"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 23, 2011

BRASIL REFÉM DA CASTA DOS IMORAIS E DOS "PROFISSIONAIS : SE GRITAR PEGA ...


Romero Jucá é um profissional.

Em 30 anos consagrados integralmente ao serviço público, as finanças de Jucá percorreram uma trajetória invejável. De garoto que cresceu à míngua no Recife, Jucá tornou-se um político rico. Amealhou, apenas em valores declarados à Justiça Eleitoral, R$ 4,4 milhões em patrimônio tudo registrado em nome de familiares, sem computar as empresas que florescem em nome de seus parentes.


Enquanto o patrimônio de Jucá e o de sua família cresciam às franjas do poder público, crescia também o número de processos contra ele. Jucá já foi acusado – e com abundantes provas – de quase tudo
.
No governo Sarney,
à frente da Funai, foi acusado de cobrar propina para permitir exploração ilegal de madeira em terras indígenas.

No governo Collor,
foi acusado de desviar à sua fundação dinheiro federal destinado a “ações sociais”. Nos governos FHC e Lula, já como senador, foi acusado de comprar votos, de dar calote em bancos públicos, de receber propina de empreiteiras, de empregar parentes, de fazer caixa dois...

Com tantas acusações, Jucá começa a competir em feitos que atingem os cofres públicos com nomes bem mais conhecidos no plantel nacional de réus por corrupção, gente como
Joaquim Roriz e Paulo Maluf.

Nas últimas semanas, na tentativa de iluminar as ações profissionais de Jucá, ÉPOCA entrevistou lobistas, doleiros, ex-funcionários, empresários e laranjas ligados ao senador.
A reportagem obteve documentos e depoimentos inéditos sobre as negociatas de Jucá – entre eles contratos de gaveta, procurações para laranjas e acordos comerciais.

Um dos principais lobistas associados a Jucá, Geraldo Magela Fernandes, aceitou contar, em entrevista gravada, o que fez e presenciou em 30 anos de relação com Jucá.


Dessa investigação, emergem fortíssimas evidências de que:


Jucá ganhou um apartamento em Brasília da Via Engenharia, empreiteira então presidida pelo empresário José Celso Gontijo, amigo dele há 20 anos e, como ele, presença constante no noticiário. Quando os dois fecharam a operação, em dezembro de 2001, a Via Engenharia prosperava no setor de obras públicas, precisamente em áreas sob a influência de Jucá.

Para tornar possível a transação com a Via Engenharia, bastaram a Jucá um laranja e um contrato de gaveta, a que ÉPOCA teve acesso. Três anos depois, enquanto a empreiteira ainda construía o apartamento, a família Jucá, sem ter desembolsado um centavo, repassou a propriedade do imóvel à própria Via. Ao final, a heterodoxa operação rendeu à família Jucá meio milhão de reais.


Jucá paga tudo em espécie um indício de que a origem de seus rendimentos pode ser duvidosa. “O Jucá só mexe com dinheiro vivo”, diz Magela. Para cobrir os gastos com uma TV de sua propriedade, Jucá pagava a Magela uma mesada que variava entre R$ 30 mil e R$ 60 mil.

Eram constantes também, segundo Magela, os pagamentos avulsos, acima de R$ 100 mil, para cobrir despesas extras dessa TV, como reformas de estúdio e compras de equipamentos. Magela conta que Jucá fazia os pagamentos em seu gabinete no Senado ou em sua fazenda no município de Boa Vista, em Roraima.

Ele tirava o dinheiro da gaveta e me entregava”, diz. Em sua campanha ao Senado em 2002, Jucá gastou, de acordo com o relato, cerca de R$ 15 milhões em dinheiro vivo, quase tudo caixa dois.
“Eu era o responsável pela contabilidade da campanha e declarei só 1% das despesas”, diz Magela.


Para movimentar tanto dinheiro, Jucá recorria a serviços de doleiros conhecidos. Além do principal doleiro de Roraima, conhecido como Pedro Reis, que chegou a ser sócio de seus filhos e seu suplente no Senado, Jucá era, segundo Magela, cliente especial do lendário doleiro paulista Antônio Pires de Almeida, preso em 2005 pela Polícia Federal, acusado de movimentar ilegalmente US$ 1,8 bilhão em contas secretas nos Estados Unidos.
(...)
Hoje, a família de Jucá detém participação em ao menos dez empresas, cujas atividades vão desde venda de combustível até administração de shopping centers. Algumas delas, como a Diagonal Urbana e a Alfândega Empreendimentos, faturam milhões de reais em contratos com o governo e em patrocínios liberados pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet.


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DESCASO NA MÃO DE OBRA E INFRAESTRUTURA : OS BONS "POBREMA" DA FRENÉTICA E EXTRAORDINÁRIA NO SEU "GOVERNO" TORPE.

A escassez de mão de obra revelada por estudo da Consultoria Manpower não constitui surpresa nem para o governo nem para empresários.
Talvez não esperassem que o número fosse tão alto. Segundo a pesquisa, 57% das organizações enfrentam dificuldade na hora de preencher vagas.

