"Um povo livre sabe que é responsável pelos atos do seu governo. A vida pública de uma nação não é um simples espelho do povo. Deve ser o fórum de sua autoeducação política. Um povo que pretenda ser livre não pode jamais permanecer complacente face a erros e falhas. Impõe-se a recíproca autoeducação de governantes e governados. Em meio a todas as mudanças, mantém-se uma constante: a obrigação de criar e conservar uma vida penetrada de liberdade política."

Karl Jaspers

maio 29, 2010

REUNIÃO DE COCALERO E CACHACEIRO, "DÁ NO QUÊ?"

Como já disseram muito bem :
PARA O ÉBRIO DA SILVA
" Você manda lá embaixo aqui em cima quem manda sou eu".

O presidente da Bolívia, Evo Morales
(vulgo cocaleiro), saiu em defesa de seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva( alcunhado de cachaceiro), e considerou que as autoridades dos Estados Unidos não têm autoridade moral para questionar o acordo sobre o urânio iraniano patrocinado por Brasil e Turquia.

"Quem coloca em perigo o mundo são as pessoas que levam militares a acabar com a vida em outros continentes, em outros países; o que coloca o mundo em perigo são as as bases militares dos Esados Unidos", afirmou Morales, referindo-se ao comentário da secretária de Estado americana Hillary Clinton sobre o perigo que representam as pretensões nucleares iranianas.

Por esta razão, os funcionários do "governo dos Estados Unidos não têm qualquer autoridade moral para acusar ninguém", disparou o presidente boliviano durante entrevista em Cochabamba, um dia depois de ter encontrado Lula em evento no Rio.

Segundo Morales, as críticas contra seu colega brasileiro "só pode ser inveja da liderança internacional de Lula expressada pela senhora Clinton".

Bolívia e EUA mantêm suas relações diplomáticas congeladas depois que La Paz expulsou, em 2008, o embaixador Philip Goldberg, a quem acusou de ter apoiado uma suposta conspiração contra o governo.

G1

AGU : ESTADO OU PARTIDÁRIO?

osinimigosdorei.blogspot.com/2009_04_01_archi/imagem.Diego Abreu/Correio

A atuação da Advogacia-Geral da União (AGU) em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em processos eleitorais tem gerado reações de entidades que interpretam que deveria caber ao PT defendê-lo de ações nas quais é acusado de propaganda eleitoral antecipada.

Em nota oficial, a União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe) repudia a atuação de “servidores bancados pelo contribuinte” em favor de “interesses eminentemente partidários”.

A discussão sobre a possibilidade de atuação da AGU em defesa de processos eleitorais do presidente da República é antiga. Anos atrás, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciou pela legalidade de os agentes públicos serem representados juridicamente por advogados da União em ações eleitorais.

Todas as punições aplicadas pelo TSE tiveram o mesmo motivo: propaganda antecipada em favor da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em eventos oficiais.

Para a Unafe, a atuação da AGU configura um conflito de interesses entre o que é tarefa de Estado e o que é questão partidária. A entidade considera que não há razões para que servidores bancados pelo contribuinte parem o que estão fazendo para se dedicar às ações contra Lula na Justiça Eleitoral.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também defende que a AGU se afaste da defesa de Lula nas ações que tramitam no TSE. “Esse desvirtuamento das funções da AGU precisa ser corrigido, pois acaba por diminuir a advocacia pública como um todo”, afirmou o presidente da entidade, Ophir Cavalcante.

No começo do mês, pela primeira vez desde o começo do governo Lula, o PT nomeou um advogado particular para defender o presidente da acusação de que teria feito propaganda antecipada em um evento fora do horário de expediente.

O FIM DA FARSA ANUNCIADA DE UM ÉBRIO E O ZÓIO JUNTO.

http://img.blogs.abril.com.br/1/photocharge/imagens/lula-ira-declaracao-conjunta-em-separado.jpg
Estadão
Os EUA qualificaram ontem o acordo mediado por Brasil e Turquia com o Irã de
“inaceitável” e informaram que a carta enviada pelo presidente Barack Obama ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se consistia em “instruções para negociação”.

Contradizendo o Itamaraty, o governo americano afirmou ainda que o chanceler Celso Amorim “sabia perfeitamente” que o acordo de troca de combustível com o Irã, fechado no dia 17, não levaria os EUA a desistirem das sanções contra Teerã. Os EUA rejeitaram o acordo sob o argumento de que ele não resolvia o problema de o Irã continuar enriquecendo urânio. Amorim e o governo brasileiro esperavam que, com o acordo, os EUA deixassem de buscar as sanções. na ONU contra o Irã.

