"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

julho 16, 2011

UM ARTIGO MUITO BOM, LEIA : TROVOADA SEM CHUVA. (A NADA E COISA NENHUMA, AQUELA QUE FOI BANHADA NO ALAMBIQUE DO CACHACEIRO ASQUEROSO)

Uma das principais dificuldades do governo Dilma Rousseff, pelo que foi possível perceber nestes primeiros seis meses, é que a presidente da República vive brava.

Diante de todo e qualquer problema que aparece, o noticiário diz sempre a mesma coisa:
Dilma ficou brava, ou muito brava.
Está irritada.
Ou está impaciente.
Ou não gostou.
Ou passou uma descompostura geral à sua volta.
Ou deixou de castigo os doutores fulano, beltrano e sicrano, e por aí se vai.

E quanto ao problema real que causou esse mau humor todo ─
ficou bem resolvido?
Não vai acontecer de novo?
Alguma coisa melhorou?
Nada disso; fica tudo igual e, às vezes, pior.

A presidente acha que está, com os seus pitos, corrigindo os erros cometidos e mostrando que tem braço firme para governar.
Na prática, o que está fazendo é outra coisa.
Está confundindo cara feia com autoridade; é o governo através da bronca.

Talvez seja bom para a máquina de propaganda do Palácio do Planalto, que pode vender a imagem de uma presidente capaz de botar na linha qualquer peixe graúdo que lhe apareça pela frente, que age rápido e não tolera serviço mal feito.

Mas na prática, até agora, a qualidade de seu governo não melhorou nada com isso, pois Dilma não muda, e talvez nem possa mudar aquilo que realmente está criando os problemas. É trovoada que vai embora e não traz um pingo de chuva.

O que está criando os problemas é o avanço cada vez mais rápido da privatização do estado brasileiro ─ ou, em linguagem mais direta, a utilização da máquina do governo em benefício de interesses privados e a transferência de renda pública para bolsos particulares.

É história que está aí há muito tempo, mas que atravessa, na atual administração, fronteiras nunca atingidas antes neste país. Os exemplos são constantes, custam caro e acontecem praticamente à vista de todos.

Basta olhar, para começo de conversa, as empreiteras de obras públicas ─ jamais mandaram tanto no governo como agora.
Decidem preços, falsificam licitações, alteram contratos, ignoram prazos e dão ordens nos ministérios.

O empresário Abílio Diniz se comportava até outro dia como presidente do BNDES, que se dispunha a lhe oferecer mais de 4 bilhões de reais para a realização de um negócio de seu interesse pessoal no Grupo Pão de Açúcar; o projeto acabou em naufrágio, mas deixou claro como empresários amigos do governo se sentem à vontade diante do patrimônio público.

O notório deputado Valdemar Costa Neto, dono de um dos mais extensos prontuários da política brasileira, despachava até outro dia dentro do Ministério dos Transportes, foco do último escândalo classe “A” da administração federal.

Amigos, aliados e parceiros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não tem cargo oficial nenhum e teoricamente é um cidadão particular, circulam nos ministérios, empresas estatais e outros órgãos públicos como se estivessem em casa.

Jatinhos de magnatas que têm negócios pendentes com o governo são hoje o meio de transporte regular de Lula e da companheirada.

Enquanto as coisas forem assim, e elas são cada vez mais assim, não adianta nada a presidente ficar brava.
A braveza de Dilma pode assustar os subordinados mais inseguros, mas não causa a menor impressão em profissionais calejados como o deputado Costa Neto ─ podem até trocar de sala, mas não mudam de atividade.

O desfecho da mais recente calamidade fornecida pelo Ministério dos Transportes, onde reportagens de VEJA flagraram práticas grosseiras de corrupção, é um excelente exemplo disso.

O ministro Alfredo Nascimento, depois de receber a “confiança” de Dilma, acabou sendo colocado na rua junto com os burocratões mais vistosos do seu entorno.

Mas para o seu lugar foi nomeado o número 2 do ministério, que está lá há anos; a menos que não comparecesse ao local de trabalho, viveu esse tempo todo no meio da ventania.

Qual é a mudança, então?
O PR, grupo que foi presenteado com o Ministério dos Transportes pelo presidente Lula, não vai largar o osso; a “base aliada” e as gangues partidárias que mandam em Brasília não vão mudar de conduta.

Alteração, mesmo, só continua acontecendo com o PT, em consequência de sua caminhada ao lado de gigantes da política brasileira como o PR e bandos semelhantes.

