguém mais põe fé nos chutes do ministro - vale lembrar que, no início do ano, a Fazenda projetava crescimento de 4,5% para 2011.


Exceto nos mirabolantes exercícios de projeção do governo, não se veem no horizonte estimativas de expansão do PIB em 2012 acima de 3,5%, teto, também, para o desempenho esperado para este ano.

O certo é que, na melhor das hipóteses, a situação só tende a começar a melhorar lá por meados de 2012. Isso se o governo do PT não fizer alguma nova bobagem mais à frente.


Fonte: Instituto Teotônio Vilela