O Itamaraty sustenta que o Brasil fez tudo o que Obama recomendava na carta enviada a Lula em 20 de abril. “Ninguém nos disse: olha, se eles não pararem com o enriquecimento a 20%, esqueça o acordo”, disse Amorim nesta semana.

Washington convocou uma entrevista para “esclarecer” pontos sobre o acordo e desmentiu Amorim.

“O ministro das Relações Exteriores do Brasil sabia perfeitamente da importância dessa questão (do enriquecimento)”, disse um dos três altos funcionários do governo que participaram da entrevista.

“Em fevereiro, o subsecretário Bill Burns reuniu-se com Amorim e discutiu esse assunto longamente, e a secretária Hillary Clinton também falou disso com Amorim e com Lula”, disse outro funcionário.

Os americanos disseram também que “nunca pediram aos brasileiros que saíssem negociando em nome dos americanos”. A carta de Obama a Lula, segundo eles, era apenas uma reação à ideia proposta pelos brasileiros e turcos. “Não sentimos a necessidade de sermos abrangentes em relação a tudo o que seria necessário para um acordo aceitável com o Irã".

"A carta não continha instruções para negociação".

Os americanos afirmaram que o acordo é “simplesmente inaceitável”, pois ele permite que o Irã continue enriquecendo urânio, o que vai contra as atuais resoluções da ONU.

Afirmaram ainda que o acordo está defasado, porque hoje o Irã já tem um estoque de urânio muito maior do que tinha em outubro, quando as potências fizeram proposta parecida.

Um dos funcionários tentou por panos quentes nas recentes rusgas entre Brasil e EUA.

“Temos visto muitas notícias sobre como esse caso (do Irã) está causando tensão no relacionamento entre EUA e Brasil”, disse. “Mas nosso relacionamento bilateral abrange dúzias de questões, é uma relação muito forte.”

Reações.

Alfredo Valadão, do Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), de Paris, adverte que a diplomacia brasileira interveio em um tema desconhecido do país, provocando mal-estar parceiros históricos, como os EUA.

“No Irã, o Brasil foi além da retórica e atrapalhou toda uma estratégia internacional e uma manobra diplomática importante dos EUA”, disse. “Por que demonstramos mais confiança em Mahmoud Ahmadinejad do que em Obama, na democracia americana ou francesa?”

Para o diretor da Faculdade de Economia da FAAP, Rubens Ricupero, as relações bilaterais ficaram agora mais “complicadas”. “É um acordo que toca em tópicos muito sensíveis para os EUA”, diz.

Mas, acredita ele, o governo Obama não deve dar ao episódio uma proporção exagerada, por reconhecer a importância do Brasil como força regional.

Para Alexandre Barros, cientista político, as discordâncias não devem comprometer as relações bilaterais. “Os EUA tendem a ficar muito irritados, mas isso vai passar”, diz. “Brasil e EUA têm interesses comerciais e investimentos, é uma relação muito antiga e tradicional para se deixar comprometer por isso.”

Releia :

CHEIRO DE TRETA
E
AH! FALA SÉRIO

O PAI, VIZINHO "POBRE" E A MÃE AMÉLIA.

http://joaquimdepaula.com.br/wp-content/uploads/2009/05/charge-lula-gravido-do-bispo-lugo-edited-580.gif
25/07/2009
"Não interessa ao Brasil ter um vizinho que não tenha o mesmo ritmo de crescimento do que ele", afirmou o presidente Lula.
Por Duda Teixeira, na VEJA:

Pedinte rico é um personagem raro, mas não totalmente estranho aos moradores das grandes cidades. Quando termina o expediente, ele desveste a fatiota, joga uns trapos sujos sobre o corpo, exibe um rosto macilento e sai às ruas pedindo esmolas. Funciona.

Na diplomacia latino-americana, esse papel vem sendo desempenhado pelo Paraguai. De acordo com os números oficiais divulgados pelo banco central paraguaio, o país é o segundo mais pobre da América do Sul.

Um levantamento do economista Wagner Enis Weber, diretor do Instituto de Estudos Econômicos e Sociais do Paraná-Paraguai (Ineespar), no entanto, mostra que os dados do produto interno bruto (PIB, o total de mercadorias e serviços produzidos) são tão falsos quanto os cigarros contrabandeados para o Brasil.

Oficialmente, o PIB per capita é de 2 300 dólares. O valor correto, dependendo do cálculo, pode chegar a 6 160 dólares, o suficiente para fazer o país subir quatro posições no ranking regional da riqueza, à frente de Colômbia e Peru.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, elegeu-se em 2008 com a promessa de arrancar alguns trocados do Brasil, mas a prática de subestimar o PIB não é uma invenção dele: existe há pelo menos trinta anos.