O partido-farol das massas populares, em algum momento dessa viagem que já dura mais de oito anos, acabou trocando de lado.

Na pose e no palavrório, ainda se apresenta como a vanguarda das forças do bem. Na vida real, fica cada vez mais parecido com o deputado Costa Neto.


Artigo Publicado na Edição de VEJA
José Roberto Guzzo

COMO É BOM SER "PARLAMENTAR" :Pagamento a licenciados e suplentes é de R$ 44 mi. CUSTO AOS COFRES PÚBLICOS É MAIS QUE O DOBRO NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS.

Em 2011, salários desses parlamentares custarão aos cofres públicos mais que o dobro dos valores gastos nos últimos quatro anos

O Congresso Nacional gastará, este ano, cerca de R$ 44 milhões em salários de políticos que se licenciaram para comandar secretarias estaduais ou ministérios e dos suplentes que assumiram as respectivas vagas.
O valor é 120% do que a média dos últimos quatro anos, quando a despesa anual atingia cerca de R$ 20 milhões.


Apesar do número de parlamentares que atuam nos estados ser praticamente o mesmo da legislatura passada, a conta aumentou em 2011 porque, desde fevereiro, o valor pago aos congressistas é o teto constitucional, hoje de R$ 26,7 mil, e nenhum licenciado optou por ser pago pelos cofres estaduais, cujas remunerações mais altas são de R$ 15 mil.

Na Câmara, são 49 suplentes em exercício.
Eles recebem 13 salários, além de uma "ajuda de custo" no valor do vencimento para ajudar no início do mandato e o 15° proporcional aos dias que ficarem no cargo.
Os titulares dessas vagas também continuam recebendo pagamentos dos cofres federais. A soma dessa duplicidade chega a R$ 39,2 milhões por ano.


No Senado, são seis parlamentares licenciados, sendo que três comandam ministérios, com remuneração semelhante, e que também sai dos cofres públicos federais. A conta paga pelo Senado para os 12 senadores (titulares fora do cargo e suplentes), incluindo os três salários extras, é de R$ 4,8 milhões por ano.

Jetons
Além de gerarem despesas dobradas para os cofres públicos, os parlamentares que se licenciaram para assumir cargos nos estados estão prestes a ganhar autorização formal do parlamento para receberem jetons quando participarem de conselhos de estatais.

Apesar de a Constituição vedar o recebimento de subsídios extras para deputados e senadores, há o entendimento extraoficial de que quem está licenciado não pode ser considerado parlamentar.

Como ocorre com ministros, congressistas que atuarem como secretários também devem receber permissão para ultrapassar o teto constitucional e serem remunerados por participação em conselhos de estatais nos estados.

A permissão deve ser oficializada neste segundo semestre, quando a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara vai responder a uma consulta do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), sobre o assunto.

O questionamento é resultado do pedido feito pelo deputado licenciado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que se afastou do cargo em fevereiro para desempenhar função de secretário da Fazenda do Paraná. Agora, quer participar do conselho da Companhia Paranaense de Energia Elétrica S.A. e receber jeton como conselheiro.

Deve receber o apoio do relator da matéria, Osmar Serraglio (PMDB-PR), que defende a permissão alegando que quem assume ministérios no Executivo federal recebe jeton sem que haja questionamentos.

A matéria conta com o voto em separado do deputado Fabio Trad (PMDB-MS), que usa como argumento uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2007.

No julgamento, os ministros decidiram que, ainda que licenciado, deputados e senadores precisam obedecer a vedações e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do congressista, assim como às exigências ético-jurídicas que a Constituição e os regimentos internos das casas legislativas estabelecem.

FATURA DA CRISE MUNDIAL CHEGOU : BRASILEIROS PERDEM R$230bi/BOVESPA CAIU 15% E TOMBO PODE CRESCER.

A crise que assola a Europa e o medo de calote dos Estados Unidos estão custando caro aos investidores brasileiros que destinaram parte de sua poupança para o mercado de ações.

Do início do ano até ontem, as perdas acumuladas chegam a R$ 230,1 bilhões, quase 10% do que as famílias do país devem gastar neste ano.
Os prejuízos se referem ao recuo no valor de todas as empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).


O tombo foi provocado, principalmente, pela saída de investidores estrangeiros do país — eles já retiraram quase R$ 500 milhões do pregão paulista — e pela desistência de muitas pessoas físicas em esperar a recuperação do mercado.