A escassez não se restringe a quadros altamente qualificados.
Atinge também funções básicas — motoristas, secretárias, contadores, operadores de produção e representantes de vendas.
É o pior dos mundos.

Pessoas buscam colocação.
Mas, incapazes de entender um manual de instruções ou de manejar máquinas minimamente sofisticadas, perdem a oportunidade de entrar no mercado formal de trabalho.
Formam, então, um exército de desocupados que, para sobreviver, são obrigados a se dedicar a bicos.
Ficam à margem dos benefícios assegurados pela legislação trabalhista e pelos avanços da civilização.
Em suma: reproduzem a pobreza.

O colapso da mão de obra acompanha o da infraestrutura e tem a mesma raiz. Sem planejamento de longo prazo, o país não se preparou para crescer. Estradas, portos, aeroportos, energia, logística de armazenagem e transporte não mereceram a atenção necessária para enfrentar os desafios previsíveis.

A “década perdida”, como são chamados os anos 1980, contribuiu para a imprevidência. O que se tinha era suficiente para o gasto de uma economia praticamente estagnada.

Técnicos e demais profissionais existentes respondiam às necessidades do mercado. Sem pressão de demanda, cursos profissionalizantes ficaram em segundo ou terceiro plano.
A corrida se concentrou no patamar superior, cujas portas se escancaram sem preocupação com investimentos na excelência.
O ensino básico, calcanhar de aquiles nacional, tampouco mereceu a atenção devida.
(...)
Os números indignam e assustam.
Ao concluir o ensino básico, 62% dos brasileiros leem mal e não entendem o enunciado; 89% deles são incapazes de fazer as quatro operações. Nada menos que 14 milhões de adultos engordam as estatísticas dos analfabetos.

O fiasco ultrapassou as fronteiras nacionais.
Entre os 65 países avaliados pelo Pisa (o mais respeitado teste comparativo do desempenho escolar), O Brasil aparece em 53ª lugar.

É este país — que precisa desesperadamente melhorar a qualidade do ensino público para poder crescer — que se dá ao luxo de adotar livro didático com ensinamentos heterodoxos.
“Os livro” e “nós pega o peixe”, segundo a obra, são corretos embora sujeitos a preconceitos linguísticos.
O Ministério da Educação, ao abonar a tese, condena os jovens à ingnorância e à medicocridade — incapazes de disputar uma do milhão de vagas existentes. Perdem eles. Perde o país.

Correio Braziliense

INFECÇAO! "NUNCANAISTORIADEZTEPAIZ" O "BRAZIU FICA TÃO MORALMENTI CARCUMIDU E COM A FIXA TAUM CHUJA" SOB UM "GOVERNO" DE TORPES.


Este ano, com tantos escândalos, o Brasil pode piorar sua posição na lista da Transparência Internacional (TI), sobre honestidade e corrupção das nações.
Em 2010, ficamos no 69º lugar de honestos, com 3,7 pontos, com Itália, Geórgia, Cuba, Montenegro e Romênia.
O país abaixo de nós, com 3,6, foi a Bulgária, de onde são os pais de Dilma Rousseff.


]No quadro da honestidade decrescente, a faixa entre 3 e 3,9 é representada pela cor vermelha, como sinal de perigo, no tocante à evidência dos sinais de corrupção.

Como a TI verá as últimas decisões da comissão de ética do Senado, do mesmo órgão do Executivo e da Advocacia-Geral, cada vez menos da União que do governo, e a dos senadores governistas, sobre a denúncia feita pela Folha de S. Paulo, do crescimento de mais de 20 vezes, em quatro anos, do patrimônio de Palocci, graças a consultorias feitas por ele, mas não explicadas até agora, como exige a oposição?

Dos petistas, no Senado, só o senador Wellington Dias, do Piauí, embora dizendo confiar no ministro, exigiu dele provas irrefutáveis para justificar o milagre da multiplicação dos pães consultoriais de Palocci.

Nos EUA, a Justiça aceitou, após investigação perfunctória, a denúncia de uma camareira de hotel, em Nova York, contra Strauss-Kahn, diretor-gerente poderoso do FMI, acusado pela vítima de atacá-la sexualmente, em quarto fechado e sem testemunhas. Só a sua mulher, seu advogado e alguns franceses acham que ele não teria atacado a camareira.

A visão das coisas erradas, no Brasil, é mais generosa. Um médico paulista atacou suas pacientes e foi acusado, além disso, de fazer inseminações antiéticas, com doações de outras mulheres, gerando, assim, filhos biológicos de um pai e duas mães. Esse médico fugiu do país, graças a uma decisão do Judiciário.

Com os escândalos não citados por falta de espaço, a visão do Brasil, pela TI, em 2011, pode ficar pior que a do Irã em 2010 (nota 2,2), cujo número de ministros, Ahmadinejad, agora, pôs abaixo dos nossos.

O Congresso blindou o ministro e não a Amazônia, que devastam?!
Itamar neles:
licenciem Palocci, apurem tudo e o reponham, se inocente.

Rubem Azevedo Lima Correio Braziliense