"Neste momento, a ordem é ter muito sangue frio. As incertezas são muitas no cenário internacional e todos se perguntam o que acontecerá com a economia brasileira caso a Europa afunde de vez e os EUA deixem de honrar os compromissos com seus credores", disse um experiente analista.

Ele ressaltou que a semana encerrada ontem foi a segunda pior para a Bovespa em 2011: registrou baixa em quatro dos cinco pregões.

O Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas, computou perdas de 3,3%, ao ceder para os 59.478 pontos, o nível mais baixo desde 25 de maio do ano passado.
Ontem, especificamente, o indicador recuou 0,34%. No ano, a baixa está em 14,18%.


Desconfiança
No início da sexta-feira, tudo levava a crer que a Bovespa teria um dia de recuperação. Mas bastaram notícias ruins inundarem o pregão para que os preços das ações voltassem a ceder.

Os investidores não escondem a preocupação com as dificuldades do presidente dos EUA, Barack Obama, de chegar a um acordo com o Congresso para aumentar o teto da dívida daquele país, que já está em US$ 14,3 trilhões.

Apesar de apostarem em um acerto entre o governo e o Partido Republicano, de oposição, os norte-americanos não escondem o pessimismo.

Tanto que o índice de confiança medido pela Universidade de Michigan caiu para o patamar mais baixo desde março de 2009, devido ao recuo da renda e a alta do desemprego.


"Os EUA estão em uma grande cilada. E o mundo pode pagar caro por isso", sentenciou um executivo de um banco estrangeiro.

60 PARCELAS DE R$ 704,SEM ENTRADA : BRASILEIRO TROCA MOTO POR CARRO CHINÊS.


Anáise Chery QQ

Na quarta-feira, o metalúrgico Fábio Aparecido Bezerra saiu da concessionária Amur, na zona leste de São Paulo, dirigindo um Chery QQ zerinho, o primeiro automóvel próprio em seus 29 anos.

"Ter um carro era sonho antigo, parece que ainda não acordei", dizia ele na sexta-feira.

Bezerra e a esposa, que trabalha no Poupatempo, têm renda mensal de R$ 3,8 mil e compraram o QQ em 60 parcelas de R$ 704, sem entrada

Pensávamos em um modelo nacional básico, mas escolhemos esse porque já vem com ar condicionado, direção hidráulica, air bag e vidros elétricos, itens que não conseguiríamos adquirir nos outros carros que vimos, diz.

O compacto QQ, importado pela chinesa Chery, começou a ser vendido em maio por R$ 22.990. Hoje, é um dos modelos com maior fila de espera.

"Tenho 400 pedidos e, se for mantido o ritmo de entregas, só conseguirei atender todos em janeiro de 2012", diz Wilson Goes, diretor comercial do grupo Pequim, com quatro lojas em São Paulo.
"Tudo o que chega já está vendido", confirma o dono da Weimotors, Abílio Tastaldi. "Tenho 113 unidades vendidas para chegar nos próximos 30 a 40 dias."

Inaugurada há um mês e meio na avenida Marechal Tito, tradicional reduto de venda de carros velhos no bairro de São Miguel Paulista, na periferia da zona leste, a Amur, única concessionária de veículos novos na via, esgotou o primeiro lote de QQ em dois dias.

Somando os negócios de outra loja do grupo em Mogi das Cruzes, foram 36 unidades.

Parcela significativa dos clientes do modelo dá como parte do pagamento carros velhos, como um Escort 98 recebido na Amur, informa o proprietário da loja Carlos Gambarotto.

Na Pequim, em 10% a 15% das vendas o que entra na troca são motocicletas, informa Goes.
O grupo já estuda abrir uma loja de motos usadas.

Para parte dos brasileiros, o Chery QQ tem papel similar ao do Tata Nano, na Índia, desenvolvido para dar oportunidade a famílias que dependem apenas da moto para se locomover.

O modelo nacional mais barato, o Fiat Mille, custa R$ 23,2 mil, sem equipamentos que no QQ vêm de série, assim como em outros modelos chineses.

"Comprei um carro com ar condicionado, direção hidráulica, air bag duplo, vidros elétricos e farol de milha por R$ 30 mil; por esse preço, só conseguiria um nacional sem nada", diz a supervisora de ensino Fernanda Amorin, de 40 anos, moradora de Sorocaba (SP).

Há dois meses, ela adquiriu um hatch Lifan 320.
Passaram-se 13 anos desde que ela havia comprado o primeiro carro zero, um Fiat Palio 98.
Críticas de que o Lifan é barulhento e o acabamento apresenta rebarbas nas peças plásticas não influenciaram a decisão de Fernanda.
"Assumi o risco", diz.

Bezerra também não se deixou levar pelas dúvidas em relação à qualidade do produto chinês. "Ouvi falar da falta de estabilidade por problemas na suspensão, mas nada do que a gente compra é 100%", diz. "Já vi reclamações de carros nacionais que custam bem mais caro".

O modelo da Chery tem três anos de garantia e Bezerra pagou R$ 1,58 mil pelo seguro, valor, segundo ele, próximo ao da apólice de um Chevrolet Celta.

Tastaldi diz que sua loja, instalada na zona oeste, tem clientela diversificada. "Tem gente que compra o primeiro carro novo, mas há clientes que já têm um ou dois carros e compram o QQ para dar ao filho ou como opção para os dias de rodízio."

A Chery também importa os modelos Face (R$ 31,9 mil),
Cielo (R$ 42,9 mil)
e Tiggo (R$ 51,9 mil).
Tastaldi, que atua no comércio de veículos há 40 anos, deve abrir mais três lojas da marca chinesa na zona oeste.
"Brasileiros gostam de novidades e a marca é muito dinâmica", diz.

Por três décadas, Sérgio Chamon foi concessionário de marcas nacionais como Ford e GM. Desde 2007, mudou de bandeira e tem nove lojas das chinesas Chana, Towner e Topic, todas no segmento de utilitários. A décima será aberta em agosto e outras cinco até o fim do ano

No primeiro semestre, o grupo vendeu 900 veículos, ante 800 em todo o ano passado.

"A rentabilidade nesse segmento é maior, pois a concorrência não é tão acirrada", atesta Chamon.

Vitorioso e titular de uma vida extraordinária, rancor de Lula só se explica pela Psicologia

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Amigos, goste-se ou não dele, de sua carreira e de suas realizações, o ex-presidente Lula é titular de uma vida por todos os títulos extraordinária.

Mas seu rancor, seu ressentimento, sua permanente impressão de que não é aceito, sua insistência em ver-se vítima de “preconceitos sociais”, sua tendência a dividir o Brasil entre “nós” e “eles”, de enxergar conspiração contra seus feitos e confundir oposição ao lulo-petismo com ser “contra o país” só encontram explicação em profundos manuais de Psicologia.

Lula requer terapia de grupo — como diria um amigo meu, ele e um grupo de terapeutas.

Trajetória espetacularmente vitoriosa é pouco

Poucos, entres os quase 7 bilhões de habitantes da Terra, podem ostentar uma trajetória tão espetacularmente vitoriosa — do migrante nordestino que veio de Pernambuco para São Paulo ainda criança, seguindo a mãe e um cacho de irmãos rumo a um pai que providenciara uma segunda família, ao líder que virou de pernas para o ar o sindicalismo brasileiro, desafiou a ditadura, fundou da estaca zero um partido político, fez, aconteceu, chegou ao Palácio do Planalto, governou 8 anos e se tornou o presidente mais popular da história.

Não bastasse isso, retirou do absoluto anonimato uma candidata a presidente que, para sucedê-lo, obteve uma vitória estrondosa contra um político sólido e experimentado.

Mais:

com falhas e defeitos como presidente — alguns gravíssimos, no terreno da moralidade pública — enxergados no Brasil mas não levados em conta no exterior, se tornou um dirigente respeitado mundialmente, incensado pela grande mídia internacional, aclamado em toda parte — seja na China ou em Wall Street, no clube de ricos que é o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ou nos cafundós da África, em diferentes rincões da América Latina ou no Oriente Médio.

Além de tudo, o homem ficou rico. Ganha fortunas com suas palestras mundo afora, há tempos mora bem, dispõe de todos os confortos que a vida pode proporcionar.

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Tudo isso parece pouco para Lula.

Nostalgia do poder

Sua fala cheia de peçonha no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia — falar diante dos picaretas oportunistas que dirigem a UNE é um cenário mais do que apropriado –, mostra que têm razão interlocutores recentes do presidente que o consideram irritado, denotando sentir grande nostalgia do poder e com ímpetos de radicalização ideológica e retorno a posições do passado.

Dirigiu golpes baixos à oposição. “Estão torcendo para a inflação voltar”, acusou, atacando também, uma vez mais, a imprensa. “Chegou a se falar em herança maldita”, disse, esquecendo-se de que quem criou a expressão foi ele próprio, para referir-se à herança na verdade bendita recebida de seus antecessores Itamar Franco (1992-1995) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2003).

E delirou, acenando com sabe-se lá o que como instrumento de informação da sociedade: “É que eles [a grande imprensa] não reconhecem que o povo não quer mais intermediário entre eles e a informação”.

Quem se opõe ao lulo-petismo é contra o Brasil

Voltou à oposição: “Os que governam para um terço da população estão incomodados em ver os pobres andando de avião”, vociferou.

Tem gente que se incomoda vendo pobre andando de carro novo porque eles adoram ver um pobre andando de Brasília, ou de Chevette com o pára-choque arrastando”, insistiu. “Essa gente não está acostumada a ver um progresso”.

Ou seja, a oposição ao lulo-petismo é contra o Brasil. Quem não se alinha a Lula e seus seguidores significa, automaticamente, que não gosta de ver os brasileiros felizes e deseja mal a seus compatriotas. São milhões de brasileiros de oposição que ficam infelizes em ver os outros melhorarem.

O lulo-petismo (e, talvez, seus aliados políticos) é o titular absoluto, incontestável e único, é o monopolista do amor ao país, do patriotismo. Daqui a pouco, como ocorria durante a ditadura militar, vão querer ser também os donos exclusivos do Hino Nacional, da bandeira… de que mais?

Quem não pensa como o chefe não é opositor, é inimigo — do chefe, de seus acólitos e seguidores e do país.

Stálin não faria muito diferente.

Lula, como disse no início, é um caso para área da Psicologia ou da Psicanálise.

Via/Original/Ricardo Setti

UM CACHACEIRO CONTADOR DE "CAUSOS"(CORRUPÇÕES,NÃO) O INDIVÍDUO ABJETO PRETENDE "EMBRIAGAR" A NET COM SEU CANTO DE SEREIA E FALÁCIA.


Seis meses e 14 dias após deixar a Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um espaço na internet para conversar diretamente com os internautas. "Quase desencarnado" da cadeira presidencial, Lula disse que pretende usar a internet para trocar ideias.


( OPOSIÇÃO : Intimidação? DIFICIL SABER QUEM NÃO TEM "RABO PRESO"):

"Acho que vamos ter muita coisa para comentar juntos, falar muito, falar bem e falar mal dos outros", ironiza em um vídeo.
Citando o escritor e amigo Ariano Suassuna, Lula se justifica:
"falar mal só tem sentido se a gente falar pelas costas, mas como eu estou falando pela internet não posso falar pelas costas. Nós vamos falar bem e mal pela frente", brincou.

No vídeo de quase quatro minutos, o ex-presidente admite que ainda não desligou por inteiro de seu governo.

"Ainda não desencarnei totalmente porque eu tenho viajado muito e em todas as viagens eu tenho que contar o que as pessoas querem saber (sobre seu governo)", explica, listando em seguida os feitos de gestão. O ex-presidente não se define como palestrante nem conferencista. "Não sou nada mais do que um contador de casos de um governo bem sucedido", resume.

Lula aproveita também para alfinetar a imprensa.
"Vocês sabem que meus amigos da imprensa continuam falando muito bem de mim. Vocês acompanharam, primeiro eles tentaram dizer que a presidente Dilma era muito diferente de mim, que era outra coisa, depois passaram a dizer que era a mesma coisa, depois disseram que não era mais a mesma coisa, depois era fraca e depois era forte", diz.

Em seguida, Lula afirma que a presidente Dilma Rousseff faz parte de um projeto que começou no seu governo. "As pessoas não percebem que a presidente Dilma faz parte de um projeto do qual participam milhões de brasileiros e do qual eu faço parte. Esse projeto é vencedor não apenas porque venceu as eleições, é porque tem o que fazer neste País até 2014, até 2018 e até dois mil e não sei quanto", complementa.

Longe do Planalto, o ex-presidente conta que a partir de agora pretende se dedicar à integração dos países da América Latina e que quer repassar a experiência das políticas sociais brasileiras para os países da África. No entanto, ele avisa que ainda tem "muita coisa para fazer neste País".


No final do vídeo, o ex-presidente destaca que continua o mesmo Lula do passado. "Você percebe que eu não mudei muito, que eu continuo falando demais", diz.

Ele conta aos internautas que voltou para o mesmo lugar de onde saiu para assumir a Presidência: a sala do Instituto Cidadania, na zona sul de São Paulo.

"A casa é a mesma, a cortina é a mesma, só os livros que são diferentes porque eu ganhei antes de deixar a Presidência".